Fanfic: Vida Bandida

apenas olhou intrigada para a porta, mas logo em seguida o seu olhar se voltou para o paciente de novo. Era necessário e agradável contemplá-lo. Já Derrick continuou fitando a porta. Se fosse mais uma vez os amigos querendo vê-lo, queria saber o que o médico falaria.
Era na realidade mais de uma pessoa que estava lá fora. Ambas as vozes pareciam preocupadas.

Médico: Ela bateu com a cabeça, mas não é exatamente isso que me preocupa. E embora tenha desmaiado, vai ficar bem. O problema será a perna.
Enfermeira: O que o preocupa exatamente?
Médico: Ela precisará ficar alguns dias internada. E não temos quartos vagos. O homem que a trouxe insiste para que seja aqui. Tem medo que a moça o processe, já que ela parece ser pobre e até mesmo indigente. Não tem identidade, registro, nada... ele quer que a moça tenha o melhor atendimento. Além disso, removê-la até outro hospital poderá maxucá-la e ela pode perder os movimentos da perna.

Enfermeira: Mas ela não pode ficar na UTI...
Médico: Eu sei... não sei o que fazer. E temos que operá-la já.
Enfermeira: Bom... talvez tenhamos uma solução.
Médico: Qual?
Enfermeira: O quarto de Derrick James, embora seja privado tem duas camas. A moça poderia dividir o quarto com ele.
Médico: Derrick é suicida e não quer ver ninguém. A moça pode se sentir mal e ele pode não aceitar.
Enfermeira: Vc acha que a moça prefere andar de muleta ou ficar constrangida? E depois, companhia poderá fazer bem a ele. Nossa obrigação é salvar vidas. Se Derrick quiser nos processar... bom a escolha é dele.

O médico pensou por um momento. Sabia que o correto era fazer exatamente aquilo, mas se Derrick se irritasse e processasse o hospital, ele seria demitido. Mas tomou uma decisão. Confiaria uma vez na bondade humana, embora não acreditasse muito nela.
Médico: Mandem arrumar a cama do quarto do Sr. James. Preparem a paciente para cirurgia. E seja o que Deus quiser. (acrescentou baixinho)

As vozes foram sumindo ao longe. Derrick suspirou. Não queria companhia, mas não se importava. Podiam colocar quem quisesse do seu lado, nada iria mudar. Ele fechou os olhos e resolveu dormir mais um pouco. Estava cansado.
A enfermeira que o vigiava apenas sorria ao vê-lo dormir.

Dia Seguinte

Faltavam agora oito dias para o julgamento de Anahí. Com as visitas liberadas, agora os amigos podiam aparecer dentro do horário previsto pela delegacia. Claudia e Christian haviam decidido visitar Anahí daquela vez, afim dos dois juntos poderem contar a novidade.

Any: Como eu disse, quando estão prestes a serem trocados é a hora em que os homens pensam... e funcionam dependendo do caso.
Claúdia: Vc deveria abandonar a advocacia e virar terapeuta de casal. Ia ganhar dinheiro como água.

Any: Uma possibilidade se eu não conseguir emprego depois de sair daqui...
Era melhor não pensarem no assunto. Christian resolveu mudar o rumo da conversa.
Christian: Então é hoje o dia da safadeza na prisão do México?
Any: (dando uma risada) É hoje. Daqui a algumas horas. Ainda não sei como consegui, mas essa é a história que contarei para toda minha descendência: Anahí Giovanna transou na cadeia.
Claúdia: Nunca se esqueça do monumento... como tudo começou.
Christian: Ah sim, o famoso monumento... (dando uma risada) acho que até hoje as pessoas tem medo de se aproximar daquele local de noite... mais do que já tinham eu deveria dizer.
Any: Menos mal... assim se eu e o Poncho tivermos saudades dos velhos tempo o