Fanfic: Vida Bandida

Any: Agora chega de choro. Se eu for condenada semana que vem, preciso do meu homem másculo e forte para me ajudar a fugir esqueceu? Vc me prometeu Poncho, me prometeu que nunca me deixaria sozinha. Olha que eu vou cobrar heim?
Ele riu e a beijou. A última vez em que sentiria os lábios dela, mas não a última vez que a veria. A última vez seria marcada com tanta dor que ele mal poderia suportar.
Poncho: Eu te amo. E acho que me apaixonei por vc a primeira vez em que te vi, quando vc ainda queria me prender. Te amo muito. (acariciou os cabelos dela) E... nunca vou te deixar sozinha. Nunca mesmo.
Anahí o abraçou e sorriu. Eles ouviram um barulho estridente e em seguida a porta fora aberta pelo guarda da noite. Ele observou os dois abraçados.
Guarda: Acabou o tempo da visita.
Poncho: Tenho que ir. (deu um selinho nela)
Any: Quando vc vem me ver de novo?
Poncho: Que pergunta boba né Any? Amanhã mesmo.
Any: Claro, me esqueci que agora tenho visitas liberadas. Então... fico te esperando. Tchau Poncho. (dando um último selinho nele) Obrigado por trazer diversão na minha estadia tediosa na cadeia.
Poncho: De nada. Até amanha Any. (e deu mais um selinho nela)

Ele caminhou acompanhado do guarda. Não veria Anahí no dia seguinte, nem no próximo. Agora começava a lenta e dolorosa caminhada para terminar o relacionamento com ela. Poncho a observou mais uma vez e seguiu o seu caminho para fora da cadeia. Chegando na rua, observou a noite quente e tediante. A partir de agora todas as suas noites seriam assim.

Três dias depois

Derrick: Eu quero que troquem esta mulher de quarto.
Médico: Mas ainda não temos quartos disponíveis.
Derrick: De qualquer maneira, tirem essa mulher daqui.

Três dias haviam se passado e agora faltavam cinco dias para Anahí ser julgada.
No hospital, Derrick estava passando por maus lençóis. A princípio achava que a presença de Cassandra não o afetaria, mas estava enganado. Cassandra parecia não se importar com os resmungos e maus tratos de Derrick. Parecia o suficiente para ela ter uma pessoa que a ouvisse. Como Derrick se negasse a conversar, Cassandra passava o dia inteiro falando de si mesma, contando histórias sobre os ciganos, sobre sua vocação, sobre tudo. Ela tentava fazer Derrick falar de si mesmo e dos amigos, mas como ele se negasse, ela continuava o seu monólogo.
Derrick, que inicialmente estava em um estado de apatia, sem se importar com nada nem ninguém, agora experimentava novamente a sensação de fúria. No caso dele, aquilo era um progresso enorme. Agora Derrick, no seu limite, forçava o médico a mudar a cigana de quarto.

Médico: Já disse: não podemos fazer nada. Se o senhor quiser, pode nos processar, mas não podemos remover a moça daqui.
Derrick: Eu estou pagando e exijo que ela saia daqui.
Médico: O senhor está pagando, mas não manda nesse hospital. Aguardamos o seu processo. (e saiu dali deixando Derrick falando sozinho)
A enfermeira observou o médico sair do quarto com um suave sorriso no rosto. Já ela, estava muito preocupada.
Enfermeira: O que vc acabou de fazer? Os quartos estão disponíveis, podemos transferir a moça. Sem contar que agora Derrick já poderia ser transferido para a ala psiquiátrica.

Médico: Nem ele nem ela sairão desse quarto. Vc não viu? Derrick antes não tinha nenhum sentimento senão a autopiedade e a vontade de se matar. Agora voltou a sentir raiva, medo, tensão. Essa moça, seja quem for, está fazendo um bem para ele. Temos que mantê-la aqui.
Enfermeira: Vc tem certeza do que está fazendo?
Médico: Mais do que nunca. Derrick tem uma chance, desde que alguém tenha paciência e vontade para vencer as barreiras que ele levantou. Ele se nega a ver os amigos... uma estranha excêntrica como essa moça talvez seja a nossa solução. E a