Fanfic: Vida Bandida

Dulce: Eu sei disso. Achei que devia voltar aqui para te ajudar mas... acabei voltando para me reencontrar. Me desculpe se o deixo na mão Poncho.
Poncho: Não se preocupe Dulce. Ninguém pode me ajudar. Quero que vc e o seu marido sejam felizes. Vcs dois já fizeram muito por mim. Para onde pretendem ir?
Dulce: Vc sabe o nosso lema. Para onde o vento nos mandar. E... como vc está? É hoje o dia em que vc vai terminar com ela, não é?
Poncho: Sim. Está tudo pronto e armado para eu terminar com a Any hoje mesmo. (ele pegou o jornal) Estarei indo lá dentro em breve. Calculo que a Claúdia já leu isso e o meu desaparecimento faça sentido.
Ele se referia ao fato de na noite anterior ter saído repentinamente da casa de Christian, sem dizer para onde iria. Christian ficara atordoado e Claúdia não soubera o que dizer no momento. Mas agora o jornal esclareceria tudo. Desde os sumiços na madrugada até a mudança. E claro, o fato de ele não ter ido mais visitar Anahí ou atender aos telefonemas dela depois daquela visita íntima.

Dulce: Vc vai ficar bem?
Poncho: Eu nunca mais vou ficar bem Dulce. Mas já me resignei a isso. E vc? Quando vai embora?
Dulce: Hoje de noite. Sinto-me livre, leve, solta. Agora acho que vou ficar bem.
Poncho: fico feliz por vc Dulce.
Dulce: Sinto muito não poder ajudá-lo mais Poncho. Eu fiz o que eu pude.
Poncho: Não se preocupe Dulce. Espero que vc seja feliz. Fico feliz que tenha se encontrado e que de alguma maneira eu te ajudei.
Dulce: Obrigada sobrinho. Não acredito que ainda vamos nos ver mas... se vc precisar, mesmo que eu demore para voltar... vc pode contar comigo.

Poncho: Eu sei Dulce... no fim, vc sempre esteve do meu lado nos momentos mais difíceis. (ele abraçou Dulce) Adeus tia. Cuide-se e seja feliz.
Dulce: Adeus Poncho. E que vc encontre a felicidade. Ou a reencontre. Sei que está numa situação difícil mas... eu ainda prevejo que vc será feliz.
Poncho: O futuro é incerto e duvidoso. Vc que me disse isso.
Dulce: Eu sei.

Poncho deu um beijo no rosto de Dulce e se afastou. Caminhava em direção a delegacia. Dulce o observou por um momento e depois começou a fazer o caminho oposto. Iria embora e seria feliz. Se perguntou se Poncho conseguiria o mesmo: ser feliz.
Dulce: (pensando) Seu futuro é incerto demais sobrinho. Mas mesmo assim... eu prevejo uma felicidade em sua vida, embora não saiba quando.
E com a mente em Poncho, ela voltou ao acampamento. Precisava dar as ordens finais para a partida dos ciganos.

Delegacia do México

Claúdia estava sentada com o jornal na mão. Anahí lia incrédula. Não era possível. O Poncho de três dias atrás não podia estar fazendo aquilo com ela. Não era verdade, não podia ser. Ela jogou a coluna social no chão. A foto de Poncho beijando Karla estava gravada em sua mente. Não precisava mais ver a foto.

Any: Não, tem alguma coisa errada.
Claúdia: Foi o que eu achei a princípio mas... as fotos revelam tudo Any.
Any: Não Claúdia, não pode ser. O Poncho é o homem que eu mais confio na vida. Ele não me trairia assim, eu sei que não.
Claúdia: (sentindo o desespero da amiga) Any... ele sumiu. Não conseguimos falar com ele, ele saiu da casa do Christian sem dizer nada. Eu estou mais incrédula que vc mas... não vejo outra resposta para isso tudo.

Any: Não Claúdia. Ele não. Ele não pode fazer isso comigo, não depois...
Claúdia ficou em silêncio.
Any: O Poncho vai aparecer aqui e vai me dar uma boa explicação. Eu tenho certeza disso.
Mal ela acabou de dizer as palavras, o guarda da prisão abriu a porta da sala de visitas. Anahí se voltou.
Guarda: Há outra visita para vc.