Fanfic: Vida Bandida

Any: Quem é?
Guarda: Alfonso Herrera.
Any: (se levantando) Deixe ele entrar, por favor.
Claúdia: (observando o guarda sair) Bom, eu vou ir embora. Acho que vcs precisam conversar sozinhos.
Any: Sim... Claúdia vc não acredita... que ele me deixaria agora, acredita?
O que responder? Claúdia duvidaria que Poncho fosse capaz, mas o comportamento recente dele mudara a opinião dela. Mas como dizer isso para a amiga presa, há poucos dias do julgamento? Não, não podia. O melhor era dar uma resposta evasiva e deixar ele responder.
Claúdia: Acho que ele mesmo pode responder isso, não pode?
Any: Claúdia...
Claúdia: Tenho que ir Any... nos vemos depois, se precisar de mim. ( e saiu antes que a amiga pudesse chamá-la)

Poncho passava pela tradicional revista, enquanto Claúdia saía. O olhar dela indicou que para sua infelicidade, seu plano estava funcionando. Claúdia apenas balançou a cabeça e saiu dali sem falar com Poncho. Não sabia o que pensar, precisava que Poncho revelasse seu caráter para ela poder agir, seja como companheira de luta ou apenas como ombro amigo de Anahí.
Poncho entrou e fitou Anahí. Ela estava sentada exatamente como da primeira vez que a vira naquela sala, tentando demonstrar força e coragem, mas ao mesmo tempo despedaçada. Ele iria destruir com ela, sabia disso mas ao mesmo tempo... não havia o que fazer. Segurou o olhar triste que queria usar e caminhou até ela com desprezo. Anahí não agiu por menos. Por mais frágil que estivesse, não demonstrou. Encarou Poncho com indiferença e observou ele se sentar na sua frente. A insegurança fora esquecida.

Any: Veio me dar uma explicação? (olhando para ele)
Poncho: Sobre?
Any: (pegando o jornal no chão) Isso.
Não parecia uma briga. Parecia apenas uma conversa, como se Poncho fosse contar que ia chover naquele dia.
Poncho: Ah isso. Não foi suficientemente claro para vc? (apontando para a foto)
Any: Prefiro não me precipitar. Vc pode me explicar o que está acontecendo?
Poncho: Que perda de tempo. O jornal já diz tudo: “Alfonso Herrera e Karla Ferrara aos beijos na boate Blue up”. O que vc não entendeu exatamente?
Any: A parte dos beijos e Karla Ferrara. Como vc pode ter feito isso comigo Poncho? Estar fazendo isso comigo?
Poncho: É simples Anahí: eu me cansei de vc. Estou cansado do seu temperamento, estou cansado do seu jeito, estou cansado de vc. Arrumei uma mulher que me faz me sentir um homem, que me quer, que me completa. Coisa que vc nunca conseguiu nem nunca vai conseguir.
Anahí respirou fundo.
Any: Vc descobriu que eu não sirvo para vc em trÊs dias? Porque até três dias atrás vc me queria Poncho. Vc dizia que me amava. Como pode ter mudado de opinião tão rápido?
Poncho: Eu acreditava que te amava. E não me leve a mal, mas eu te amei nesses dois anos. Ou acreditei nisso. Mas aí a Karla apareceu e me mostrou o que era amor de verdade. Uma mulher que quer casar comigo, quer ficar comigo e não tem todos esses problemas e frescuras que vc tem.

Anahí sentiu que ia chorar, mas aguentou firme. Não era possível. Aquele não era o Alfonso Herrera com quem ela passara dois anos de sua vida. Aquele não era o homem que arriscara tudo por ela. Como ele podia dizer aquilo, beijar outra mulher, sumir por três dias? Ela não entendia.
Any: Eu não acredito em vc.

Poncho: Como?
Any: Eu não acredito nas suas palavras. O homem que me pediu confiança, o homem que sacrificou tudo para fugir comigo não me deixaria assim. O que está havendo Poncho? Por que está dizendo esse monte de bobagens?
Poncho: (pensando) Por vc. Para que vc saia dessa prisão, reconstrua a sua vida, seja a advogada de sucesso que merece e acima de tudo: seja muito feliz. Mesmo