Fanfic: Vida Bandida

(a música dá um clima especial para a cena, aconelho a ouvir)
http://www.youtube.com/watch?v=Zx3m4e45bTo
Bittersweet Symphony (The Verve)
`Cause it`s a bittersweet symphony, this life
Trying to make ends meet
You`re a slave to money then you die
I`ll take you down the only road I`ve ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the veins meet yeah
No change, I can`t change
I can`t change, I can`t change
But I`m here in my mold
I am here in my mold
But I`m a million different people
from one day to the next
I can`t change my mold
No, no, no, no, no, no, no,no,no,no,no,no(fading away)
Well I never pray
But tonight I`m on my knees yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free now
But the airways are clean and there`s nobody singing to me now
No change, I can`t change
I can`t change, I can`t change
But I`m here in my mold
I am here in my mold
And I`m a million different people
from one day to the next
I can`t change my mold
No, no, no, no, no, no, no
I can`t change
I can`t change it
`Cause it`s a bittersweet symphony, this life
Trying to make ends meet
Trying to find some money then you die
I`ll take you down the only road I`ve ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the veins meet yeah
You know I can`t change, I can`t change
I can`t change, I can`t change
But I`m here in my mold
I am here in my mold
And I`m a million different people
from one day to the next
I can`t change my mold
No, no, no, no, no
I can`t change my mold
no, no, no, no, no,
I can`t change
Can`t change my body,
no, no, no
I`ll take you down the only road I`ve ever been down
I`ll take you down the only road I`ve ever been down
Been down
Ever been down
Ever been down
Ever been down
Ever been down
That you`ve ever been down
That you`ve ever been down

 Anahí saiu do fórum. Contemplou os flashes no seu rosto e sorriu. Se sentia tão em paz... a vida estava começando a sorrir para ela. Sentia que tudo poderia dar certo. Não iria ser completamente feliz mas mesmo assim... estava bem. Ela sorriu ao ver Claúdia e Christian berrando, comemorando em ver ela solta... não, não estava sozinha. Nunca estaria sozinha. Estaria apenas incompleta. Ela desceu as escadas de mão dadas com Patrício. Não entendeu por que havia feito aquilo... exceto que queria fazer. Ele fora um bom amigo e um bom advogado. Ela abraçou os amigos com força e sorriu. Tudo ficaria bem agora.

De um ponto não muito distante dali, o casaco sendo sacudido pelo vento insistente, Poncho observava Anahí. Ela estava linda. Sorria triunfante para os amigos e se sentia bem. Ele estremeceu ao ver que ela estava de mãos dadas com Patrício mas aquilo não chamava a sua atenção. Estava mais preocupado em observar a felicidade de Anahí, o triunfo, a paz que ela emanava.
Poncho: (pensando) Fiz o que era certo. Ela está feliz. E isso me basta.
O vento forte sacudiu mais uma vez as roupas de Poncho. Ele sorriu ao se lembrar dos momentos dois dois juntos. Do monumento, da casa em Blumenau, das conversas, das brigas... das juras de amor. As melhores cenas daqueles dois anos passavam pela mente de Poncho. Ele olhou para o chão e deixou a lágrima solitária cair. Pegou a caixinha com o anel que pretendia dar para ela e guardou no bolso interno do casaco. Um dia ainda entregaria aquele anel para ela.

Poncho: (pensando) Estou aqui, com vc nesse dia importante como te prometi. Vc nunca vai ficar sozinha. Eu sempre estarei com vc, mesmo que vc não me veja e não saiba. Eu te amo. Até o fim. E agora... me despeço em silêncio. Até logo meu amor. Isso não é um adeus. Mesmo que demore 15 anos, eu vou te encontrar novamente.

Ele deu as costas e saiu de trás da árvore. Karla o esperava em um café não muito longe dali. Precisava acertar as coisas com ela.

Anahí sentiu que era observada. Olhou para a árvore onde Poncho estivera segundos antes. Ele não estava mais ali, caminhava na calçada um pouco mais a frente. Ela seguiu olhando a rua e se deparou com o vulto de Poncho se afastando. Pensou ter visto aquele vulto antes... mas precisava ter certeza. Torceu para o homem virar para trás, para ela poder ver o seu rosto mas ele não o fez. Ela ficou inerte apenas observando.

Poncho segurou a tentação de se voltar. Não podia nem devia. Ele seguiu olhando para frente. Anahí continuou observando, ainda em dúvida. Poncho continuou o seu caminho e respirou fundo. Anahí o observou até ele desaparecer, em algum ponto no horizonte, onde seus olhos não alcançavam.

Fim da segunda temporada