Fanfic: Vida Bandida

sabe o preço. Se é um romântico a culpa não é minha.
Claúdia: Vc está me assustando Any. O que quer se casando com o Patrício exatamente?
Any: Tranquilidade. Apenas uma pessoa para acordar todos os dias de manhã. Cansei de ficar sozinha Claúdia. É só isso que eu quero. Não queria o casamento, mas Patrício insistiu. Ele é que procura por isso. Eu apenas aceitei.
Claúdia: E não sente um pingo de remorso em fazer isso com um cara que gosta de vc?

Claúdia: Boa pergunta. Acho que o casamento me amoleceu um pouco. O Christian diz que eu estou menos insensível. Será? (rindo e brincando com a filha)
Any: Ele tem toda a razão. Mas vc tem motivos: casou com o homem que gosta, tem uma filha linda e acima de tudo: o Christian não é um traste imprestável. Vc tinha mais é que amolecer mesmo.
Claúdia: (rindo) Mas ainda mantenho um pouco da velha forma.
Any: E tem que manter. Não somos santas muito menos boazinhas.
Claúdia e Any: Meninas boazinhas vão para o céu. Meninas malvadas vão para onde querem. (rindo)
Any: Bom... está na minha hora. (olhou para o relógio) Vc volta ao trabalho amanhã não é verdade?
Claúdia: Sim, graças aos céus. Não aguento mais ficar em casa. Amo minha filha mas sem meu trabalho não vivo. Agora que eu não amamento mais, ela pode ficar com a babá. Eu vou sair mais cedo da firma para ficar com ela. Isso é o bom de ser chefe e dona do negócio.
Any: Uma das...
Claúdia: Certo. Uma das donas e chefes do escritório.
Anahí sorriu. Logo depois de ter saído da prisão, havia refeito a sua vida. Voltara a ser Anahí Giovanna, exceto que agora era advogada de defesa. Assim como fora famosa na promotoria, fizera nome e renome na advocacia. Se tornara sócia de Claúdia e Patrício e agora os três comandavam o escritório mais procurado e requisitado na capital.
Sua vida tomara um destino interessante: alguns meses depois de sair da cadeia, Patrício confessara o seu amor por ela e a pediu em namoro. Anahí a princípio recusou, mas o casamento de Poncho na mesma data acabou incetivando ela a aceitar. Patrício vivia falando em casamento, e como Anahí se sentia solitária e estava cansada, aceitou o pedido quando completaram um ano de namoro.
Ela nunca mais fora ela mesma para ninguém. Se escondia atrás da ironia, atrás da Anahí irônica e sarcástica que todos conheciam. Patrício tentava desvendá-la, mas não conseguia. Nunca sabia dizer se Anahí estava bem ou mal, quais os seus sentimentos. Anahí blefava bem, conhecê-la realmente era um milagre.

Apenas Poncho e Claúdia poderiam se gabar daquilo.
Anahí se despediu de Claúdia pouco tempo depois e foi embora. Havia passado uma manhã agradável. Agora precisava cuidar dos afazares para o seu casamento. A idéia lhe era tão indiferente quanto comprar pão na padaria. Era algo que precisava e seria feito, mas não lhe dava nenhum prazer ou tinha alguma importância na sua vida.

Capítulo 2

Poncho lia o jornal distraído. Estava cansado. Havia mais uma vez aguentado as humilhações e ataques de Karla. Como sempre, ficara quieto, o medo de que o processo contra Anahí pudesse ser reaberto. Mas Karla parara de gritar, fora tomar banho e finalmente Poncho pudera ler o seu jornal.
Estava casado fazia pouco mais de um ano e sua vida era um verdadeiro inferno. Karla o tratava mal, o humilhava. Parecia uma punição pelo que ele lhe fizera no passado. Poncho não podia trabalhar, nem ter uma vida que não tivesse Karla incluída. Ela era possessiva, ciumenta e irritante. Ele a odiava, contudo, nunca se atrevera a fazer nada, a chantagem ainda existente.
Ele ainda acompanhava as notícias. Tinha a esperança de ler que o processo prescrevera e que tudo ficaria bem, mas nada acontecera. Depois de um ano de espera, Poncho se resignara a viver ao lado de Karla até que ela cansasse dele. Coisa que nunca aconteceria.