Fanfic: Vida Bandida

Patrício: Pelo visto vc pensou em tudo.
Any: Esse é o papel da noiva não é? Cuidar da festa.

Ela falava sem nenhuma empolgação, como se fosse um mero afazer. Patrício a fitou atentamente.
Patrício: Any... vc tem certeza que quer casar comigo?

Patrício: Any... vc tem certeza que quer casar comigo?
Any: Eu aceitei o seu pedido, não aceitei Patrício? Se eu não quisesse, teria dito não. (cansada e indiferente)
Patrício: Eu sei. Mas vc não parece animada. Parece que está fazendo isso obrigada.
Any: Patrício, (ela sorriu) vc não colocou um 38 na minha cabeça e me obrigou a dizer sim. Eu disse porque eu quis, isso é fato. Desculpe a minha falta de jeito, mas vc sabe que eu sou assim. Prometo falar com mais empolgação como todas as noivas. Está bem assim?
Patrício: Claro que não. Se vc fosse como todo mundo, eu não estaria com vc Any. Eu não quero que vc aja com mais empolgação, eu quero que vc sinta mais empolgação, dentro de vc.
Anahí suspirou. Patrício já queria demais. Como ela ia se empolgar com algo que não acreditava? Como ela ia se sentir feliz se o casamento para ela nada mais era do que uma etapa em sua vida para manter um homem ao seu lado? Ela suspirou e sorriu novamente. Poderia fingir.
Any: Está bem. Prometo que vou ficar mais empolgada. (e lhe deu um beijo) Agora temos que voltar ao trabalho. Onde está a Claúdia? Tenho novidades que eu creio que ela vai amar.
Patrício: Foi no fórum. (rindo) Aparentemente ela também não gostou nada das mudanças de leis. Vcs duas vão comprar armas no mercado negro e fuzilar os juízes.
Any: Não me dá idéias Patrício, não me dá idéias. Bom, se ela já está no fórum, já deve saber das novidades.
Patrício: Sim.
Any: Então vou voltar ao trabalho. Depois temos que sair e ver alguns locais para fazermos os nossos convites, pensar no que vamos colocar... então vai se preparando.
Patrício: Eu tenho mesmo que ir junto?
Any: Não só tem como vai. São necessários dois para casar, são necessários dois para fazer a festa. (lançou um beijo para ele que estava fechando a porta)
Patrício: Já entendi. E Any...
Any: Oi?
Patrício: Eu te amo.
Any: Vc é um fofo. Eu também gosto muito de vc. (e ficou observando ele fechar a porta)

Amor... Patrício vivia dizendo que a amava na esperança de ouvir o mesmo dela. Mas aquilo nunca aconteceria. Anahí só amara um homem e aquele homem despedaçara completamente seu coração. Nunca mais amaria ninguém, era impossível depois da segunda decepção. Ela suspirou. Ao ouvir o eu te amo do Patrício, memórias começaram a passar pela sua cabeça.Tentou afastá-las, mas não conseguiu. Ela suspirou quando sua mente começou a reviver uma noite muito boa que ela e Poncho haviam tido em Blumenau. Involuntariamente, ela sorriu, por menos que desejasse. As suas lembranças com Poncho, por mais que ele a tivesse maxucado, sempre eram boas...

Flashback

Poncho e Anahí haviam descido do ônibus no Terminal Fonte. Os dois estavam sem carro e precisavam andar de ônibus por um tempo. Eles haviam saído da Lan House de Poncho e precisavam ir até o fim da linha do ônibus para chegarem em casa. Os dois desceram do ônibus e ficaram contemplando o Terminal já vazio. Aparentemente já era tarde.

Poncho: 23 horas... pegamos o último ônibus. E temos que nos apressar Any. Deve ser perigoso ficar por aqui essa hora.
Any: Blumenau é uma cidade segura Poncho. Já caminhamos pelas ruas a uma da