Fanfic: Vida Bandida

Karla: Pronta.
Eles saíram caminhando do tribunal. Poncho revivendo a conversa com Claúdia e intrigado, querendo saber o que acontecia na vida de Anahí e Karla o fitando atentamente, perdida nos seus pensamentos.
Karla: (pensando) Sim Poncho, eu já sei que o processo da Anahí prescreve daqui a dois dias. Mas vc não precisa ficar sabendo disso. Vc não lê a parte das leis dos jornais e mesmo sabendo que algumas leis mudaram, não saberá exatamente quais. Vc não sairá do meu lado Poncho... nunca. Ou pelo menos irei retardar a sua saída o máximo que eu puder.

Claúdia voltou para o escritório abalada. Sequer passou perto da sala de Anahí. O olhar dela denunciaria para a amiga eu alguma coisa estava errada. E o que ela menos queria era tentar explicar sobre o encontro com Poncho.
Ela atirou as coisas em cima da mesa e se sentou. Poncho... depois de tanto tempo ele finalmente reaparecera. Mas com que propósito? E por quê? Claúdia estava confusa. Mas não queria nem pensar no que aconteceria se Anahí fosse a pessoa que tivesse se topado com ele.
Ela folheou o papel e abandonou logo em seguida. Precisava tomar um ar. O ex não era seu, mas mesmo assim... havia acompanhado toda a trajetória de Anahí, todos os esforços que ela fizera para esquecer Poncho. Não queria ver a amiga mal novamente e ainda mais por sua culpa.
Ela já estava abrindo a porta quando a porta abriu por si só quase pegando em seu nariz. Recuando rapidamente, Claúdia lançou um olhar furioso para Christian.

Claúdia: Bater na porta é bom Christian. Sei que eles não contam nos votos de casamento, mas mesmo assim ainda acho que vale a pena acrescentar: “e baterais na porta até que o divórcio ou o Ricardão vos separe”.
Christian: Oi meu amor. Vim fazer uma visita. E trouxe nossa pimpolha junto. Recém voltou ao trabalho e já esquece que tem filha? (olhar bravo)
Claúdia olhou para o relógio. Christian tinha razão. Eram quase 18:30 e ela deveria ter estado em casa as 17:00, no máximo.
Claúdia: Perdão Christian. Confusão no tribunal. (respirou cansada e se sentou)
Christian: Foi o que eu pensei. Algum cliente homida com tendências a serial killer atrasou vc?
Claúdia: Antes fosse. Adivinha quem eu encontrei na sala de processos do ano passado?
Christian: Quem? O Tom Cruise?
Claúdia: Nem nos meus sonhos. Alfonso Herrera em pessoa. (brincando com a filha)

Christian: (quase cuspiu ao ouvir o nome) Que? O Poncho? O Poncho da Any? Aquele que casou e sumiu no mundo?
Claúdia: Ele mesmo. Me cumprimentou na maior cara dura. Queria saber como estávamos e... como a Any estava também.
Christian: Aposto que vc usou suas técnicas de defesa pessoal e deixou ele gemendo no chão.
Claúdia: Vontade não me faltou, mas não consegui. Ele parecia preocupado, tenso... ahhh sei lá, só sei que eu não consegui.
Christian: Vc me chutou uma vez quando eu tentei violar a quarentena. E dele vc teve pena? (chocado)
Claúdia riu ao lembrar da cena.
Claúdia: Vc é muito safado e eu chutei por defesa própria. Já o Alfonso... vc vai querer me matar e com todos os motivos do mundo mas... eu me senti feliz ao revê-lo.
Christian: Acertou, eu quero te matar. Devolva a minha filha e me passa a faca. Como vc pode se sentir feliz ao vê-lo Claúdia? Depois de tudo que ele fez a Any?
Claúdia: Ok, eu sou a pior das amigas. Não precisa repetir. Mas... sabe Christian, eu nunca quis tocar no assunto, mas o fim daqueles dois, naquele dia... eu nunca entendi bem a história. Parecia que o Poncho estava sendo outra pessoa... a maneira como ele me perguntou da Any, como ele queria saber dela, não me parecia a maneira que um cachorro como ele foi há um ano e meio atrás perguntaria.
Christian: Considerando que ele apenas mente desde que nos conheceu, não seria novidade que ele estivesse mentido agora. Não acha isso Claúdia?