Fanfic: Vida Bandida

Any: Segredo de irmãos, já entendi... priminho, eu sou promotora, uma hora vou conseguir extrair a verdade de vc... priminha, pára de drama e vamos se divertir... temos motivos de sobra para isso.

Anahí sai com Maite e deixam Christian sozinhos. Depois de dançar muito e conseguir a atenção de todo o público masculino, Anahí se separa de Maite e deixa a prima conversando com um rapaz. Anahí resolveu ir no banheiro retocar a maquiagem e escovar um pouco os cabelos. Quando ela estava quase entrando, deu um grito que ninguém ouviu por causa da música alta. No momento seguinte, ela estava colada na parede e não conseguia se mexer. Ao olhar para o rosto da pessoa que a segurava com tanta intensidade, teve uma surpresa.

Dulce terminou de ouvir a história de Christopher e ficou pensativa. Normalmente, acharia a história de um homem como Christopher indigna de atenção, mas Dulce confiava no seu instinto. Sabia que Christopher não era um homem que se contentaria em ficar trancado seguindo uma rotina, preso à uma vida que tanto ele como ela consideravam vazia. Dulce também sabia que Christopher era acostumado a ter dinheiro e a viver confortalvemente. Seja lá o que Christopher decidisse, ele iria sofrer muito.

Dulce: E o que vc disse para o advogado?
Chris: Nada. Pedi uma semana de prazo. O advogado me concedeu, mas nesse tempo não posso deixar a cidade. (ele enterrou a cabeça nos joelhos)
Dulce: Já tem uma idéia do que planeja fazer?
Chris: Não. Eu odeio a rotina... sofria muito com as imposições do meu pai, só tive paz depois que ele morreu... nunca quis ter raízes, sempre quis viajar para qualquer canto... destino a qualquer lugar...
Dulce: Eu sei. Vc tem a alma cigana certo? Mas por que não abre mão da sua fortuna e vive como um andarilho?
Chris: Vc só pode estar ficando louca... morrer da fome? Virar mendigo? Não, de jeito nenhum.
Dulce: Eu sou uma andarilha, não sou mendiga nem morro da fome.
Chris: Vc é uma cigana. Tem uma tribo, uma família e vive... bom, vive do seu trabalho de ler as mãos alheias. Eu não tenho nada disso.
Dulce: Eu sei. VC, que se julga um solitário tem medo de encarar uma aventura nova sozinho... e o pior é que se fracassar, não poderá voltar atrás nas suas decisões.

Chris: (surpreso) Como sabe tudo isso da minha pessoa?
Dulce: Sou intuitiva e leio mãos... vc, vulgarmente me chamou de golpista.
Chris: Preciso rever meus conceitos...
Dulce: Mas me diga uma coisa... vc vive se mudando, nunca pára em lugar algum... não tem nenhum amor perdido por aí?
Chris: Não leu isso na minha mão? (dando uma brve risada)
Dulce: Não exatamente. Vi uma mulher aparecendo na sua vida, mas não vi quem.

Dulce: Prostitutas?
Chris: Sim. De luxo por sinal. Elas são honestas. Dizem para que estão ali e o que querem em troca. Não enganam, fazem tudo com o maior prazer (rindo) pegam o dinheiro e vão embora.
Dulce: Uau, a sua vida deve ser realmente triste...
Chris: Como?
Dulce: Não pode tomar uma decisão e não pode amar... sua vida é triste. E aposto que vc não confia em ninguém além de vc e do seu psiquiatra... e nele vc confia porque vc paga!
Chris: Não confiava, vc quer dizer. Mas acertou o resto.
Dulce: Não confiava? (estranhando)
Chris: Acabei de confiar em vc não? Veja só, eu contei mais sobre a minha vida para vc do que para o meu melhor amigo... meu psiquiatra. (rindo)
Dulce: Eu tenho esse poder. (rindo) Sou uma cigana, nós temos nossos talentos para a persuasão.
Chris: Não é apenas para a persuasão que vc tem talento... (ele se aproxima mais dela)
Dulce: (pressentindo a reação de Christopher) Eu acho que vou embora! Tenho que voltar para meu acampamento. Já está tarde. (ela tenta se levantar mas Christopher a puxa de volta e ela quase cai em cima dele)
Chris: Se vc realmente tem poderes (com os lábios quase encostados) vc deve saber o que está por vir agora.