Fanfic: Vida Bandida

pudessem sequer passar perto do que realmente significava uma comemoração. Para ela, comemorar uma data tão significativa quanto um tempo x de namoro, era ir no lugar onde se conheceram, uma noite de amor diferente, ouvir a música do casal, fazer uma loucura juntos, planejar um futuro incerto, mesmo que apenas fossem sonhos...

Any: (pensando) Derrick nunca me entendeu... ele sempre me achou fria e racional porque nunca soube como eu realmente sou. Sou fria, sou racional, não sou romântica, ou melhor, não sou uma romântica convencional e não acredito no conceito dado ao amor. Ele nunca entendeu meu outro lado, meu lado sentimental, e mesmo eu sabendo disso, quis continuar com ele por orgulho... na época julguei amor, mas era orgulho. Mas esse homem... Alfonso Herrera... ele tem algo diferente... parece que, de uma maneira muito louca, ele me completa.

Anahí não tinha ilusões sobre a sua situação. Era parte do seu trabalho e ela jamais seria anti-ética por causa de um homem.Além disso, ela conhecia muito bem tipos como Poncho. Eram lindos demais, sexys demais, bons demais para se contentarem com apenas uma mulher. Ela mesma conhecia essa sensação. Embora não fosse promíscua, Anahí sabia que passar o resto da vida com apenas um homem, um corpo, aturando defeitos e neuras era de enlouquecer. Ela preferia seus namoros ou ficar só. Sabia que quando ficasse mais velha poderia sofrer com essas decisões, mas não se importava. O presente era muito mais certo que o futuro.

Any: (pensando) Mas se vc sabe de tudo isso, por que pensa nele? Não adianta dizer que é tesão, eu me conheço muito bem, sei que se fosse, um banho frio me bastava. Nós dois não poderíamos estar em situação pior; ele é amigo de um homem que me odeia, está sendo acusado de homicídio, vc é que precisa provar que ele é culpado. E depois, eu o vi apenas três vezes... mal o conheço, não sei nada sobre ele e ainda por cima tem aquela cigana... Dulce... como ele pode me afetar tanto apenas com um beijo? E como eu posso me esquecer de tudo isso quando estou com ele, seja como mulher, seja como profissional?

Any: (mudando de posição e voltando a pensar) Mas e o que ele sente por vc? Tesão, ódio, raiva? Talvez ele apenas esteja brincando comigo. É possível. Ele pode muito bem estar tentando te confundir e desviar a sua atenção... é o mais provável. Esqueça isso Anahí, pense apenas no caso e na sua vida. Agora vc deve conversar com a Maite, ver no que dá essa crise em família, se concentrar no caso e apenas no caso. Se não pode esquecê-lo, tente evitá-lo. O que os olhos não vêem, o corpo não deseja.

Terminando as suas divagações, Anahí resolveu entrar e resolver de vez o seu problema com Maite, terminasse bem ou mal. Poncho poderia esperar.

Capítulo 15

Maite estava chorando baixinho em casa quando ouviu a campainha tocar. Ela limpou o rosto o melhor que pôde e foi abrir a porta.

Any: (com uma cara de poucos amigos) Oi.
Maite: (com cara de sonsa) Oi... se vc está procurando o Christian, já vou avisando que ele não está.
Any: Melhor assim... preciso falar com vc a sós. Posso entrar?
Maite: (surpresa) Claro que sim. (ela sai da frente da porta) Entra.
Any: (entrando e se sentando em uma cadeira sendo seguida por Maite) Bom, acho que precisamos esclarecer uns assuntos...
Maite: Também acho. Mas me diga Any, sobre exatamente o que vc veio conversar? O beijo ou o fato de eu ter tentado ajudar o Derrick?
Any: As duas coisas... mas vamos começar do princípio, porque foi o seu comboio com o Derrick que levou ao beijo.
Maite: (dando de ombros e segurando o choro) Vc é quem sabe. Quem começa?

Any: Eu, que sou a parte prejudicada. Maite, dá para vc me explicar por que resolveu ajudar o Derrick depois de tudo o que ele me fez? E por que estava beijando ele?
Maite: Pelo visto eu vou ter que contar tudo... bom Any, é o seguinte: eu achei que vc exagerou. Tá bem, o Derrick te traiu, tá bem ele foi um cachorro e também sei que vc se magoou muito, ele foi o primeiro homem da sua vida e a sua primeira paixão. Mas entenda