Fanfic: Vida Bandida
visto que tem muita gente que quer te fazer mal. Até mais.
Any: Até. (ela viu Dulce se afastar)
Any: (pensando) Sobrinho de uma cigana e serviu no Exército? Amigo do Tony e preocupado comigo? A vida deste homem é realmente intrigante demais... eu gostaria de ter a chance de descobrir mais sobre ele... mas sei que não será possível.
Quando terminou de tomar o seu café, comeu um biscoitinho da sorte. Ao abrir o papel deu uma risada alta. A mensagem não podia ser mais conveniente: "Cuidado com o que deseja, porque certamente, poderá se tornar realidade."
Anahí olhou para o relógio. 13:25. Pagou a conta, guardou a mensagem do biscoito da sorte e se dirigiu para a sala de audiências.
Claúdia já estava na sala quando Anahí chegou, acompanhada de Jack. As duas trocaram um sorriso amistoso e Anahí se sentou ao lado de Peter. Ela lhe lançou um olhar cansado.
Any: Acho que hoje termina... não aguento mais!
Peter: Quem te ouve falar Any, jura que vc está realmente cansada... o que houve com aquela promotora jovem, cheia de vida que se entristecia quando os julgamentos estavam prestes a terminar?
Any: Ela está precisando de férias... (dando uma risada)
Peter: Depois desse caso, vc terá suas merecidas férias Anahí... mas é apenas isso? (lhe lançando um olhar desconfiado)
Any: Talvez sim, talvez não... nem eu mesma sei Peter...
Peter: Quando as mulheres falam assim, só pode ser uma coisa: homem! (rindo sem parar)
Any:(rindo) Sim Peter, me apaixonei por vc... o que fazemos?
Peter: (entrando na brincadeira) Fugimos e vivemos esse louco amor... fala sério Any, quem é o cara que te deixou nesse estado? Ele deve ser realmente interessante, porque até onde eu me lembro, vc era avessa a compromisso tanto quanto os homens mais galinhas que eu conheço...
Any: Não viaja Peter... não estou interessada em ninguém. Acho que o problema maior é o fato do meu ex estar namorando sério a minha prima.... deve ser isso.
Peter: Me engana que eu gosto Anahí. Mas se vc não quer dizer quem é o herói, tudo bem... só me lembra de parabenizá-lo.
Any: Vc anda muito abusado heim chefe?(rindo)
Peter: Apenas com a minha colega favorita... vamos lá Any, vamos terminar esse caso, vc poderá ter as suas férias e aproveitar para conquistar o herói..
Any: Imaginar coisas é o primeiro passo para a loucura.. (rindo) Digamos que eu só terei as minhas férias, porque não há ninguém para conquistar.
Peter: Vc é quem diz. Bom, voltando ao caso, há mais testemunhas?
Any: Não. Não há mais nada nos autos e o juiz oficialmente mandará os jurados deliberarem.
Peter: Falando nisso... aí vem o juiz
O juiz chegou e todos se levantaram e seguida se sentaram. Poncho se sentou nos bancos do réu e mais uma vez olhou para Anahí. Dessa vez ela manteve o olhar, nada mais importava naquele momento. O juiz se sentou e todos se sentaram. O clima estava pesado. Dulce, mais uma vez sentada ao lado de Christopher estava nervosa. Maite e Derrick olhavam ansiosos, torcendo pelo sucesso de Anahí.
Juiz: Bem, acho que chegamos na parte final desse julgamento. Pelo que eu entendi, não temos mais testemunhas, então...
Jack: (interrompendo) Perdão meritíssimo. A defesa tem mais uma testemunha.
Juiz: Ora, isso é completamene inesperado. Além do senhor estar se manifestando, a testemunha não consta nos autos.
Claúdia: Jack é advogado meritíssimo, ele pode interrogar as testemunhas. E, ela não consta nos autos porque apareceu subitamente.
Juiz: Situação incomum... mas de acordo com a nossa lei, se eu não encerrar as deliberações, a testemunha deve ser interrogada.
Anahí e Peter se olharam. Aquilo não parecia ser bom. Claúdia cruzou as pernas.
Claúdia: Bom Jack, agora é com vc. Mostre serviço. (baixinho)
Jack não respondeu. Ele se levantou, pigarreou levemente a voz.
Jack: A defesa chama: Fuzz.
Uma moça loira e jovem entrou. Ela estava vestida de preto, os cabelos eram tingidos. Ela se sentou e olhou diretamente para a platéia. Instintivamente, Anahí seguiu o seu olhar: ela olhava para Tony.
Funcionário: Jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade?
Fuzz: Sim.
Claúdia: (pensando) Não gostei nada disso... estou com um péssimo pressentimento... aí tem!
Any: (pensando) Mas o que é isso? Quem é ela? Como a promotoria não pôde se preparar para essa testemunha?
Poncho: (pensando) Agora tudo vai começar... vc vai precisar de força Anahí, se quiser sair dessa...
Jack: Senhorita Fuzz, a senhora já viu este homem antes? (apontando para Poncho)
Fuzz: Sim.
Jack: Da onde o conhece?
Fuzz: Digamos... que eu e ele temos um passado.
Jack: Poderia ser mais clara?
Fuzz: Ele foi meu amante durante um tempo.
Any: Protesto. Meritíssimo, não nos interessa descobrir o passado desse homem. Esas perguntas não tem sentido.
Jack: Há sentido sim meritíssimo, mas precisamos descobrir de onde a testemunha conhece o acusado e por que fará o que fará!
Any: (pensando) Fazer o que? Fará o que? Isso não está bom...
Claúdia: (pensando e se tocou) Ahhh não, ahhh não. Se ela fizer o que eu estou pensando, a Anahí ficará em péssimos lençóis... mas o que eu faço? (ela encarou Poncho que desviou o olhar)
Juiz: Negada. Continue Sr. Jack.
Jack: Obrigado meritíssimo. Srta. Fuzz, a Srta. ama o Sr. Herrera?
Fuzz: Sim. Sempre o amei muito. Por isso estou aqui.
Jack: O que pode nos dizer sobre o acusado Srta. Fuzz?
Claúdia: (pensando) Eu preciso fazer alguma coisa... mas o que? Se eu me meter, além de colocar em risco minha licença, prejudicarei ainda mais a Anahí... como eu pude deixar isso acontecer? Eu deveria ter desconfiado.
Fuzz: O Sr. Herrera não é culpado do crime ao qual está sendo acusado. Quem matou a família... (ela suspirou) fui eu. E posso provar.
Capítulo 21
Depois das palavras de Fuzz, o tribunal ficou um caos. Todos falavam ao mesmo tempo, ninguém conseguia colocar ordem na baderna, os repórteres estavam como doidos querendo maiores informações. Anahí era a única que não se mexia. Ela assumiu uma postura de frieza, mas a sua mente estava a toda.
Any: (pensando) Estou acabada... depois dessa, a promotoria ficará completamente desmoralizada. Não tivemos a capacidade de localizar essa mulher, não sabemos nem que ela existia... acusamos um homem, o levamos a julgamento... e agora, ficou comprovada a nossa incapacidade profissional... como pudemos deixar uma ex amante passar assim? E onde a encontraram?
Os guardas conseguiram acalmar a população em polvorosa. Depois de um tempo, todos se sentaram e permaneceram em silêncio. Anahí lançou um olhar para Claúdia, que foi correspondido com total perplexidade e confusão. Anahí tinha certeza que Claúdia não tinha nada a ver com aquilo.
Juiz: Ordem. Ordem no tribunal! (depois de uma pausa) Srta. Fuzz, a srta tem noção do que está fazendo? Está se declarando culpada perante uma corte. Isso nos dá o direito de prendê-la sem julgamento ou recurso.
Fuzz: Eu sei e estou ciente das consequencias meretíssimo.
Juiz: Que conte nos autos que a Srta. Fuzz está ciente do que está fazendo e deseja continuar. Sr. Jack, prossiga com o interrogatório.
Any: (pensando) Essa não... estamos acabados... como vou reverter isso? Não há nada que eu possa fazer para desmerecer uma confissão em plena corte...
Jack: Srta. Fuzz, poderia dizer para a corte por que cometeu esse crime?
Fuzz: Por vingança. Alfonso havia me deixado depois que saiu do Exército e resolvi puni-lo. Eu o queria preso, eternamente, para nunca mais poder ter nenhuma mulher... (risinho malicioso)
Claúdia: (pensando) Não me convenceu... isso é loucura, se ela queria vingança por que está confessando tudo em plena corte? É impossível para a promotoria reverter uma confissão desse nível, é a maior humilhação pela qual um promotor pode passar...
Jack: E por que resolveu confessar Srta. Fuzz?
Fuzz: Estava tendo pesadelos... fantasmas me perseguiam... eu me sentia muito mal todas as noites pelo que eu fiz... matar os melhores amigos do Alfonso, matar as crianças... resolvi confessar tudo na esperança de poder dormir em paz novamente... cada vez que eu deito na cama, ouço os gritos das crianças... as súplicas... (a voz morreu e ela se calou)
Jack: Fez isso pelo Sr. Herrera?
Fuzz: Eu o amo, mas jamais faria isso por ele. Ele merecia morrer na prisão, mas eu... quero ter paz, apenas isso, quero voltar a ter paz.. (e ela começou a chorar)
Jack: Não tenho mais perguntas meritíssimo. ( e ele se sentou)
Juiz: A Srta. Portillo deseja interrogar a testemunha?
Anahí exitou. Não havia o que fazer.
Any: (pensando) Eu posso perder essa, mas não vou ficar quieta aguentando essa humilhação. Eu irei continuar até o fim.
Any: (voltando a falar) Tenho sim meritíssimo.
Anahí se levantou e desconsiderou o olhar lançado por Peter. Ela se postou na frente de Fuzz.
Any: Srta. Fuzz, a acusação encontrou provas bastante estranhas na noite do crime. Pode explicá-las?
Poncho deu um breve sorriso. Não esperava menos de Anahí.
Fuzz: As digitais não foi difícil. Eu as consegui facilmente, Alfonso e eu havíamos tido uma noite de "recaída". Ele usou algumas coisas lá em casa. Tenho um amigo que me devia favores, ele implantou as digitais na casa. A fita foi forjada. Qualquer computador pode fazer isso. E os vizinhos... bom, nada melhor do que contar com a estupidez alheia não?
Any: E qual é a prova que vc disse possuir para provar a sua culpa?
Jack: Protesto. Não há sentido nesse interrogatório.
Any: Como não? Ela mencionou uma prova. Quero saber qual é.
Juiz: Negada. Responda a pergunta Srta. Fuzz.
Fuzz: Se fizerem uma busca detalhada, verão um pouco de sangue. Me cortei quando fiz o serviço. Caiu um pouco e eu não o limpei, estava com pressa. Isso deve ter passado batido porque meu sangue se misturou com o sangue deles...
Any: (pensando) Ótimo... agora além da promotoria ser incompetente, a polícia também será criticada... bravo Anahí...
Any: (voltando a falar) Não tenho mais perguntas meritíssimo.
Ao se sentar, Anahí instintivamente olhou mais uma vez para a platéia. Gelou ao ver que Tony sorria.
Depois daquelas palavras, o resto do dia transcorreu como um filme em câmera lenta. Poncho foi declarado inocente, e as câmeras registraram ele saindo abraçado com Dulce. Todos pararam para cumprimentar Jack e Claúdia. Claúdia não sorria, estava com um semblante preocupado. Peter havia ido conversar com a imprensa, explicar o que havia ocorrido na promotoria, o porquê das coisas que haviam ocorrido.
Anahí estava sentada, esperando sair do transe do que acontecera. Também estava esperando os repórteres saírem, não estava com vontade de ouvir zombarias. Eram 16:00 da tarde, ela estava escorada em um corredor. Os olhos estavam fechados, o tempo parecia ter congelado.
Anahí escutou passos e se aprumou. Ninguém precisa vê-la frágil. Ela olhou e viu Claúdia se aproximando e em seguida se sentando na cadeira ao lado.
Claúdia: Any eu... eu sinto muito, eu não pude fazer nada... (desabando no choro)
Any: Não se preocupe... (cansada) eu sei que vc não está metida nisso Claúdia...
Claúdia: Sabe? Como pode saber? Eu fiquei quieta como uma imbecil, deveria ter falado algo, ter feito alguma coisa.
Any: Falar o que? Fazer o que? Se vc protestasse, poderia perder sua licença por negligência ao cliente Claúdia... e isso não ia me ajudar. Vc sabe disso. Na minha concepção, vc agiu muito bem.
Claúdia: (limpando as lágrimas) Sempre vc Anahí... eu é que deveria estar te consolando, mas não... vc sempre recebeu os baques sem se alterar... (sorrindo)
Any: É verdade... (sorrindo de leve pela primeira vez) Eu me lembro dos nossos tempos de faculdade, nós aprontando todas para conseguir estágio, levando esporro e eu nem aí... era divertido...
Claúdia: Era...
As duas se calaram por um momento, recordando os tempos felizes da faculdade. Depois da pausa, Claúdia fez a pergunta que mais temia.
Claúdia: Any... depois de tudo isso o que aconteceu... o que vc pretende fazer?
Dulce estava caminhando com Poncho. Ela o olhou de soslaio.
Dulce: Se está preocupado com ela... dê meia volta.
Poncho: Como? (pego de surpresa)
Dulce: É óbvio que vc está preocupado com a Anahí, Poncho... vc ficou quieto desde que saímos desse tribunal, a toda hora olha para trás e está com uma cara de dar dó. Por que não volta?
Poncho: Seria perigoso demais.
Dulce parou repentinamente e Poncho passou por ela. Ele a olhou e deu meia volta.
Dulce: No que vc se meteu dessa vez? (zangada)
Poncho: É melhor vc não saber...
Dulce: Quando o conheci, dois anos atrás, vc me disse a mesma coisa Poncho. E no fim, apenas estavam te acusando de contrabandear armas para marginais, mas fora isso sua vida até que era normal...
Poncho: Vc sabe que eu era inocente... sabe que aquilo me custou a saída do Exército. (irritado) E eu
sequer pude contar com vc porque em dois meses vc se mandou com a sua tribo e me deixou sozinho... novamente.
Dulce: A escolha não foi minha... eu tenho que respeitar as decisões do líder Poncho, sendo contra ou a favor... eu te ajudei como pude, te ajudo como posso no momento e sempre vou te ajudar. Agora me diga no que está metido.
Poncho: Coisas complicadas... deixa quieto Dulce.
Dulce: Envolve a promotora não é?
Poncho: (dando uma risada) Ela é a peça central do que está acontecendo... tudo isso gira em torno dela...
Dulce: (mudando de assunto levemente) O que vc sente por ela?
Poncho: Como é?
Dulce: O que vc sente por ela Poncho? Tá escrito na sua cara que vc gosta dela...
Poncho: (dando um sorriso) Vc está pirando Dulce... sequer a conheço bem... e se vc se lembra, aquela cena no julgamento custou a carreira dela... acha mesmo que gosto dela?
Dulce: Não acho sobrinho... tenho certeza.
Poncho: Como?
Dulce: Para mim, vc está fingindo querer prejudicar essa moça. Está seguindo ordens de alguém, que quer fazer mal a ela. Mas, vc está agindo por conta própria quando a tentou tirar do caso e ao pedir para mim vigiá-la... vc está tentando protegê-la Poncho... sem dar na vista, mas protegê-la.
Poncho: (pensando) Palmas Dulce... vc realmente tem um sexto sentindo incrível...
Poncho: (voltando a falar) Dulce...
Dulce: Não precisa dizer mais nada. (ela sorriu) Vc precisa continuar mantendo a fachada Poncho... não fale nada. Mas por favor, volte para o tribunal e veja como ela está. Eu falei com ela, dei o seu recado e pude sentir que ela não é indiferente a vc...
Poncho: (dando um beijo no rosto de Dulce) Valeu tia... (deu meia volta e tomou seu caminho)
Dulce: De nada pirralho... (enquanto continuava a caminhar)
Autor(a): puumy
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Capítulo 22Anahí parou para pensar nas palavras de Claúdia. Ela olhou para o chão.Any: Vou pedir demissão... é o melhor que eu posso fazer.Claúdia: Vc enlouqueceu Any? Esse sempre foi o seu sonho, trabalhar na promotoria. Além disso, se vc se demitir, toda a vergonha cairá sobre vc... e a culpa não foi sua ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 23
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LuanaFernandes Postado em 23/12/2010 - 23:44:39
n acredido q vc parou de postar
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leticia Postado em 08/07/2009 - 22:42:45
oi fofis bom ñ sou muito fãm de los''AS'' mas adoro web do rbd de todos ja li a sua web mas vc aida ñ terminou entã oposta que estou abciosa pra ler obg pelo comentario fiz a minha hj
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:52
POSTA MAIS!!!!!
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:52
POSTA MAIS!!!!!
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:51
POSTA MAIS!!!!!
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:51
POSTA MAIS!!!!!
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:51
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:51
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:50
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mariahsouza Postado em 15/04/2009 - 21:56:50
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