Fanfic: Vida Bandida

Claúdia: Bom dia pinguço... como vc está hoje?
Christian: Claúdia? Como eu vim parar aqui? Como eu cheguei aqui? O que aconteceu?
Claúdia: A advogada sou eu, logo, quem deveria perguntar aqui sou eu. Bom, nem eu sei como vc parar aqui, de acordo com vc, vc veio de táxi e deu o meu endereço. O que aconteceu? Vc bebeu, encheu a cara, tomou todas, enfim...
Christian: Que dor de cabeça... (ele gemeu de dor) e que vergonha...
Claúdia: Sinta os dois, porque vc merece... quem mandou beber até cair heim cachaceiro? E por favor, cantar a música da Ivete Sangalo... to rindo até agora.
Christian: Ahhhhh não... eu fiz isso de novo?
Claúdia: Fez... (rindo) mas não se preocupe, eu não gravei...
Christian: Eu fiz só isso? (ele a olhou sério) Não aconteceu mais nada?
Claúdia exitou. Ela contava ou não contava para ele sobre o beijo?

Anahí estava deitada em um banco na praça segurando um jornal contra o sol. Como Claúdia ainda estava trabalhando, Anahí ficou encarregada de começar a procurar salas comerciais para as duas abrirem o escritório. Naquele momento, ela estava olhando os classificados e com uma caneta assinalava aquilo que lhe interessava.
Any: (falando sozinha) Esse não, olha o preço... esse sim... esse sim... esse não... caramba, quem é que vai querer abrir uma firma no bairro "Fim do mundo"? Esse não...
Ela estava de bom humor naquela manhã. O evento da noite anterior, apesar da maneira como a noite terminara, a deixaram de bem com a vida. Duas senhoras, carregando guarda chuvas estavam paradas conversando.

Velhinha 1: Vc ficou sabendo?
Velhinha 2: Do que cumadre?
Velhinha 1: Ontem, aqui no monumento, os fantasmas apareceram...
Velhinha 2: Vc tem certeza?
Velhinha 1: Claro que sim... pessoas ouviram até os gemidos... pareciam ser gemidos de sofrimento, como se as almas estivessem penando...
Velhinha 2: Temos que acender uma vela por essas almas...
Velhinha 1: Sim... pelos nossos heróis que morreram nas guerras... para que eles descansem em paz e não caminhem mais pela terra.

Anahí, que ouviu a conversa deu uma risada. Ela abaixou o jornal e olhou para o céu por um momento.
Any: (falando sozinha) Que noite... eu bem que gostaria que ela se repetisse.
Poncho: (fazendo sombra no banco) Ela poderia se repetir quantas vezes vc quisesse... se vc não fosse tão cabeça dura.

Claúdia apenas encarou Christian. Sem saber o que fazer, ela resolveu sondá-lo primeiro.
Claúdia: Do que vc se lembra?
Christian: De nada... só me lembro de ter bebido muito e agora acordei aqui... mais nada.
Claúdia: (pensando) Se eu contar, ele vai se sentir constrangido... melhor não dizer nada.
Claúdia: (falando) Ahhh, não aconteceu nada demais... te taquei embaixo do chuveiro, vc se vestiu e foi só...
Christian: Eu consegui me vestir no estado em que estava? (ele deu uma risada)
Claúdia: Pois é... (ela o encarou acusadoramente) vem cá, vc tem certeza absoluta que não se lembra de nada? Vc ficou alegrinho uma hora... poderia se lembrar de alguma coisa...
Christian: Há alguma coisa para eu me lembrar?
Claúdia: (pensando) Melhor eu contar... ahhh quer saber? Vou dizer e ele que faça o que quiser...
Claúdia: (falando) Bom... vc, naquele seu estado de pinguço mal amado, me beijou.
Christian: Eu fiz o que? (chocado)
Claúdia: (pensando) Ele não se lembrava...

Claúdia: (falando) Sim, me beijou. Não se preocupe, não estou zangada e não fique constrangido. Acontece... (dando de ombros)
Christian: (rindo) Na realidade eu me lembrava muito bem... eu apenas... queria ter certeza... sabe como é, a gente alucina de vez em quando...
Claúdia: Seu cachorro... cafajeste, salafrário... (começando a bater nele) isso não se faz... da próxima vez eu vou te deixar na rua...
Christian: Ei... (ele a segurou pelos braços) calma... (rindo) eu beijo tão mal assim?
Claúdia: (pensando) Não... esse é exatamente o problema...