Fanfics Brasil - A noiva Prisioneira

Fanfic: A noiva Prisioneira


Capítulo: 3? Capítulo

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CAPÍTULO II

  — Tive a impressão de você ter dito que Dulce significava "linda" — comen­tou Christopher, cruzando os braços e recostando-se com displicência contra a parede da taverna. O vento soprava forte, fazendo com que as dobras de seu pesado manto de lã batessem contra suas pernas. Olhando para cima, ele observou que as nuvens esta­vam mais pesadas, mais escuras. O dia nascera ensolarado e quente, porém a tempestade não tardaria a chegar.— Exatamente — respondeu Christian, colocando a caneca vazia no parapeito da janela aberta. — É uma jovem interes­sante, mas não se pode dizer que seja uma mulher linda. Talvez tenha sido um belo bebê.Christopher sorriu.— Depois de um filho como Derrick? Acho difícil. — Ele ana­lisou a figura esbelta e imponente da srta. Savignon, que en­trava no banco. — Apesar de ter a pele um pouco mais clara, não se pode dizer que essa dama é irmã de um brutamontes.— E os cabelos dela brilham como os raios de sol da manhã — comentou Christian.— Não, são de um vermelho mais suave, como o do pôr-do-sol — corrigiu Christopher —, embora as outras qualidades da jovem me pareçam bem mais formidáveis. Não consigo nem imaginar um sujeito como sir Alfonso  enfrentando essa fortaleza de mu­lher. Ele deve ser um cordeirinho!Christian riu.— O que você está querendo dizer é que não consegue imaginar uma mulher com tanta personalidade permitindo que um tolo como sir Alfonso  tente enfrentá-la. Seria uma ousadia!— É verdade. Ela não é uma beldade, mas suas feições não são nem um pouco desagradáveis. E o corpo tem curvas perfei­tas, longilíneas, que se realçam com a altura. Acho que a srta. Savignon merecia um pretendente mais interessante do que um lorde tão delicado quanto sir Alfonso .— Duvido que ele se preocupe com a beleza da jovem — declarou Christian. — A srta. Savignon é rica e possui muitos bens, e é isso que realmente importa para aquele canalha. Você não acreditou nem por um instante na história absurda que aquele homem lhe contou, não é? Não acredito que ele o tenha convencido.Christopher balançou a cabeça.— De forma alguma. Não acreditei em uma única palavra. Quando pus os olhos nele, percebi que se tratava de um grande mentiroso. E um covarde sem tamanho.— E ainda assim está determinado a capturar a srta. Savignon e mantê-la prisioneira em York até que sir Alfonso  vá buscá-la?— Sim.Christian cuspiu no chão e emitiu um som que demonstrava seu descontentamento.— Que tolice! Você está arriscando a sua vida, e a minha, apenas para se vingar de sir Derrick. E qual o motivo? Nada do que você lhe fizer trará de volta o que a sua irmã perdeu, ou devolverá a alegria que ele lhe tirou.— Pode ser que não — concordou Christopher, sem desviar os olhos da carruagem da srta. Savignon, mais especificamente do cocheiro e do ajudante, que já mostravam sinais de cansaço de tanto esperar —, mas posso fazer com que sinta na pele todo o sofrimento por que Anahi passou. E ele também saberá o que é ter a irmã sob o poder de outro homem. Não se preocupe, Christian, eu não tenho a menor intenção de causar qualquer mal à srta. Savignon, e você sabe muito bem disso. O coração e o corpo dessa mulher permanecerão intocados e puros… Pelo menos até que sir Alfonso  venha buscá-la. Depois disso, acho que Derrick pode começar a se inquietar.Christian deu outra risada.— Você? Entregar uma mulher a um cavalheiro que possa machucá-la ou lhe tirar a virtude? Jamais! Nem mesmo uma mulher determinada e forte o suficiente para acertar a cabeça desmiolada de sir Alfonso . Por favor, camarada, conte-me uma história melhor.Christopher Uckermam riu para seu criado e amigo, mas não disse nada. Christian o conhecia bem demais. Só a idéia de entregar a srta. Dulce para um homem como sir Alfonso  o incomodava. Entretanto, fazia questão de levar a cabo o acordo que fizera com o sujeito. A chance de se vingar de Derrick Savignon era muito atraente para fazê-lo mudar de idéia.Havia poucas pessoas que ele realmente amava na vida, mas entre as mais queridas estavam seus pais, irmãos e irmãs. Ele se considerava um homem de muita sorte, apesar de ter nascido de uma família simples.Seus pais o haviam reconhecido de braços abertos, bem como os avós, tios, tias e primos. Na realidade, Christopher se considerava amado por ambas as partes da família e fora criado pelo pa­drasto como um filho legítimo.Sim, ele era um homem de sorte. De muita sorte, ainda mais depois de todos os anos de andanças e arruaça. Várias vezes a família o impedira de ser preso, enforcado, ou pior. Várias vezes eles tinham lhe pedido para sossegar, para se estabelecer na pequena propriedade que ganhara de presente. E por várias vezes Christopher os desapontara com seu comportamento, mas to­dos continuavam de braços abertos, sempre dispostos a ajudar e a lhe oferecer carinho.Christopher sabia que não era digno de uma família como a sua, e que eles não mereciam tanto sofrimento e preocupação. Havia apenas uma maneira de Christopher demonstrar sua dignidade: por meio da lealdade e do amor que sentia por eles.E foi essa devoção à família que o levara a buscar vingança contra Derrick Savignon. Sir Derrick, um homem bonito e fa­moso por suas conquistas, deixara a irmã mais nova de Christopher, Anahi, perdidamente apaixonada, a ponto de ela deixar de lado todo o bom senso.A pobre moça acreditara que o cavalheiro se casaria com ela.Christopher, na qualidade de exímio conquistador, sabia como era fácil fazer com que uma moça ingênua acreditasse em algumas palavras doces. Em sua inocência, amor e confiança, Anahi se entregara a Derrick, e Derrick, o maldito cavalheiro, a aban­donara logo em seguida, mesmo sabendo que ela concebera um filho. Nem mesmo o medo do poderoso padrasto de Christopher, o lorde Randall, o tinha levado a assumir qualquer tipo de com­promisso com a jovem.Anahi, por sua vez, apesar de todo o ocorrido, implorara ao pai que não ordenasse a prisão de seu amado. Envergonhado, lorde Randall concordara em deixar o assunto de lado para preservar a honra da família. A gravidez de sua filha fora bem escondida, mas nem teria sido necessário. O sofrimento pelo abandono de seu desleal amante fora suficiente para que a jovem caísse de cama, perdendo o bebê poucos meses depois da concepção.Cinco meses haviam se passado, e Anahi continuava inconsolável. Durante os dias que Christopher tinha estado com a irmã na propriedade do padrasto, ela não fizera outra coisa além de chorar. Diante do desespero da jovem, ele jurara a si mesmo que se vingaria de Derrick Savignon de qualquer maneira. Sen­do assim, a proposta de sir Alfonso  fora uma verdadeira dádiva. A oportunidade perfeita para aquele homem pagar, e caro, por ter feito sua querida Anahi sofrer tanto.— Sim, você jamais permitirá que sir Alfonso  leve a srta. Savignon — declarou Christian. — Ainda mais depois que ela se apaixonar e implorar para que você não a abandone.— Eu abandonei muitas outras, apesar da insistência delas — respondeu Christopher, sem contestar o fato de que a srta. Savignon, bem como sua criada, Maite, se apaixonariam por ele. As mulheres, independentemente da idade e condição social, sem­pre se apaixonavam por ele, e isso acontecia desde seus quinze anos. Sim, sabia que era um homem bonito, porém não com­preendia o fascínio que exercia sobre o sexo oposto, mesmo quando não tinha a intenção de conquistar.Não havia como evitar, portanto, Christopher aprendera a lidar com a situação. Ao selar o acordo com sir Alfonso , ele já sabia que a srta. Dulce se apaixonaria, o que de certo complicaria seus planos. E como Christian dissera, ela agiria como as ou­tras, implorando para não ser abandonada, principalmente se permanecesse prisioneira em York por alguns meses. Todavia, seu coração, apesar da intensa admiração por mulheres em ge­ral, nunca se encantara por nenhuma em especial, a não ser pela mãe e irmãs.Christopher estava bem acostumado a dispensar fêmeas ardentes que cruzavam seu caminho. Seria uma grande falsidade dizer que evitara despedaçar mais do que alguns corações durante seus anos de andanças, porém ele tomava o máximo cuidado para não agir como sir Derrick Savignon, deixando uma grávida ou desesperada, a ponto de a morte parecer melhor do que a vida. E a irmã do cavalheiro não era nenhuma exceção.Não, a vingança deveria recair apenas sobre sir Derrick. Quan­to à srta. Dulce, Christopher a manteria a salvo e confortável du­rante sua estada na fortaleza de sir Alfonso  em York. Depois cuidaria para que ele a tratasse bem, não obrigando-a a se casar contra a vontade, nem mantendo-a longe da família. No que dizia respeito a si mesmo, Christopher repeliria as declarações de amor da moça com toda a educação e faria o possível para não incitar tais sentimentos desde o início.Por sorte, a srta. Dulce não dificultaria a tarefa. Se tivesse sentido qualquer tipo de atração pela jovem, Christopher enfrentaria sérios problemas para não seduzi-la. Nunca se apaixonara por nenhuma, mas as mulheres eram seu ponto fraco. Aquela jo­vem, entretanto, tinha o olhar de uma mulher determinada, e não fazia exatamente seu tipo. Podia-se dizer que era esbelta. E apesar da evidência de curvas deliciosas por baixo do manto de lã, ela era bem magra. A não ser que os trajes da jovem possuíssem algum tipo de poder mágico que escondesse o que havia por baixo, Christopher não conseguia detectar nenhum sinal da abundância de curvas que tanto o encantava no sexo oposto.Não, a srta. Dulce era alta e magra, uma mulher graciosa e saudável, capaz de desconcertar muitos homens. Christopher, to­davia, não estava entre eles.— Ela sairá logo do banco.— Sim, dentro de alguns minutos — concordou Christian. — A srta. Savignon costuma ser bastante pontual.Era verdade. Os dois a observavam havia alguns dias, ape­nas três, colhendo informações com aqueles dispostos a ganhar algumas moedas de ouro, porém tinham descoberto muitas coi­sas a respeito da vida dela. Entretanto, nada de muito excitan­te. Aos vinte anos, quase tendo passado da idade de se casar, Dulce morava com os tios em um dos imponentes palácios construídos à beira da praia. Todas as manhãs, ela assistia à missa com os tios e tias, e todas as tardes ia até o centro de Londres para cuidar dos inúmeros negócios da família Savignon, sempre reservando um dia da semana, quinta-feira, para con­versar com o banqueiro, o sr. Fairchild. Todas as noites Dulce voltava para a residência da família, e os pesados portões se fechavam logo atrás, trancando todos até a manhã seguinte.Nesse período nenhum visitante, pretendente, vizinho ou co­nhecido entrara na propriedade. Em três dias, nada de interes­sante acontecera na vida dela. Na verdade, tudo era tão roti­neiro que Christopher não conseguia imaginar como uma mulher jovem, mesmo tão séria quanto a srta. Savignon, conseguia su­portar um cotidiano tão monótono. Além disso, não era nem um pouco sensato para uma jovem de tantas posses ter um horário tão regular. Seria extremamente fácil seqüestrá-la. O fato de ninguém ainda ter tentado o surpreendia, pois certa­mente a família pagaria um bom resgate. E é claro, havia o irmão, sir Derrick, para dissuadir a maioria dos criminosos de ousarem tal façanha. O pensamento trouxe um sorriso aos lá­bios dele.— Chegou a hora — anunciou Christopher, olhando para o céu cada vez mais escuro.Christian assentiu e começou a desamarrar o manto que vestia.— Vou ficar esperando na esquina, pronto para trocar de roupa com o cocheiro.— E eu vou buscá-lo, junto com o criado — respondeu Christopher, andando. — Não bata com muita força dessa vez, Christian. Não quero nenhum dos dois machucados. Não tenha pressa. Tempo é o que não nos falta. Tudo dará certo. Confie em mim.A risada baixa de Christian cortou o ar cada vez mais frio, e ele seguiu seu mestre para fora da taverna.— Rápido, Maite — apressou Dulce, insistentemente, saindo do edifício onde o sr. Fairchild mantinha seu banco. Um em­pregado segurou a porta aberta para as duas, fazendo uma mesura assim que elas passaram. — Quero voltar para casa bem depressa.Levantando as saias, ela correu pela rua até a carruagem, com Maite logo atrás. Sua ansiedade era tanta que Dulce nem olhou para o criado que lhe abriu a porta, John, e baixou a cabeça.Apesar da breve troca de olhares, Dulce soube que havia algo de errado. Porém, já entrara na carruagem quando seu corpo respondeu à informação recebida por seu cérebro: John não era tão alto, nem tão musculoso.— Maite — chamou ela, virando-se para descer. Mas sua cria­da foi empurrada para dentro da carruagem e caiu no assento. Desesperada, Maite agarrou-se a Dulce, piorando ainda mais a situação.Tudo tinha acontecido tão depressa que, no momento em que Dulce se endireitou, ajudando Maite a fazer o mesmo, já era tarde demais. O impostor que capturara John entrou com faci­lidade na carruagem e fechou a porta em seguida.— O que…O homem sentado no assento em frente tirou um longo e brilhante punhal das dobras do manto de John, que usava sobre suas próprias roupas, e o apontou para as duas jovens.— Fique quieta, senhorita — ordenou ele, com a voz calma, porém desafiadora. — Não tenham medo. Se você e sua criada me cumprirem minhas ordens, nada lhes acontecerá. Agora, se começarem a me causar problemas, serei obrigado a tomar me­didas mais drásticas.Naquele instante, Maite emitiu um som esquisito e desmaiou no colo de Dulce.— Nós não temos dinheiro — explicou ela, puxando Maite para cima, evitando que a criada caísse no chão da carruagem. — Eu não trouxe nada do banco.O inimigo simplesmente sorriu, de uma maneira tão encan­tadora que Dulce sentiu-se mais confusa ainda.— Não quero o seu dinheiro, srta. Dulce — respondeu ele.— Quero apenas que me obedeça ficando quieta. Dentro de poucos instantes alcançaremos os portões da cidade, então você poderá voltar a falar. Assim que estivermos fora de Londres, eu lhe explicarei tudo.— Nos portões da cidade, você já estará preso — disse Dulce, por entre os dentes. — O que você fez com John e Willem? Sei que não é Willem que está conduzindo a carruagem. Ele nunca…O estranho levantou a mão.— Os dois estão bem. Um golpe na cabeça foi tudo que eles sofreram. Já cuidei para que os dois sejam encontrados e leva­dos de volta para Metolius. Não tema por eles, mas sim por si mesma e por sua criada. A idéia de machucar mulheres não me agrada, porém saiba que o farei, se necessário. Nós atra­vessaremos os portões da cidade, com ou sem a sua ajuda, em­bora eu sugira que coopere conosco. Preste muita atenção no que vou lhe falar, srta. Dulce, pois é sério. Eu já matei muitos homens na vida, e dois guardas londrinos não farão a menor diferença. Todavia, imagino que você prefira não testemunhar um derramamento de sangue. — A lâmina afiada do punhal reluziu. — Agora fique quieta. Depois você poderá falar o quan­to quiser.   


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Autor(a): ieu

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • marques Postado em 07/07/2008 - 11:30:29

    Não para pelo amor de Deus(tá acho q exagerei), mais não para.
    sua WN tá perfeita, não para.
    Au li a um tempo atras, mas não sabia
    como comentar. Continua!!!
    Bjs

  • yas Postado em 18/08/2007 - 17:53:42

    posta maissssssssssssssssss

    tah mtu boa a web!!
    naum para naum!!

  • isa Postado em 16/08/2007 - 20:49:02

    mais
    tah lindaa

  • Yas Postado em 05/08/2007 - 21:47:30

    +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++


    Please!! *-*

  • Gaby Postado em 13/07/2007 - 14:39:54

    Posta mais please!!!!!!
    Ta super a web!
    Eu imploro posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
    Ela é super legal!!!!!!

    bjux

  • Yas Postado em 12/07/2007 - 22:10:02

    Posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++

    Please to morrendo de curiosidade!!

  • Yas Postado em 09/07/2007 - 23:54:16

    ahhhhhhhh continua!!
    Plisss

    No pares de postar!!!!!!!!!!

  • Yas Postado em 09/07/2007 - 00:23:35

    Maiis!!!!!!
    Please XD

  • Ellen Postado em 04/07/2007 - 23:50:36

    Olha eu aki de novo \o/ rssrss
    De novo digo q TO AMANDO a web!!
    Tah mtu lindah XD
    Todos os dias to passando aki....
    Aii posta a web no orkut tb!! La da pra gente conversar ;P

    Kisses

  • nathyneves Postado em 03/07/2007 - 12:55:47

    coiisa nem vi que era tu que postava
    oaisaosiaoiasoiaosiosaoisoa

    =DD


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