Fanfics Brasil - Testamento (Ucker) Estranho de Amar

Fanfic: Estranho de Amar


Capítulo: Testamento (Ucker)

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Estávamos reunidos no escritório de tio Pedro, na mansão dele: eu, ele e minha irmã adotiva Any.


O assunto da pequena reunião: o testamento de papai.


Testamento em que ele deixava todas as casas e afins, mais as empresas Uckermann para nós. O único problema era uma pequena clausula do testamento. Eu e Any só poderíamos receber a herança se morássemos na casa onde crescemos, por um ano...juntos!


A idéia não era tão má...


Que dizer, a idéia era péssima!


Any não merecia morar comigo.


Papai não podia fazer isso com ela.


-eu sei que vocês não gostam disso. Também não gosto de obrigá-los a isso. Mas como advogado da família, é o meu dever. E eu tentei, não tive sucesso. Se vocês quiserem as empresas Uckermann, terão que morar em Garden, por um ano, juntos. –tio Pedro quebrou o silêncio, indo direto ao ponto.


Eu e Any nos entreolhamos.


Ela realmente não queria morar comigo.


Eu podia entender.


Mas doía um pouquinho...


Bem feito!


Eu merecia essa dor.


E dores piores também!


Eu era um mau irmão adotivo!


-não a nada que você possa fazer? –perguntei, na esperança de livrar Any da minha companhia.


-infelizmente não. Seu pai foi bem claro quando editou o testamento. Ou vocês moram juntos ou as empresas Uckermann ficam com os sócios e as propriedades da família vão pra caridade. –tio Pedro respondeu seriamente.


Caridade? Não era má idéia...


-ele não podia ter feito isso! –eu estava realmente irritado.


Papai não amava a própria filha, por acaso?


Ele não podia obrigar Any a minha presença.


Ninguém podia!


-ok, ok. Nós temos que decidir isso agora, tio? –Any tentou contornar o clima tenso.


-pra falar a verdade não. Mas seria bom que decidissem. Quanto antes melhor. –tio Pedro respondeu, friamente.


Eu estava sentado na cadeira ao lado de Any, de frente para mesa de titio. Mas levantei, antes que tivesse um ataque de raiva.


Raiva de mim.


Não sei como, mas era tudo culpa minha!


-não, não pode! Eu tenho uma vida em Los Angeles. E a Any tem uma vida em...sei lá onde –eu realmente não sabia. E ela nunca fez muita questão que eu soubesse. -tem que ter um jeito! –praticamente implorei, enquanto andava de um lado para o outro pelo escritório.


-eu sinto muito Ucker, mas... –interrompi tio Pedro. Bruscamente, tenho que admitir.


-que bom que você sente muito! Deveria mesmo sentir! Por atender a esses pedidos estúpidos do papai. Depois que mamãe morreu, ele virou um velho louco, isso sim! Pois em juízo normal jamais nos abrigaria a morar juntos! –eu estava com tanta raiva que não sabia se poderia me controlar. Mas me arrependi de falar aquilo de papai.


Any me observou, meio assustada.


-eu realmente lamento muito. Perdão Ucker. Mas seu pai exigiu... –novamente interrompi tio Pedro. Mas dessa vez carinhosamente, para pedir desculpas.


-desculpa tio. Eu sei que não é culpa sua. Eu só –hesitei –estou nervoso. Papai morreu, as coisas estão uma loucura. Eu e Dul já estávamos nos preparando para morar juntos. Mas agora está tudo complicado demais. –eu estava triste e confuso. Dul foi a melhor desculpa em que consegui pensar.


Tentei prestar atenção no resto da conversa.


Mas logo percebi que não teria jeito.


Teríamos que morar naquela casa.


Ou? Ou?


Tive uma idéia!


Poderíamos alegar no tribunal que papai, depois da morte de mamãe, não estava em seu juízo normal.


Séria horrível alegar aquilo de meu pai, o homem que me ensinou o significado de caráter. Se não fosse pelo velho Donald Uckermann, eu seria um moleque qualquer de rua. Um ladrãozinho!


Mas ele me levou pra casa, meu deu abrigo, amor e carinho.


Mamãe também me recebeu de braços abertos.


Não no começo, pois se preocupou com minhas influências na pequena Any, mas depois ela se tornou minha...mãe.


Ela era preocupada demais, admito.


Sempre que eu e Any pensávamos em fazer algo irresponsável, dona Thalía já se metia proibindo.


Lembrei de quanta dor a causei quando fugi, quer dizer, fui embora de Garden. E obriguei, de certa forma, Any a ir também.


Mamãe não merecia aquilo.


E papai não merecia ser acusado de louco em um tribunal.


Mas Any, minha Any...


Anahí, minha irmã, não merecia minha companhia.


Companhia que estava claro que ela não queria.


E isso não deveria me entristecer.


Quando percebi já não estávamos mais no escritório de tio Pedro, estávamos reunidos com o resto da família.


Eu estava desconfortável ali. Olhei pra Any e percebi que ela também queria estar em outro lugar.


Será que ela queria estar no mesmo lugar que eu?


Porque naquele exato momento eu queria era estar em casa.


A nossa casa, casa onde crescemos...


A mansão Uckermann!


Convidei Any para ir ver a casa, ela aceitou.


Qualquer coisa pra fugir dos olhares de pena!


Peguei o carro de Poncho emprestado, já que o meu ficou em Los Angeles.


Poncho fez uma piadinha infame: “Não faça nada que eu não faria!”. Ele disse.


Eu reconheci os arbustos quando viramos as esquinas.


Casa da senhorita Miller, uma adorável vizinha. Adorável e fuxiqueira.


Percebi cada movimento de Any.


Ela parecia estar em algum tipo de luta interna com lembranças indesejáveis...


Torci para não ser o pivô dessas lembranças...


Finalmente estacionei.


Casa grande e branca, cercada de arbustos.


Essa era a mansão Uckermann!


Eu e Any ficamos calados no carro, cada um perdido em suas lembranças.


Lembrei do dia em que vim morar aqui.


Donald Uckermann tinha minha custódia provisória, estava me levando para conhecer sua casa e sua família em uma cidade do interior, da qual eu nunca tinha ouso falar, Garden. Ele estava esperançoso em que sua mulher aceitasse me adotar. Já eu, resolvi ser realista, quem ia querer um moleque de rua como filho?


Bem,eu fui estúpido. Donald e Thalía Uckermann me quiseram. E me amaram incondicionalmente, até sua morte...


Morte. Eu estava tão triste e abalado pela morte de papai.


Não pude ir ao velório de mamãe, pelo simples motivo de não ter tido velório.


O caprichoso Donald Uckermann não comunicou seus filhos da morte de sua esposa.


Simplesmente cremou e guardou a urna.


Ah, ainda por cima insistiu que a urna fosse enterrada com ele. O caixão era enorme.


Eu, tio Pedro, Poncho, Chris e Derrick, juntos, tivemos que carregar o caixão.


Se não fosse triste, seria hilário.


Mas as coisas sempre aconteciam do jeito que Donald Uckermann desejava.


Isso era tão...papai!


Lembrei de meu primeiro passo pra dentro da mansão Uckermann.


A linda mulher que me esperava na beira da escada, com uma linda loirinha de trancinhas ao seu lado.


A loirinha correu e abraçou Donald. A linda mulher me deu um caloroso sorriso.


Pela primeira vez na vida eu senti que tinha achado o meu lugar.


E até hoje eu só me sentia assim quando estava em Garden. Na minha casa!


Resolvi espantar os pensamentos.


Sai do carro, abri a porta pra Any. Ela me olhou sem entender nada.


Deveria estar achando que eu enlouqueci.


Mas eu preferia continuar fingindo que nossa última discussão, há 6 anos, jamais tinha acontecido.


Enquanto eu abria a porta, Any hesitou há 3 passos. Abri a porta e deixei a chave lá. Fui até Any e estendi a mão pra ela.


-vem! Eu estou aqui! –praticamente sussurrei, enquanto ela colocava sua delicada mão na minha.


E eu realmente estava aqui.


E eu queria sempre estar lá por ela.


Mas ela não queria minha companhia. E não a merecia!


Eu era um péssimo irmão!


De mãos dadas, entramos na casa.


Casa onde crescemos. Nossa casa!


Virei meu olhar para Any e ela estava chorando.


Senti uma estranha agonia.


Doía muito vê-la chorando.


Lembrei das lágrimas que provoquei da última vez que nos vimos.


A culpa me invadiu.


Eu precisava consolá-la.


Eu a abracei o mais forte que pude e senti seu doce cheiro...


Cheiro que me dava lembranças ruins. E me fazia sentir coisas...coisas erradas.


Mas eu precisava consolá-la.


Mas uma coisa ficou bem clara:


Eu não agüentaria morar naquela casa, durante um ano, com minha irmã adotiva Anahí.


Não! Eu não poderia!


CONTINUA...



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Autor(a): gabybrody

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Não! Não! Não! Eu não poderia morar com Any por um ano. Eu não conseguia nem me soltar de nosso abraço, imagina se morássemos juntos? Não! Não! Não! Por sorte, ela saiu do abraço. Enquanto ela andava pela vazia e triste sala da nossa casa, fui fechar a porta. Não queria que ela visse a ...


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Comentários da Fanfic 75



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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 21:00:20


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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:57:15


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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:57:15


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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:57:15


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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:57:14


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  • rafinhacomplicated Postado em 05/01/2009 - 01:12:16

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  • mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:12:08



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  • mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:11:51


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  • mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:11:31


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