Fanfic: Estranho de Amar
Depois de muito tempo, que passou rápido demais, finalizei nosso 1º beijo com um selinho.
Mas continuamos sentados, ela no meu colo, nos encarando.
-era isso! –exclamei pra quebrar o silêncio, enquanto recuperava o fôlego.
-entendo. –ela hesitou, também tentando recuperar o fôlego. Confesso que gostei de tirar o fôlego dela. O monstro também adorou!!! –pena que você não fez isso àquela noite. –ela suspirou.
Também me arrependi de não ter feito isso naquela noite.
Estava começando a gostar do monstro na minha cabeça.
Isso era totalmente errado.
Mas eu não poderia permitir que ela sumisse por mais 6 anos.
Não podia!
-sempre há tempo. –eu a encarei, estudando sua expressão. –ainda quer aquela bebida alcoólica? –conclui. Ela, para alivio meu, sorriu!
O monstro chegou ao êxtase!
Um sorriso malicioso iluminou meu rosto, Any notou!
-uma bebida cairia bem. –ela afirmou. –onde? –ela indagou. Mas sem muita firmeza. Como se tivesse em um tipo de luta interna: “aceito ou não aceito?”
Isso fez com que eu também tivesse uma luta interna.
O monstro dizia: “Agarra!!!”
Minha consciência dizia: “Ela é sua irmã Christopher...”
O monstro cortou a consciência pra concluiu: “Agarra sem pensar duas vezes!!!”
Eu confesso que gostava mais da opção do monstro...
-aqui mesmo. –sugeri com naturalidade. Lembrando dos vinhos de papai, que estavam escondidos há séculos. Se bem que bebidas e hormônios não pareciam ser uma boa idéia...
-ok. –ela disse saindo do meu colo. Resisti ao impulso de puxá-la de volta.
Não sabia a que mais eu resistiria essa noite.
Eu estava chegando ao meu limite.
As horas passaram rápido. Já deveriam ser 3h da manhã.
Estávamos deitados no tapete da sala, olhando pro teto, onde tinha um chiclete grudado. Lembramos de como aquele chiclete foi para lá: era a primeira visita da vovó Uckermann, desde que eu tinha sido adotado. Eu estava super nervoso pra conhecer a velha, é claro. Bem, resumindo, na hora H, Any –não gosto de usar Any e hora H na mesma frase, mas o monstro a-d-o-r-a!!! –Any me provocou. Eu, que estava mascando um chiclete, resolvi jogar o chiclete no cabelo da minha irmã pirralha. Mas, eu sempre tive uma mira divina, acertei no copo da dentadura da velha Uckermann. Mais rápido que pude, peguei o chiclete e joguei pro lugar mais próximo: o teto! Papai viu e, pra minha surpresa, piscou pra mim. Aquilo ajudou, cada vez eu gostava mais de ter Donald Uckermann como pai.
Senti uma onda de saudades de papai...e culpa me invadirem.
As expulsei!
E aí me lembrei das implicâncias de Any nos primeiros tempos.
Ela fazia de tudo pra me enlouquecer.
Quem diria que só depois de grande que ela me enlouqueceria? E me enlouqueceria do jeito ruim...
-você realmente não gostava de mim. –cheguei a essa brilhante conclusão.
Ela deu uma risadinha meia boca, que eu e o monstro adoramos!
É! Agora eu estava me aliando com o monstro sexual, e isso não era bom...
-eu tinha ciúme! –ela admitiu.
-jura? Tô pasmo! –retruquei em tom de deboche.
Conversamos mais e mais.
Só lembro da tequila entrando, das roupas saindo e do monstro rindo...
......................................................
Hoje é minha primeira manhã desde a morte de meu pai adotivo: Donald Uckermann.
Acabei de reparar que estou na sala da casa onde cresci. Tem garrafas de tequila espalhadas por toda sala.
Minha cabeça dói pra caramba.
O relógio da parede diz que é 12h.
Acabei de reparar que estou nu, com um lençol por cima.
Minhas roupas estão espalhadas pela sala, minha cueca está junto. Tem também umas roupas femininas...
Aquele vestido preto parece muito com o que a Any usou no velório do papai...
OPS!
Acabei de notar que meu braço está na fina e delicada cintura de alguém. E tem um pescoço próximo a minha boca. Cabelos longos e loiros estão caindo sobre meu braço.
Acho que esses cabelos não são meus!
Logo após essas constatações brilhantes, comecei a desconfiar que não estava sozinho.
Quem Será que estava comigo?
Quem era?
Tinha medo de olhar!
Muito medo!
Mas eu estava gostando.
A pele da fulaninha era macia. Eu gostava de tocá-la...
Os cabelos estavam espalhados entre meu braço e o rosto dela, os lindos fios loiros...
Resolvi, com carinho, tirar o cabelo dela do rosto, para ver quem ela era...
AÍ MEU DEUS!!!!!!!!!
DORMI COM A ANY!
NÃO!!!!!
NÃO QUE EU NÃO QUISESSE...MAS NÃO! EU NÃO QUERIA. Eu não podia querer...
O monstro incestuoso estava gargalhando!
Meu Deus!
Lembrei-me da noite anterior.
Bebemos, conversamos e...fizemos amor.
Mais de uma vez!
E foi fantástico!
Era errado!
Eu não podia!
Eu tinha seduzido minha irmã de criação!
Monstro!!!
Eu não podia ter feito isso.
Eu não podia gostar de lembrar de cada detalhe da noite anterior...
Era errado!
Era muito errado!
E agora?
Aí meu Deus!
Eu tinha que levantar, antes que a acordasse e seduzi-se de novo.
Se tem uma coisa da qual sempre entendi, são as mulheres.
E eu saberia seduzir Any, quantas vezes eu quisesse.
E no momento eu queria seduzi-la, então o melhor a fazer era levantar sem acordá-la e tomar um banho frio!
O monstro não gostou da idéia.
Levantei, tomei um banho e coloquei a calça do meu paletó.
Fui até a cozinha beber água. Pois passar por Any, dormindo feito um anjo, nua, na sala foi...desconcertante.
De repente tomei um susto! Alguém estava batendo na porta.
Era tio Pedro, espiei pelo olho mágico.
Resolvi fingir que não tinha ninguém em casa, apesar dele com certeza estar vendo o carro de Poncho na entrada da casa.
Mas o que eu diria?
“Titio, aconteceu!
E foi bom pra caramba!!!
Hehe!”
Não!
É óbvio que eu não podia dizer isso a titio.
Então qual era minha solução? Fingir que não estava em casa.
Mas, para meu azar, ele acordou Any.
Fui pra cozinha e sentei sozinho com minha agüinha.
Eu estava cada vez mais culpado!
A consciência estava vencendo o monstro de lavada.
Era a revanche!
Any entrou na cozinha enrolada no lençol.
Alguns impulsos, desumanos é claro, mandaram que eu a beijasse no estilo Titanic e puxasse o lençol.
Não!!!
Eu estava com tanta raiva de mim mesmo.
Ela percebeu, eu notei.
Ela sentou ao meu lado.
Peguei sua mão e beijei-a delicadamente. (a mão, não Any, apesar de que eu queria era...)
-não vai atender? –ela quebrou o silêncio.
Não parecia estar brava comigo.
Isso era bom?
Notei que tio Pedro ainda estava quebrando a campainha de tanto tocá-la.
O homem estava desesperado!
-melhor não. Não sei o que tio Pedro ia achar –hesitei e encarei a cena: eu só de calça de paletó e ela nua enrolada em um lençol.–disso! –conclui e levantei. Os impulsos de puxar o lençol estavam voltando!
-Ucker, a gente não fez nada de errado. –ela tentou me consolar. Mas não tinha muita convicção...
-como não fizemos nada de errado Any? Dormimos juntos! –retruquei –mais de uma vez. –concluí com certo pesar. Já que adorava e odiava a idéia de ter sido mais de uma vez.
O monstro já estava virando meu poodle de estimação!
Essa separação na minha cabeça não era certa.
Era tão injusta...
Eu era o monstro!
Eu era o monstro incestuoso que tinha seduzido a irmã de criação.
Eu era o único monstro presente ali!
Eu não prestava!
Papai nunca deveria ter me adotado.
Ele sentiria vergonha de mim.
Eu estava com vergonha de mim mesmo!
Coitada da Any!
-mas aconteceu. Estávamos tristes, nosso pai morto... –“nosso pai” me pegou desprevenido. Ela percebeu.
Dormi com minha irmã.
Sr. Uckermann, eu não podia mais o chamar de pai, teria mesmo muita vergonha de mim.
Ele morre e qual a primeira coisa que eu faço? Durmo com sua filha!
Ele, o homem que me ensinou o que era caráter, que me ensinou a jogar futebol...
Meu pai!
Meu pai!
Meu pai!
Eu sou um monstro!!!
-eu sou um monstro! -confessei a ela!
Ela pareceu ter se irritado com a informação.
Tá legal, admito eu falei como se fosse a pior coisa do mundo. Mas é que...pra mim era.
Ela levantou, acho que estava brava comigo.
-atende a droga da porta antes que o tio Pedro tenha que amputar o dedo! –ela me lembrou. E sim. Definitivamente. Ela estava com raiva de mim!
-tio Pedro vai amar ver você nua enrolada em um lençol e eu só de calça. –fui sarcástico, mas também estava com raiva...de mim! Não do tadinho do monstro. Já que eu era o monstro!
Ela começou a se vestir.
-te vejo por aí! –ela soltou, enquanto saia feito um vento pela porta dos fundos.
Eu queria segui-la, puxá-la pelo braço, agarrá-la pela cintura, beijá-la com mais intensidade que na noite anterior e...fazer amor com ela de novo!
Mas me segurei e deixei-a ir...brava comigo.
Afinal, tio Pedro estava esperando.
Dei uma última conferida na sala, pra ter certeza de que ela não tinha esquecido nenhuma de suas roupas.
Não, não tinha!
Pronto!
Dava pra fingir que ela nunca esteve aqui...comigo...em meus braços...eu sentindo seu calor...sua respiração...tocando seu corpo...
“CHRISTOPHER!!!
Para de pensar besteira rapaz!”
Obedeci minha consciência e fui abrir a porta pra titio.
Ele entrou e encarou a cena, depois sentiu meu bafo de tequila. Que, eu não tinha reparado, estava tão forte que poderia matar um elefante...há metros de distancia.
Que bom que não beijei Any!
Ia matá-la asfixiada.
Enquanto eu queria era matá-la de prazer...
-cadê sua irmã? –graças à Deus tio Pedro impediu que eu terminasse os meus delírios. Mas ele não poderia ter perguntado outra coisa?
E agora?
CONTINUA...
Autor(a): gabybrody
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-cadê sua irmã? –graças à Deus tio Pedro impediu que eu terminasse os meus delírios. Mas ele não poderia ter perguntado outra coisa? E agora? O que dizer? Eu estava completamente ferrado! -cadê sua irmã, Christopher? –ele insistiu. Resolvi dizer qualquer coisa! -eu que vou saber? –rebati. Nã ...
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mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 21:00:20
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mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:58:59
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mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:57:14
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rafinhacomplicated Postado em 05/01/2009 - 01:12:16
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mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:12:08
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mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:11:51
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mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:11:31
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