Fanfics Brasil - Esquecer (Ucker) Estranho de Amar

Fanfic: Estranho de Amar


Capítulo: Esquecer (Ucker)

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Logo que chegamos à casa de titio, a bomba: Dul me esperava ma sala!


Eu não sabia como encará-la.


Minha noite de amor com minha irmã de criação, Any, não saia da cabeça.


O que eu faria quando a visse?


O que ela faria quando visse Dul?


O que eu faria quando visse Dul?


-meu amor! –Dul exclamou enquanto se enroscava em meu pescoço.


-olá. –eu disse, enquanto acariciava o rosto dela.


Eu realmente gostava da Dul.


E ela era uma mulher linda.


Seria confortável passar o resto da vida com ela.


Casaríamos, teríamos filhos lindos, bons empregos, uma boa casa, eu gostava dela então iríamos apreciar um a companhia do outro...


Mas no momento, tudo que eu queria era o amor arrebatador e proibido que eu sentia por Any.


A dúvida de se era ou não correspondido começou a me atormentar.


Me doía a idéia de imaginar que pra ela eu não passava de um...objeto sexual!


Mas eu sabia que seria melhor se fosse assim.


Sem sentimentos envolvidos.


Pelo menos da parte dela, porque eu já estava amando-a mais do que tudo.


Do jeito que eu sempre amei.


Mas só agora eu conseguia admitir isso pra mim mesmo.


-você tá bem? –Dul perguntou me olhando de um modo estranho.


-tô, tô. Eu só estou cansado. É isso! –garanti com um sorriso meia boca.


-eu sinto muito pelo seu pai, e sinto muito por não estar aqui ontem. –ela se desculpou.


Bem, eu não sentia muito por ela não estar aqui ontem.


Se bem que eu deveria sentir.


Mas se ela estivesse aqui eu e a Any não teríamos...feito amor!


-não. Tudo bem. Não precisa se desculpar. Você está aqui agora e é isso que importa. –isso suou sincero. Cínico!


Eu sou um cínico!


-e eu não ganho um beijo? –ela perguntou, já praticamente me beijando.


E ela me beijou.


Seus lábios tocaram os meus e por um segundo eu fiquei imóvel.


Mas lembrei do que tio Pedro disse: “Vocês dois mereciam essa noite. Guardem-na pra sempre, na memória e no coração.”.


E é isso que eu ia fazer.


Guardar nossa noite de amor pra sempre, na memória e no coração.


Mas só!


Então correspondi ao beijo de Dul, dei o melhor de mim.


Mas foi diferente.


Tinha tudo pra ser um ótimo beijo.


Já que Dul beijava muito bem e eu também –modéstia a parte –só que era como se eu estivesse...beijando a pessoa errada.


E, de certa forma, eu estava.


Eu queria era tocar meus lábios nos lábios de outra pessoa.


Deixar minha língua passear pela boca de outra pessoa.


Sentir o corpo de outra pessoa encostando no meu corpo.


E...


Como eu sabia exatamente quem era essa “outra pessoa”, resolvi interromper esses pensamentos absurdos e errados!


Dul encerrou o beijo com um selinho.


Quase gritei de alegria quando aquele beijo acabou.


Mas aquele era meu futuro. E eu me acostumaria.


O ser humano sempre se acostuma.


Talvez eu levasse mais seis anos para esquecer, ou talvez doze anos, já que dessa vez foi muito mais intenso que da outra...


Levei seis anos pra superar um selinho.


Quanto tempo eu levaria para superar uma noite de amor?


E vale lembrar que foi mais de uma vez!


Que vergonha!


O monstro está gargalhando nesse momento!


Será que era possível...superar dessa vez?


Meus pensamentos foram interrompidos.


Eu ainda estava abraçado a Dul.


Tio Pedro já havia ido para seu escritório, não o do centro da cidade, o do casarão mesmo.


Poncho e Chris estavam sentados vendo TV, na sala onde estávamos.


May está embalando o pequeno Mike, sentada ao lado de Chris.


E, no pé da escada, encarando Dul enroscada em meu pescoço, estava ela: Any!


Minha Any!


Minha irmã!


Dul a viu e se desenroscou de mim.


-Any! Você tá bem? –ela disse, enquanto a abraçava.


Any ainda estava catatônica me encarando, quase que com lágrimas nos olhos.


É!


Era recíproco!


Any também gostava de mim!


Gostava...do jeito errado!


-tô...tô bem. –Any gaguejou.


Dul a olhou com pena.


Aquele olhar que todos davam e que ela odiava!


-eu só..tô cansada. –ela deu um falso sorriso e parou de me encarar.


Graças à Deus!


Eu não agüentava mais aquele olhar.


Aquele olhar sempre tão lindo estava...sofrido.


-é claro que está! –Dul afirmou, compreensiva.


-então, por que você não volta a dormir prima? –May sugeriu.


Posso jurar que a May me lançou um olhar fulminante!


Será que ela sabia?


Haha!


Claro que não!


Any jamais contaria para alguém.


Mas e papai?


E tio Pedro?


Tio Pedro não falaria.


E papai estava...morto, não tinha como contar.


Era absurdo.


Só eu, Any e tio Pedro sabíamos.


E assim deveria ser.


Pra sempre!


-não. Já chega de dormir! –ela garantiu, meio irritada.-eu vou dar umas voltas por aí que eu ganho mais! –Any exclamou, já saindo pela porta que dava no quintal.


Todos olharam pra mim.


Como se esperassem que o irmão mais velho resolvesse o problema da ingênua irmãzinha mais nova.


E eles realmente esperavam isso.


Pois isso era o natural!


Era o que deveria ser feito!


Mas o que fazer quando o irmão mais velho é o problema da irmãzinha mais nova e indefesa?


Dei os ombros, como se não soubesse o motivo de Any estar estranha.


Eles aceitaram.


Afinal, não nos falávamos há 6 anos...


Chega! Chega! Chega!


Se eu não parar de me torturar vou começar a chorar a qualquer momento.


E eu não quero isso!


Não quero, não quero, não quero!


-gente tenho que colocar o Mike no berço, ele cansou. Vocês me acompanham? –May convidou com um caloroso sorriso.


É claro que ela não sabia!


Não sorriria daquele jeito pra mim se soubesse do que eu era capaz.


Do que eu fui capaz!


-vamos sim meu amor! –Chris disse, colocando o braço ao redor da cintura dela.


Eu tive uma pontada de inveja!


Eu jamais passaria por isso: felicidade completa.


Ter filhos com a mulher da minha vida, viver feliz para sempre com ela?


Não! Eu jamais passaria por isso.


E seria errado se passasse.


-oba! Vamos! Amo esse baby! –Dul falou sorrindo.


Senti uma pontada de pena dela.


Ela realmente acreditava que “nosso amor” passava por cima de tudo e de todos e que teríamos aquela felicidade completa.


Bem...ela teria.


Eu seria um ótimo pai e amaria nosso filho, mas eu jamais...a amaria!


Não do jeito que o Chris ama a May...


Ou do jeito que eu amo...


Esquece!


-vamos! Claro! –concordei sorrindo.


Eu adorava o pequeno Mike.


-er –Poncho hesitou –foi mau gente. Tô cansadão. E ainda quero dar uma conferida no que o Ucker andou fazendo com o meu carro. –ele deu uma pausa pra rir. –e eu vejo esse moleque todo dia, é meu sobrinho! –a May colocou a língua pra ele. Acho que pelo uso da palavra “moleque”. –vão vocês. Eu vou me perder por ai! –ele conclui com um sorriso de orelha a orelha e saiu porta a fora, em direção ao jardim do casarão.


Isso era tão...Poncho!


Meu primo chegava a ser criança às vezes.


Quando era mais novo eu fiz ele prometer que não sairia com a Any...


Foi antes do selinho e de todo o escândalo.


Eu fiz ele prometer isso porque eu tinha ciúme de irmão. E não queria que ninguém magoasse a Any.


Quem diria?


Acabei eu magoando ela!


Se não fosse triste seria irônico!


Fomos para o quarto da May.


O tempo passou rápido.


Conversamos sobre besteiras. Como tempo e coisas do gênero.


Ou melhor, eles conversaram.


Eu só balancei a cabeça.


Eles devem ter achado que era luto.


Mas não!


Era culpa!


Eu estava culpado por fazer Any sofrer.


Sofrer ao me ver com a Dul!


Sofrer ao passar a noite comigo!


Sofrer ao ser obrigada a abandonar Garden!


Sofrer por me amar!


Sofrer por eu amá-la...


Enfim, por tudo!


Eu estava quase chorando de novo!


Pedi licença pra ir ao banheiro e fui!


Lá, me olhei no espelho e encarei meu rosto pela primeira vez.


Eu estava horrível!


Olheiras, uma cara de defunto, a roupa tava desarrumada...


Mas não foi isso que me chocou.


Eu olhei no espelho e percebi que pequenas gotículas estavam escorrendo pela minha face.


Eu tava chorando?


Tudo indicava que sim!


Minha consciência e o monstro se uniram e falaram assim: Calma Ucker. Tudo vai passar!”.


Haha!


Eu estava endoidando de vez.


E as lágrimas estavam escorrendo mais rapidamente.


Lembrei de mamãe...


Papai...


E finalmente, Any...


Suspirei com o último pensamento.


Só que...


Eu lembrei de todos nossos momentos na infância e percebi que...eu sempre a amei como...algo mais.


Eu sempre quis...mais.


Era errado? Sim!


Eu sabia que era errado? Claro!


Isso mudava alguma coisa? Óbvio que não!


Percebi mais do que nunca que eu e Any não poderíamos morar na mesma casa durante um ano...só nós dois.


Eu a amava e ela me amava. Acabaríamos nos rendendo a esse pecado novamente.


Aquela noite tinha sido divida.


Mas tinha sido única.


Eu iria guardá-la para sempre, na memória e no coração!


Mas eu tinha que esquecê-la.


Ela merecia que eu a esquecesse.


Mas será que eu conseguiria?


Fiquei mas alguns minutos no banheiro.


Joguei um pouco de água no meu rosto e na cabeça.


Posso dizer que aquela água me purificou.


Desabafar aquelas lágrimas me deixou...menos culpado!


Quando sai do banheiro dei de cara com Poncho.


-primo! –cumprimentei com um sorrisinho fraco.


-primo. Acho que sua irmã não tá legal. –ele falou ingenuamente.


-sei. Onde ela está agora? –perguntei interessado.


Afinal, eu não poderia mais evitar.


Tinha que deixar bem claro para Any que eu não a magoaria, o mais rápido possível, antes que eu perdesse a coragem.


-ela tá lá na casinha da árvore. –Poncho me informou.


Eu ri.


Isso era típico!


Haha!


Só a Any mesmo.


Ela amava a casinha da árvore da casa do tio Pedro!


Desde sempre.


Desde que éramos pequenos e...


-obrigado Poncho. Pode deixar que eu falo com ela. –garanti.


Caminhei o curto caminho entre a piscina e a enorme árvore onde estava a casinha da árvore, lentamente.


Subi as escadinhas mais lentamente ainda.


E quando cheguei lá, ela estava dormindo.


Parecia tão tranqüila, tão ingênua, tão...pequena.


Deitei ao seu lado e encarei-a dormir.


Aquela era a minha irmã Any.


E eu a amava do mesmo jeito que amava quando ela era uma mulher independente e sensual.


Eu a amava de todos os jeitos possíveis.


E isso era tão errado...


Corri a culpa do meu corpo.


Junto com outros...sentimentos errados que estavam me invadindo.


Era chegada a hora!


Percebi que o vento desleixou uma das mechas do cabelo de Any.


Coloquei no lugar delicadamente.


Quando minha mão tocou sua pele senti um estranho arrepio.


Ela abriu os olhos e olhou pra mim, ainda meio sonolenta.


-Any? –a chamei enquanto ela acordava.


CONTINUA...



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Autor(a): gabybrody

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-Any? –a chamei enquanto ela acordava. -Ucker? –ela chamou pra conferir se era eu mesmo. -você dormiu. Já está anoitecendo. Poncho me falou que você estava aqui. Você está bem? –ela sabia ao que eu estava me referindo. E eu temia sua resposta. -sim. –ela pareceu sincera. Chegou a hora que eu mais temia! Cont ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 75



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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 21:00:20


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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:58:59


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  • mariahsouza Postado em 11/01/2009 - 20:57:15


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  • rafinhacomplicated Postado em 05/01/2009 - 01:12:16

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  • mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:12:08



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  • mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:11:51


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  • mariahsouza Postado em 04/01/2009 - 20:11:31


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