Fanfics Brasil - Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)

Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)


Capítulo: 2? Capítulo

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Shakespeare tinha razão. Deviam matar todos os advo­gados, a começar por Herman Zupper, o fiel testamenteiro da tia Hattie.


- O que quer dizer com "saiu de férias?" - questionou Poncho, ao ouvir da secretária que o advogado não se encon­trava no escritório.


-  Por um mês - detalhou a moça. - Ele e a esposa estão na Alemanha comemorando as bodas de prata. Foi por isso que ele ligou e falou com a sra. Amélia Fletcher antes de partir.


Poncho grunhiu. Passou a mão pelos cabelos. Estavam cur­tos demais para arrancar.


- Isso é um absurdo! - resmungou. - Por que a tia Hattie faria uma coisa dessas?


Como se já não tivesse bastante trabalho. Era o diretor-executivo da Fletcher`s Imports, uma das importadoras mais exclusivistas que se conheciam. Lojas de griffes caríssimas dariam tudo para comercializar os itens que ele tinha em carteira. Mas o fato de deter aquele nicho não significava que ele parara de se aperfeiçoar. Pelo contrário, viajava pelo mundo todo, à procura de tesouros, fazendo negociações de milhões de dólares. Não tinha tempo para administrar uma pousadinha em Dubuque, Iowa!


- Asseguro-lhe de que tudo está em perfeitas condições - comentou a secretária, imaginando que ele estivesse tão alterado por pensar que herdara uma espelunca.


Poncho grunhiu novamente. Sabia que a pousada da tia Hattie era um negócio lucrativo. Instalada numa mansão vitoriana, oferecia vinte aposentos, situava-se no ponto mais elevado, com vista da cidade de Dubuque e do rio Mississipi.


Tratava-se de um estabelecimento charmoso no qual ele mesmo já se refugiara algumas vezes, quando se tornara premente a necessidade de descansar das pressões dos ne­gócios. Tia Hattie, uma viúva sem filhos, sempre o acolhera de braços abertos.


Ora, tia Hattie sempre acolhera o mundo todo de braços abertos, recordou Poncho, sombrio. Apesar de próspera, a pou­sada de Hattie abrigava a maior coleção de elefantes brancos que ele já vira.


Os gatos eram apenas uma indicação da tendência de Hattie de colecionar objetos que os outros jogavam fora. Talvez devesse sentir-se feliz por ela não possuir mais que três gatos ao falecer. E um cachorro. E um periquito.


E AnnieNolan.


Estava aí outro detalhe intrigante naquela história. Sem­pre supusera que tia Hattie, não tendo herdeiros diretos, fosse legar todos os pertences a Annie, a quem amava como se fosse sua própria filha. Que idéia maluca fora aquela de legar Annie a ele?!


Poncho pigarreou antes de retomar a conversa telefónica:


- E quanto ao item... Anahí Nolan?


- Anahí Nolan?


- No testamento - explicou Poncho, sentindo-se idiota. - Tia Hattie me deixou os gatos, o cachorro, o periquito e... Anahí Nolan.


-  Lamento, mas não estou a par dos termos exatos do documento. Só sei que avaliamos a propriedade. Posso ve­rificar, se o senhor desejar.


-  Não se preocupe. Eu farei isso. -  Poncho desligou, re­costou-se no sofá e ficou olhando para o teto.


A mãe, felizmente, já se fora. Amélia nunca gostara de situações complicadas e ele mostrara-se mais que pertur­bado diante daquela herança inesperada.


- Vemo-nos quando você estiver mais descansado, que­rido - declarara ela, antes de escapulir. - Não se preocupe. Conheceu sua tia Hattie. Provavelmente ela só quis fazer uma brincadeirinha.


Uma brincadeira.


Annie Nolan.


Annie Nolan era a gerente da pousada. Por muito tempo, fora um dos elefantes brancos ali. Morando perto, na ado­lescência passara dias olhando esperançosa para aquele ca­sarão espaçoso de Hattie e seu marido, Walter, até ser con­vidada a entrar e conhecer o estabelecimento. Dali a sema­nas, já estava trabalhando na pousada. O casal de estala­jadeiros até pagou seus estudos em nível superior, mas, após formada, ela voltou para junto deles.


Annie era ainda uma loira magrela de quinze anos e olhos arregalados quando se conheceram. Aos vinte e dois anos, ele já era um homem viajado. Brincara com ela, con­versara amenidades e esquecera-se dela ao partir.



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Autor(a): Bela

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Claro que ouvira as "histórias de Annie" contadas por tia Hattie ao longo dos anos e sempre se lembrava da garota loira de olhos grandes que ruborizava sempre que ele olhava para ela. Mas não a vira novamente até o outono anterior, quando se refugiara novamente na pousada fugin­do do compromisso de apadrinhar o casamento da ex-noiva. Isobel Rule, ou ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • unposed Postado em 13/02/2011 - 20:53:29

    Adorei a web todinha..obrigada por posta-la.

  • myrninaa Postado em 12/02/2011 - 17:39:39

    Amei a wn do inicio ao fim *-*. Parabens ^^

  • feio Postado em 11/02/2011 - 16:01:50

    muito legal
    bj

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 14:11:10

    OHHH QUE FOFOS!

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 13:46:26

    Adoreii parabens.
    Quero um Poncho pra mim

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 12:20:23

    aaaaa, posta mais!

  • juhlisboa Postado em 10/02/2011 - 19:53:50

    Vai atrás dela Poncho!

  • feio Postado em 10/02/2011 - 19:44:41

    ultimo capitulo?
    ha
    mas ja
    bj


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