Fanfics Brasil - Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)

Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)


Capítulo: 23? Capítulo

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Ao apagar a luz e ajeitar-se sob as cobertas, porém, elas rolaram.


Devagar, foram brotando entre pálpebras. Tentou apla­cá-las. Engoliu em seco, sentindo dor. Mentalizou que devia desistir. Mas daquela vez não houve argumento.


Chorou.


Chorou pelo jantar perdido, pelo aniversário solitário, pela tola esperançosa que fora, pela idiota que era. Chorou pela menininha que sempre ficava do lado de fora, observando. Chorou pela moça a quem ninguém parecia dar importância.


Não sabia por quanto tempo chorara. Por fim, percebeu uma batida à porta.


Engoliu em seco, nervosa, tentando aplacar os soluços, tentando se recompor. A última coisa que desejava era um dos hóspedes reclamando de seus soluços! Não estava fazendo tanto barulho, estava?


Não, claro que não. O quarto a seu lado estava ocupado por Poncho, mas ele não devia estar lá em pleno sábado à noite. Deviam ser os hóspedes da suíte, precisando de tra­vesseiros, de café ou do telefone sem fio. Quando eles se registraram, informara-os de que, se precisassem de qual­quer coisa, poderiam chamá-la a qualquer hora.


Annie enxugou as lágrimas no lençol. Vestiu o robe e ca­rimbou o sorriso de gerente de pousada no rosto ao abrir a porta.


Era Poncho.


- Você está bem? - indagou ele.


A voz dele saiu tão suave quanto a batida na porta, e ele já não exibia a expressão irônica. Parecia meio desolado, com os cabelos meio desgrenhados, como se ele os houvesse penteado com a mão, e a camisa desabotoada, para fora da calça jeans.


Annie suprimiu um soluço e assentiu, piscando para lim­par os olhos.


 


- Claro, estou ótima.


- Eu ouvi você chorando.


Ela quis negar. Não queria que Poncho Fletcher conhecesse suas fraquezas. O problema era que ele já conhecia. Encolheu os ombros, desajeitada.


- Não é nada grave.


- Ele deu o bolo? - Não havia censura na declaração, nem mesmo o tantinho que Hattie sempre usava. Ele parecia triste.


Annie encolheu os ombros novamente.


- Tenho certeza de que ele teve um bom motivo. Poncho não parecia tão crente.


- Espero que sim.


Annie tentou captar o sarcasmo que sempre permeava qualquer comentário de Poncho com relação a Kurt, mas não notou nada.


- Precisa de alguma coisa? - perguntou, finalmente. Ele ergueu a mão e ela notou a garrafa que ele trazia.


Uísque irlandês.


-  Dizem que a miséria adora companhia - comentou ele. - Venha tomar uma bebida comigo.


Annie franziu o cenho.


- Uma bebida?


- É seu aniversário, não é? Vamos comemorar.


A voz dele estava meio arrastada e Annie olhou-o desconfiada.


- Você está bêbado, Poncho?


- Ainda não. - Ele ergueu a garrafa mais uma vez. - Mas estou me esforçando.


-  Por quê?


- Vamos, Annie. Vai ficar aí sentada sentindo pena de si mesma a noite toda? É só o seu aniversário, não a noite de seu casamento. Você não é a primeira nem vai ser a última a levar o cano, sabe.


Então, ela entendeu.


Perdida em sua própria miséria, esquecera-se completamente de que naquele sábado Isobel casava-se com outro homem. De repente, brotou em seu peito um sentimento de proteção por aquele homem parado em sua frente. Bonito, forte, inteligente, justo, Poncho era perfeito. Poncho, o homem a quem amava platonicamente desde os quinze anos. Como Isobel pudera preferir outro?


- Oh, Poncho...


Ele franziu o cenho, interpretando as palavras como uma recusa.


- Não é bom beber sozinho. Não quer que eu faça isso, quer? - Ergueu o canto do lábio de forma triste. - E o melhor uísque de Walter - anunciou, erguendo a garrafa. - Peguei de uma reserva que o meu estimado tataravô deu a eles em seu casamento. Só restam cinco garrafas.


Annie arregalou os olhos. Aquelas garrafas eram pratica­mente sagradas.


- E você pegou uma?


- Hattie não se importa. E pareceu apropriado. - Ele ergueu a garrafa mais uma vez. - Eu tinha que brindar à felicidade da noiva, não tinha?


- Oh, Poncho -` repetiu Annie.



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Autor(a): Bela

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O tom triste na voz de Poncho combinado ao amor reprimido de Annie levou por água abaixo os últimos vestígios de bom senso de ambos. Annie saiu ao corredor, fechou a porta do quarto e acom­panhou Poncho. Ele abriu a porta do aposento dele, que deixara apenas encostada, e ficou de lado para que ela entrasse primeiro. Annie ainda hesitou por um segu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • unposed Postado em 13/02/2011 - 20:53:29

    Adorei a web todinha..obrigada por posta-la.

  • myrninaa Postado em 12/02/2011 - 17:39:39

    Amei a wn do inicio ao fim *-*. Parabens ^^

  • feio Postado em 11/02/2011 - 16:01:50

    muito legal
    bj

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 14:11:10

    OHHH QUE FOFOS!

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 13:46:26

    Adoreii parabens.
    Quero um Poncho pra mim

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 12:20:23

    aaaaa, posta mais!

  • juhlisboa Postado em 10/02/2011 - 19:53:50

    Vai atrás dela Poncho!

  • feio Postado em 10/02/2011 - 19:44:41

    ultimo capitulo?
    ha
    mas ja
    bj


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