Fanfics Brasil - Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)

Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)


Capítulo: 24? Capítulo

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O tom triste na voz de Poncho combinado ao amor reprimido de Annie levou por água abaixo os últimos vestígios de bom senso de ambos.


Annie saiu ao corredor, fechou a porta do quarto e acom­panhou Poncho.


Ele abriu a porta do aposento dele, que deixara apenas encostada, e ficou de lado para que ela entrasse primeiro.


Annie ainda hesitou por um segundo. Mas foi só um segundo.


Não queria ficar só naquela noite. Não mais do que Poncho.


Ambos tinham sido passados para trás. Poderiam conso­lar um ao outro. Sorrir um para o outro. Beber um pouco do uísque maravilhoso de Walter.


Que mal faria?


Poncho entrou depois dela e fechou a porta.


Aquele aposento era um dos menores. Mas parecia menor do que nunca com o fogo crepitando na lareira e a cama de latão parecendo maior do que quando ela a arrumara naquela manhã.


Poncho preparou duas doses de uísque. A garrafa já estava quase vazia. Ótimo, pensou. Assim, não perderia a cabeça.


- Sente-se - convidou ele.


Annie olhou ao redor. A cadeira de balanço estava cheia de livros, papéis e convites para congressos. Não havia lugar, exceto... na cama.


Passou a língua pelos lábios, olhou para a cadeira mais uma vez, esperançosa, desejando que houvesse ficado vaga. Ilusão.


Poncho observava-a, aguardando que se decidisse. Se ela ten­tasse remover os objetos da cadeira, ele a acharia ridícula. Era evidente que não a relacionava a assuntos de alcova!


Ela respirou fundo e sentou-se na cama, constrangida. O colchão cedeu um pouco e sentiu-se idiota por estar tão na beirada. Apoiou-se contra os travesseiros e aceitou o copo com uísque.


Seus dedos se tocaram apenas por um instante, mas es­tabeleceu-se uma corrente, semelhante à da eletricidade.


Oh, Annie, sua idiota. Sua sonhadora.


Poncho pousou a garrafa sobre o criado-mudo, ergueu o copo para brindar e esboçou um sorriso triste,


- A eles - saudou.


Annie sabia o que ele queria dizer. No seu caso, Kurt. No caso dele, Isobel.


Ela encostou o copo nos lábios. O líquido frio atingiu-lhe a língua, ardendo e anestesiando ao mesmo tempo. Manti­nha os olhos úmidos fixos em Poncho. Engoliu a bebida.


Poncho passou a língua pelos lábios sem deixar de encará-la.


- A nós. Nós?


Annie observou-o. Engoliu em seco. Estremeceu. Mas Poncho já estava tomando outro gole. Então, também tomou. A nós. Ainda sentia os efeitos do primeiro gole, um calor que já chegava à ponta dos pés. O segundo gole pareceu suavizar, anestesiar. Segurou o copo com mais firmeza. Poncho estava de pé junto à cama, olhando-a de cima.


         - Tome tudo - sugeriu.


Annie hesitou por um instante, então, aceitou a sugestão. Ele se sentou na cama e recostou-se à cabeceira ao lado dela. O calor de seu corpo atravessava o tecido fino de seu robe, mais ardente que o efeito do álcool. Tentou se afastar. Poncho segurou-a pelo joelho.


- Não - pediu ele, rouco. - Fique.


Annie fitou-o no rosto. Os olhos castanhos dele estavam a poucos centímetros dos seus. A boca estava quase no mes­mo nível da sua. Sob a luz difusa da lareira, via nitidamente sua barba por fazer, o dente da frente levemente lascado, que ele dissera ser lembrança da infância, e a marca quase imperceptível de catapora que transformara-se em covinha. Desejou poder tocá-la.


Era perigoso demais.


Annie tomou mais um gole do uísque. O perigo diminuiu.


Era só Poncho. Nada podia acontecer entre ela e Poncho. Em dez anos, nada acontecera.


Então, ele a beijou.


Annie pensou que fosse a bebida, provocando-lhe alucina­ções. O toque dos lábios dele era suave e cálido. Mais gentil que o uísque. Mais caloroso. Mais suave. Mais reconfortante. Não feria. Mas a ardência estava lá. Lenta e possessiva. Como uma chama, tremeluzente, crescente e muito consis­tente em seu calor e luz.


          Poncho estava beijando-a!


Era loucura, convenceu-se. Era tolice. Era errado.


Aquele era Poncho.


Ela fechou os olhos e entreabriu os lábios. Experimentou o gosto da língua dele. Apresentou alguma resistência, mas não por muito tempo. Logo, mordiscou os lábios. Só um pouquinho. Só para ver. Para tocar. Para sentir o gosto.



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Autor(a): Bela

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O gosto dele era bom. Mais do que bom. Maravilhoso. E, quando ele abandonou os lábios para trilhar seu queixo e rosto com beijos, reclamou, querendo-o de volta. Mas o es­tímulo da pele áspera dele contra seu rosto era quase tão bom quanto o beijo na boca. Sem perceber, gemeu de prazer.   O desejo que Annie acumulara dentro de si desde q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • unposed Postado em 13/02/2011 - 20:53:29

    Adorei a web todinha..obrigada por posta-la.

  • myrninaa Postado em 12/02/2011 - 17:39:39

    Amei a wn do inicio ao fim *-*. Parabens ^^

  • feio Postado em 11/02/2011 - 16:01:50

    muito legal
    bj

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 14:11:10

    OHHH QUE FOFOS!

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 13:46:26

    Adoreii parabens.
    Quero um Poncho pra mim

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 12:20:23

    aaaaa, posta mais!

  • juhlisboa Postado em 10/02/2011 - 19:53:50

    Vai atrás dela Poncho!

  • feio Postado em 10/02/2011 - 19:44:41

    ultimo capitulo?
    ha
    mas ja
    bj


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