Fanfics Brasil - Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)

Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)


Capítulo: 33? Capítulo

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Não era fácil ignorar Poncho. Ajudaria se ele permanecesse no quarto, mas ele não fazia isso.


Aparecia na cozinha, fazia perguntas, rabiscava anota­ções, pedia-lhe que o lembrasse de reuniões com empresários tailandeses e relojoeiros alemães, ou que ligasse para Elinor e pedisse que ela cuidasse de um carregamento de guarda-chuvas japoneses.


Guarda-chuvas, ora!


Annie queria mandá-lo pular no lago, mas não dava mostras de estar irritada.


Ajudaria também se ele desistisse do papel de gerente. Duas vezes, hóspedes haviam tocado a campainha e, quando ela fora atender, já encontrara Poncho fazendo as honras da pousada, mostrando o estabelecimento com uma simpatia que com certeza estava relacionada a seu sucesso nos negócios.


Annie convenceu-se de que ele tinha esse direito. Era o patrão. Apenas gostaria que ele se apresentasse como tal, a ela como gerente. Mas ele só dizia: "Esta é Annie".


Notando o olhar possessivo dele e a barriga dela, as mu­lheres logo deduziam o óbvio e perguntavam para quando seria o bebê, comentando como era bom ter o marido por perto todo o tempo.


Annie queria estrangulá-lo. Queria usar uma camiseta com os dizeres: "Ele não é meu marido!" Mas não ousava.


Não somos casados!, queria gritar para todos. Mas não fazia isso, pois gerentes de pousadas não gritavam com os hospedes.


Poderia, entretanto, gritar com o patrão assim que tivesse uma oportunidade. Na maioria das vezes, sorria educada retirava-se assim que podia. Se ele queria recepcionar os hóspedes, estava ótimo para ela, pensou, ranzinza. Poupava-lhe ter que sorrir todo o tempo.


- Parece que ela andou chupando limão, não parece, Ben?


Annie parou de confeccionar a grinalda e viu Cletus e Benjamim entrando pela porta dos fundos. Conseguiu esboçar um sorriso para os dois velhinhos e passou a mão pelo cabelo.


O clima esquentara e, desde que ficara grávida, sentia mais calor do que o normal, o que a deixava aborrecida. Era bom mesmo que Alfonso se ocupasse dos hóspedes. Mos­trava-se muito mais simpático do que ela naquele momento.


Paciente, ouviu os comentários de Cletus e Benjamim. Sabia o quanto eles se preocupavam com ela desde a morte de Hattie e deviam ter transmitido suas preocupações a Poncho.


Talvez, se tentasse, conseguisse que eles tranquilizassem Poncho.


Juntou vários galhos de eucalipto e amarrou-os com arame. Olhou de novo para os velhinhos e esforçou-se para alargar o sorriso.


-  Não chupei limão, não - declarou. - Só está quente aqui.


- Quer que ligue o ar-condicionado? - ofereceu-se Cletus.


- Não, eu estou bem.


- Estou contente em saber - disse Benjamim. - Você não parece cem por cento.


Annie encolheu os ombros.


- Estou me sentindo um pouco... desocupada. Só isso.


- Poncho não está cuidando do casamento?


 Annie ergueu a cabeça.


- Que casamento?


-  O seu.


- Não vai haver casamento nenhum - afirmou Annie.


- O que quer dizer com "não vai haver casamento"? - Benjamim cerrou as sobrancelhas brancas. - Claro que vai. Foi por isso que ele voltou.


- Pode ser o motivo da vinda dele, mas isso não significa que eu vá me casar com ele.


Cletus parecia revoltado.


- Por que não?


- Porque eu não quero - afirmou Annie.


- Por que não? - exigiu Benjamim.


Annie suspirou. Onde, imaginou, estava escrito que tinha de explicar cada decisão sua a dois velhinhos abelhudos?


- As pessoas não se casam só porque vão ter um filho.


- Parece um bom motivo para mim - disparou Cletus.


- Excelente motivo - reforçou Benjamin.


Annie balançou a cabeça.


- Não na minha opinião.


- Tem um motivo melhor?


- Por amor.


- Você o ama. - Ambos olharam para ela, desafiando-a a negar.


Annie desviou o olhar. Mordeu o lábio e pegou mais galhos de eucalipto, amarrando-os também.


- Não ama? - insistiu Benjamim.


- No passado, tive um fraco por ele - concedeu Annie, bastante irritada. - Há muito tempo.


Ambos ergueram as sobrancelhas. Annie supunha que de­via ficar agradecida por eles não observarem que ela não dormira com Poncho naquela época.


- Já acabou - insistiu ela.


Cletus inclinou a cabeça.


- Você não tem mais aquele sentimento?


- Não, não tenho mais aquele sentimento. - Era ver­dade. Superara aquele "sentimento" havia muito, tanto que agora concluía que fora uma "doença". Olhou-os severa. - Poderiam ficar fora disso?


- A gente só queria ajudar - justificou Cletus.


Annie reuniu mais paciência.


- Eu sei. Mas não estão ajudando. Estão tornando tudo mais difícil.


- Eu me caso com você - ofereceu-se Benjamim.


 Cletus e ela olharam para o outro velhinho, boquiabertos.


-  Isso mesmo - repetiu Benjamim, ruborizado até a raiz dos cabelos. - Se está procurando alguém que a ame...


Annie sentiu o coração derreter. Largou os galhos de eu­calipto e foi abraçar Benjamim. Foi um abraço desajeitado, principalmente por causa da barriga, mas nem por isso me­nos emotivo.


- Oh, Ben... - Annie beijou a face enrugada avermelha­da. - Você é tão bom para mim.


- Estou falando sério - declarou ele, passando o peso de uma perna para outra. - Eu me caso.


- Aprecio a oferta. Sabe que aprecio. E eu o amo também. Aos dois. - O sorriso dela incluía Cletus. - Mas não do jeito que, imagino, será com o meu marido. E não do jeito que gostaria de me sentir comigo mesma.


- Você não acha que Poncho sente o mesmo?- perguntou Cletus, após um segundo.


Annie balançou a cabeça.


- Não. Foi um... equívoco. Nós cometemos um erro. Ca­sar-me com ele seria cometer outro. - Ela olhou para os amigos e buscou a aceitação deles.


Os velhinhos se entreolharam e assentiram.


Ela não sabia o que queria. Que um deles a convencesse do contrário, talvez? Que um deles dissesse que a noite de amor não tinha sido um engano? Que dissessem que Poncho a amava tanto quanto ela o amava?


Mesmo que eles fizessem isso, não adiantaria nada. Ela teria que ouvir de Poncho para acreditar.


E Poncho nunca diria as palavras que ela queria ouvir. Ele só agia por dever e responsabilidade.


Annie não queria ser mais uma responsabilidade na vida de Poncho.


Queria que ele fosse embora.


E, se ele não fosse por vontade própria... bem, ela teria que convencê-lo!



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Autor(a): Bela

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Não deveria ser tão difícil. Poncho estava acostumado a negociar por te­lefone, fax e computador. Se o empresário tailandês relutava em ir a Dubuque, paciência. Continuaria sem ele. Mas nada estava indo bem. Nada mesmo. Mensagens eletrônicas perdiam-se ou extraviavam-se. Al­guém limpava a escrivaninha e esvaziava ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • unposed Postado em 13/02/2011 - 20:53:29

    Adorei a web todinha..obrigada por posta-la.

  • myrninaa Postado em 12/02/2011 - 17:39:39

    Amei a wn do inicio ao fim *-*. Parabens ^^

  • feio Postado em 11/02/2011 - 16:01:50

    muito legal
    bj

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 14:11:10

    OHHH QUE FOFOS!

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 13:46:26

    Adoreii parabens.
    Quero um Poncho pra mim

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35

    Que lindoos...
    Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 12:20:23

    aaaaa, posta mais!

  • juhlisboa Postado em 10/02/2011 - 19:53:50

    Vai atrás dela Poncho!

  • feio Postado em 10/02/2011 - 19:44:41

    ultimo capitulo?
    ha
    mas ja
    bj


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