Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)
O resto da tarde se escoou e Annie não apareceu, nem para o jantar.
Poncho estava intrigado com aquela ausência demorada. Nunca a vira tirar um dia de folga desde que começara a trabalhar ali. Era óbvio que tinha esse direito, mas podia tê-lo avisado, pensou, irritado.
Preparou um lanche para si mesmo e para Benjamin. O bom velhinho aproveitou para contar histórias da época em que ele e o finado Walter conduziam o rebocador pelo rio Mississipi. Sua descrição chegava a ser idílica, lembrando muito as aventuras de Tom Sawyer e Huck Finn. Uma vida maravilhosa.
Poncho lembrou-se da época em que Walter ainda era vivo. Certo dia, tinham pego o barco e visitado uma das ilhotas no meio do rio. Haviam preparado o jantar numa fogueira e contemplado as estrelas até bem tarde da noite, conversando.
Annie estivera lá também naquela noite, os olhos brilhando, o rosto alegre, ansiosa por ouvir a próxima história extraordinária. Lembrava-se de olhar para ela, de divertir-se com a expressão esperta e entusiasmada. Decidida a se aventurar como Tom Sawyer, no dia seguinte ela começara a construir uma jangada.
Trabalhando com afinco, levara três dias só para cortar e juntar as toras. Lembrou-se do dia do lançamento da jangada. Annie esfuziava de satisfação. Estava toda suja, mordida por insetos e queimada de sol, mas nunca vira ninguém com um sorriso mais largo do que o dela.
Pensou ter revisto aquele sorriso rapidamente, na noite em que fizeram amor.
Benjamin foi embora para a cabana dele e Poncho ficou na sala de estar, apreciando a cidade e o rio pela janela. Ficou pensando nos velhos tempos e em Annie.
Poucas vezes pensara nela após aquela noite.
Parecera sábio não se aprofundar naquele conflito de emoções. De que adiantava? Ela era de Kurt, não dele. Mas e agora?
Ela não estava mais com Kurt.
Não estava com ele, tampouco.
Mesmo assim, aquela mulher que mal conhecia, exceto pela teimosia, pela gentileza com estranhos e pelo sorriso, era a mãe de seu filho.
E não fazia idéia de onde ela estava! Ou com quem estava. Passou a mão pelos cabelos e começou a andar pela sala. Raios!
Nove horas. Dez horas. Onze. E nada de Annie.
Estava praticamente fazendo um buraco no tapete de tanto andar no mesmo lugar. Teria saído com amigos? Com Kurt?
A idéia era perturbadora demais. Parou junto ao telefone e ficou olhando para o aparelho. Pegou o caderno de telefones o procurou o número de Kurt. Discou, imaginando o que diria caso ela atendesse. Ninguém respondeu, somente a secretária eletrônica:
- Aqui é Kurt Masters. Saí para jantar. Por favor, deixe recado ao sinal.
Poncho bateu o fone no gancho.
Saiu para jantar? Com Annie?
Queria saber!
A campainha soou.
Ele abriu a porta para os hóspedes retardatários. Era o casal em lua-de-mel que ficaria no quarto onde ele estivera trabalhando naquele dia.
- Espero que não tenha ficado acordado por nossa causa - comentou a moça, sorrindo.
Poncho balançou a cabeça.
- Não, claro que não.
Apesar da preocupação, sorriu diante dos recém-casados. A moça ainda trajava o vestido de noiva e tinha um pratinho de bolo na mão. O rapaz estava vestido a caráter e segurava uma caixa de pizza.
- Não comemos quase nada na festa - explicou a noiva.
- Espero que não se importe.
Divertido, Poncho os conduziu até a biblioteca, desejou felicidades e, antes de se retirar, notou que a tradicional garrafa de champanhe que Annie sempre deixava gelando no balde não estava lá.
Franziu o cenho. Não era normal Annie esquecer-se de um detalhe como esse. Imaginara que ela houvesse encarregado alguém de levar a garrafa em balde de gelo pouco antes do horário previsto para a chegada dos hóspedes.
- Volto já! - prontificou-se. - Recém-casados ganham uma garrafa de champanhe!
A noiva sentou-se na cama e pegou uma fatia da pizza.
O noivo indagou:
- Se tiver duas latas de cerveja...
- Claro - entendeu Poncho. - Combina melhor com a pizza!
Tirou da geladeira um pacote com seis latas de cerveja e correu para a biblioteca.
- Pronto! - exclamou, entregando a encomenda. - Se precisarem de mais alguma coisa, é só pedir!
- Não vamos precisar de mais nada - assegurou a noiva.
Ela sorriu para o noivo.
Ele devolveu o sorriso.
Então, ambos olharam para a banheira e depois para a cama.
- Certo - concluiu Poncho, e saiu fechando a porta.
Onde Annie se metera?
Autor(a): Bela
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Subiu a escadaria e bateu na porta do quarto dela. Não houve resposta. Mas viu uma luz pela fresta da porta. Ela estivera ali todo o tempo? - Annie? Nada. - Annie? Finalmente, ouviu som de passos. A chave girou na fechadura e a porta se abriu. Poncho olhou bem para Annie. - O que há com você? - Nada. Evidentemente, era mentira. Nunca vira Anni ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 93
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unposed Postado em 13/02/2011 - 20:53:29
Adorei a web todinha..obrigada por posta-la.
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myrninaa Postado em 12/02/2011 - 17:39:39
Amei a wn do inicio ao fim *-*. Parabens ^^
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feio Postado em 11/02/2011 - 16:01:50
muito legal
bj -
juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 14:11:10
OHHH QUE FOFOS!
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thataty Postado em 11/02/2011 - 13:46:26
Adoreii parabens.
Quero um Poncho pra mim -
thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35
Que lindoos...
Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++ -
thataty Postado em 11/02/2011 - 12:42:35
Que lindoos...
Posta++++++++++++++++++++++++++++++++++ -
juhlisboa Postado em 11/02/2011 - 12:20:23
aaaaa, posta mais!
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juhlisboa Postado em 10/02/2011 - 19:53:50
Vai atrás dela Poncho!
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feio Postado em 10/02/2011 - 19:44:41
ultimo capitulo?
ha
mas ja
bj