Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)

Cinco, dez ou quinze anos depois, quando a criança  perguntasse   sobre  o  casamento, Poncho gostaria de poder contar a ele, ou ela, acrescentou, observando a preocupação de Annie, que tinham feito a coisa certa.

Claro, haviam discutido ao planejar o casamento:

-  A sua mãe?! - exclamou Annie, ao ouvir os planos dele. - Quer que a sua mãe venha? - Ficou enrubescida e, depois, pálida.

- Minha mãe espera estar presente em meu casamento - declarou Poncho. - Bem como minha tia Caroline, minha tia Grace e meu tio Lloyd. Tem os meus primos também - acrescentou, - Darcy, Catherine e Alexis.

- Por que não convidamos a cidade toda, já que estamos nisso para valer? - questionou ela, bufando.

- Ora, você pode convidar quem quiser - afirmou Poncho, ignorando o sarcasmo. - Benjamim vai vir, claro. E Cletus, nem é preciso mencionar. Quem mais quer convidar?

Annie remexeu o maxilar e voltou o rosto para a janela.

- Ninguém! Não quero ninguém! Por que está fazendo tanto estardalhaço?

- Porque vamos nos casar.

Parecia-lhe certo. Apropriado. Importante. Como se fos­sem lamentar, caso não fizessem tudo aquilo.

- Grande casamento - desdenhou ela. Ele encolheu os ombros.

- É o único que temos.

Annie não parecia convencida, mas não discutiu mais. Ape­nas deu-lhe as costas e continuou montando arranjos de flores para os quartos. Essa atividade ela podia realizar, sentada junto ao balcão, por isso Poncho não a impedia. Já estava bastante irritada por ele insistir para que ela ficasse na parte térrea da casa e não se esforçasse o dia inteiro.

Poncho sabia que ela só estava se casando porque seu bom senso dizia que devia agir assim. Sabia que ela não o amava. Raios, depois do que ele fizera, provavelmente ela jamais gostaria dele.

Ela apenas faria o melhor, assim como ele mesmo.

Poncho fez com que Annie contratasse um bufe, uma florista, um músico, uma confeitaria. Queria uma festa. Flores. Mú­sica. E queria um bolo de casamento!

Annie achou que ele estava maluco. Não podia estar mes­mo com a pretensão de fazer daquele casamento um grande acontecimento, podia?

Aparentemente, podia. E estava fazendo.