Fanfic: Bebê à Vista Adaptada * AyA* (Terminada)

Annie imaginara Isobel Rule como uma moça alta e magra, com rosto de Audrey Hepburn e sorriso de Mona Lisa.

Teve dificuldade em adequar a imagem à realidade. A moça era baixa, mas tinha um rosto meigo, ainda que co­mum, um corpo bem feito, e era muito simpática e calorosa. Já chegou lançando os braços ao redor de Poncho. Em seguida, abraçou-a da mesma forma calorosamente.

- Então, você é a sortuda - comentou, sem soltá-la. - Eu sou Izzy. Estou tão contente em conhecê-la!

Izzy.

Perceber que Izzy não era nenhuma femme fatale não ajudou em nada, pois ela era obviamente maravilhosa, mes­mo assim.

Izzy era engraçada, atenciosa e gentil. Com seu charme, cativava a todos, técnicos, cabeleireiros, estilistas e mo­delos. Era muito cuidadosa com as sobrinhas e estava visivelmente apaixonada pelo marido. E parecia gostar sinceramente de Poncho.

Parecia até querer ficar amiga dela!

- Venha se sentar aqui - convidou Izzy, quando Annie apareceu na varanda na tarde de domingo.

- Não posso - declarou Annie, e recuou. - Tenho um trabalho a fazer.

- Nada de trabalho - cortou ela, e deu palmadinhas na vaga a seu lado. - Poncho me contou que o médico lhe recomendou repouso. Ele me pediu que a distraísse do trabalho. - Indicou o pátio ao lado, onde suas sobrinhas brincavam. - E para isso que estamos aqui. Para divertir você.

Tímida e constrangida, Annie hesitava.

- Mas é que...

-  Sente-se - ordenou Izzy. - Poncho mandou - acres­centou, como se ela não pudesse desobedecer a ele.

- Poncho não manda na minha vida - resmungou Annie. Mas largou a porta telada e foi sentar-se.

Izzy deslocou-se um pouco para dar mais espaço a Annie.

- Claro que não - apaziguou. - Ele só está preocupado com você e com o bebê.

- Errado. Ele está preocupado só com o filho dele.

Izzy espantou-se.

- Poncho? Não, não é possível. É lógico que ele se preocupa com você também...

-  Se assim fosse, ele não me atormentaria tanto.

Izzy refletiu um pouco, tentando entender.

-  Gostaria de conversar a respeito?

Annie olhou para o pátio, onde brincavam ruidosamente as duas gémeas ruivinhas. Finn e Poncho faziam-lhes companhia.

- Não consigo imaginar Poncho atormentando ninguém - declarou Izzy. - Ele é tão doce...

Entre gritos e risos, Finn e Poncho colocaram as meninas nos ombros, brincando de cavalinho. Uma segurava-se nos cabelos de Finn, enquanto a outra optara pelas orelhas de Poncho.

Não, Poncho não parecia um tormento, pensou Annie, en­golindo em seco, tentando desfazer o nó entalado em sua garganta.

Ele parecia pai.