Fanfic: Os Guardiões

Sr Julio acabava de tomar
uma caneca de café e a depositava na pia da cozinha. Sua esposa Adelaide que
retirava pão do forno do fogão. Enquanto a mesa sua filha Elizabeth acabava de
tomar seu café para seguir para o seu trabalho na TV nosso tempo. Julio olhava
e procurava a sua filha mais nova.

SR JULIO – Onde está a Ingrid? Ela não tem aula Hoje Adelaide?

ADELAIDE – É verdade ela não acordou até agora. Essa menina esta demais Julio.

ELIZABETH – Eu bati na porta dela, mas ninguém me respondeu. Bem papai, to indo
você vai agora ou não?

SR JULIO – Sim. Vou aproveitar a carona. (beijando sua esposa) Não demoro
muito. O quarto para nosso hospede esta arrumado não é meu amor?

ADELAIDE – Desde ontem meu amado. Já havia lhe dito. Vá! Se não vai se
atrasar.  

ELIZABETH - (indo beijar sua mãe) Até mais tarde madrecita.

SR JULIO – E acorde a pequena Ingrid, se não ela poderá perder a aula.

ADELAIDE – (retirando o avental) Já estou fazendo isso, mais vão logo, ou
os dois irão se atrasar. Vão!

Os dois saem da cozinha
pela porta dos fundos, enquanto Adelaide passa por outra porta.

O sol começa a nascer
quando o anjo Daniel entra na igreja situada no centro cidade. Ele lentamente
caminha pelo seu corredor, observando os ornamentos que constituía seu
interior. Quando chega enfrente ao altar, ele para e se ajoelha olhando
diretamente para imagem de Jesus Cristo colocada a sua frente quase próxima ao
teto da igreja. Com seu dedo indicador ele toca o chão fazendo um circulo, e
depois cortando o mesmo circulo como uma cruz, para então levar seu dedo ate o
coração e em seguida a sua testa.

DANIEL -
Diante da imagem adorada pelos homens de vosso filho, e no solo sagrado
abençoado por vós, venho honrar teu nome ó grande pai de todas as coisas.
Peço-lhe sabedoria para os dias que virão. Pois entrego a ti o furor da minha
divindade, e com certeza se o fim para este vosso servo chegar, findarei feliz
se sua luz e paz ainda reinar sobre todos os vossos reinos. Que o senhor possa
nos guiar pela tortuosa linha do destino, e que permaneça ao nosso lado, se for
de vossa vontade. Em verdade vos digo meu Senhor, que a eterna guerra dos anjos
que se arrastam infindáveis milênios, terminará aqui no mundo escolhido e amado
por vós.

Daniel após estas palavras
levanta-se e olha atentamente para imagem de Jesus Cristo. Logo depois ele gira
e se encaminha para saída da igreja. Ao chegar à porta ele leva suas mãos a
têmpora. Acabava de se conectar telepaticamente com Kaliem.

DANIEL –
Muito bem Kaliem, eu já estou a caminho. Como está Dornelles?

Daniel se levanta ajeitando
seu longo, sobretudo e sai apressadamente da igreja.

A investigadora Luiza anda ao lado do detive Macedo
pelo curto corredor da delegacia da policia civil, com uma pasta na mão que
continha os últimos dados sobre o caso que todos chamam no depto. De o caso das
"sombras", na mesma pasta pode se ver um saco plastico, que guardava
o medalhao encontrado por Luiza.  

MACEDO – Ele vai nos esfolar vivo dentro daquela sala. Ainda
não descobrimos nada, e só na nossa jurisdição já temos 45 mortos Luiza. O
prefeito ta na cola dele, o governador ta cola dele, só falta o presidente
estar na cola dele.

LUIZA – Você às vezes Macedo pende ao exagero. Estamos
fazendo tudo ao nosso alcance. Todo o departamento esta no caso. (mudando
de assunto) A propósito me disseram que você recebeu uma visita
inusitada ontem a noite durante seu relatório.

MACEDO – E ainda tem mais essa. É verdade, a visita foi do
guerreiro da noite. Como conseguiu invadir o departamento, isso ninguém sabe.
Indagou-me sobre o que está acontecendo. Tinha uma arma apontada para minha
nuca...

Macedo começa a se recordar da cena da noite passada.

Macedo se levanta e vai até uma cafeteira. A sala onde
todos registram seus relatórios esta praticamente vazia. A sala esta a meia
luz. Este retorna lentamente com sua caneca de café a mão quando é surpreendido
pelo anjo negro que mantem sua espada para garganta do detetive. 

ADALBERTO/ANJO
NEGRO – Boa noite detetive Macedo.
Soube que esta a minha procura. Devo-me sentir honrado por isso?

MACEDO – Mas cedo ou mais tarde a gente vai te pegar
guerreiro da noite.

ADALBERTO/ANJO
NEGRO – É assim que me chamam por aqui?  Você
não acha que presto um serviço publico para policia? Tendo em vista a corrupção
que aflige a instituição.

MACEDO – Não se faz justiça com as próprias mãos. O que vai
fazer comigo? O que você quer de mim?

ADALBERTO/ANJO
NEGRO – Nada. Você é um bom homem
detetive Macedo. No seu departamento existem ótimos policiais. O que é raro,
muito raro nos dias de hoje. O delegado Álvaro sabe muito bem escolher sua
equipe de trabalho. Agora me diga detive o que mais você sabe sobre os crimes do
caso das sombras?

MACEDO – Isso é confidencial.  Voce… não …Como sabe disso?

ADALBERTO/ANJO
NEGRO – Como sei não é a pergunta
correta. Pessoas estão morrendo detetive Macedo e acredito que toda ajuda é bem
vinda ou prefere ter mais corpos dentro do IML, e sem explicações patalogica
pra eles.

MACEDO – Não precisamos de sua ajuda. Você é um foragido... Um
criminoso...e como tal estara preso e…

ADALBERTO/ANJO
NEGRO – Essa é sua opinião detetive,
eu tenho a minha. (tom) Lembre-se, vou estar por perto…E detetive, mantenha os
olhos abertos. (empurra o detetive)

O detetive Macedo esbarra numa mesa após ser
empurrado, a caneca de café cai ao chão se quebrando, rapidamente Macedo se
vira sacando sua arma da cintura e aponta em todas as direções ele ainda pode ouvir
a voz do anjo ecoar pela central. A cortina da janela proxima se mexe com a
força do vento.

ADALBERTO/ANJO
NEGRO – (voz em off) Não esqueça
detetive. Mantenha os olhos abertos.