Fanfic: Mudanças do Coração. AyA

Anahí estava se sentindo fraca, não fazia idéia do que sua vida se tornaria e o que faria para melhorá-la. Olhou-se no espelho grande e longo que havia no banheiro, os olhos estavam borrados com a maquiagem forte e preta que havia passado, as lágrimas espalhadas por toda sua face, misturadas com o blush rosa e avermelhado e tudo mais. O rimel nem se quer existia mais. Mordeu os lábios e limpou seu rosto, refez a maquiagem forte e voltou para a sala onde Ritchie aguardava tenso e curioso.

- E aí? - perguntou assim que a viu entrar na sala, e pela expressão que ela estava, a respostas era obvia. - Sim?

- Sim! - soltou um longo suspiro e remediou o choro. Tinha que se conter de qualquer maneira. Ritchie suspirou também, e se sentou ao seu lado, abraçando-a.

- Oh, querida. Deve estar se sentindo péssima, certo? - Anahí assentiu, fungando o choro. - Bom.. não está feliz? - Anahí por um minuto parou e pensou. Um bebê era sinal de felicidade? Mas logo naquele estado? Sem emprego, sem um lar específico para criar um bebê, sem a família por perto e principalmente o pai do bebê. Mas espera aí, o pai do bebê era um minúsculo problema agora, aliás, ele nem se quer precisava saber da existência dele. Mirou Ritchie, e dessa vez não assentiu, apenas negou com a cabeça e sentiu lágrimas transbordarem de seus olhos magníficos. Abraçou o amigo e chorou em seu ombro, enquanto recebia carinhos nos cabelos. - Oh, querida. Chore, sim, chore muito porque você melhorará. Não fique triste, fique feliz, um bebê é tudo de bom, independente de quem é o pai, ou se você terá condições para criá-lo.

- Ritc. Não posso ter um bebê neste momento. Eu.. eu não tenho apoio algum. - disse soluçando. 

- Hey, não diga isto novamente ouviu? É claro que você tem meu apoio, e sempre terá. Somos melhores amigos, não? - Anahí assentiu. - Então querida, eu sempre estarei te ajudando, independente do que aconteça! Quero apenas ver você feliz.. junto com o meu futuro afilhadinho. - disse sorrindo e acariciando a barriga lisinha da amiga que sorriu um pouco.

- Mas eu não tenho emprego.. não tenho um lugar certo para criar meu filho... Minha nossa. Eu estou perdida! - disse chorando novamente. Ritchie a abraçou novamente.

- Hey, abelha rainha. Não fique assim, detesto vê-la deste jeito.. Bom, melhores amigos ajudam muito melhores amigos, e eu te ajudarei. - disse decidido e firme.

- Como?

- Farei você ter seu emprego de volta! - Anahí arregalou os olhos em meio de todas as lágrimas que estavam neles.

- Como assim?

- Falarei com Dulce e irei fazê-la devolver seu cargo aqui na empresa, por menos que seja.

- Mas... isso é... impossível, Ritc! 

- Sim eu sei. - suspirou. - Mas eu farei de tudo o possível, e até o impossível, só para que você seja feliz com o seu bebêzinho! - disse sorrindo. Anahí sorriu novamente, por mais fraco que fosse, e abraçou Ritc, mas sem lágrimas.

- Obrigada por tudo, Ritc. Você é o melhor amigo que alguém pode ter no mundo! - disse sorrindo.

- Eu sei, queridinha. Sua amizade é essencial para mim, eu te amo como se fosse a minha irmãzinha biba. - gargalharam. - Você ficará bem se eu te deixar?

- Sim. Já estou muito melhor, na verdade!

- Ótimo, minha querida. Bom, melhor irmos, que hoje eu ainda encaro a fera da Saviñón!

- Ritc! Não quero estar te obrigando à nada, certo?!

- Não querida, faço isso porque tenho um grande carinho por você. E porque sabemos que gravidez é sério e um bebê dá muitas despesas! - sorriram.

- Muito obrigado mesmo por esta ajuda, Ritc! E saiba que por mais que não dê certo, eu já estarei muito agradecida por sua tentativa e força de vontade. - disse enquanto ambos andavam pela empresa.

- Eu sei. E pode deixar que por mais difícil que será, fazerei de tudo para conseguir o seu emprego aqui na Gucci novamente! - sorriu assegurando-a.

- É. Mas não será nada fácil. - revirou os olhos. - Sabemos bem como Dulce é, e sempre foi.

- Sim, sabemos bem. Mas quem sabe com este meu jeitinho adocicado eu não consiga lhe fazer mudar todo aquele rigor com todos? - perguntou rindo.

- Sim, sim. Você é um máximo, ou pelo menos, será um máximo se conseguir fazer este milagre haver! - disse rindo. 

- Não seja por isto, queridinha. Já pode me chamar de "Ritchie. O Máximo dos Máximos!" - disse naquela voz feminina, Anahí gargalhou.

- Então vá nessa, bonzão! - disse sorrindo.

- Já estou nessa à muito tempo, florzita. - sorriu.