Fanfics Brasil - capitulo 4 ironias do amor aya finalizada

Fanfic: ironias do amor aya finalizada


Capítulo: capitulo 4

868 visualizações Denunciar


Alfonso precisou ser veloz para não perdê-la, rápido o suficiente para que não lhe


sobrasse muito tempo para pensar duas vezes no que fazia. Ele a alcançou quando ela se


preparava para atravessar a rua. Esticou-se e a tocou de leve no braço.


Anahí se virou de forma brusca. Passava da meia-noite. As ruas estavam cheias de


gente, mas também cheias de ladrões. Esta era a hora deles, quando na correria para pegar


os táxis e os ônibus as pessoas tinham as carteiras à mostra, mal guardadas nas jaquetas, e


já tinham bebido demais para conseguirem alcançar um bandido em fuga.


— Você! O que está fazendo aqui? Você está me seguindo? Anahí somente o tinha


visto sentado. Percebia agora o quão alto ele era. Tinha com certeza mais de 1,80 m. Bem


mais alto do que ela, que media cerca de 1,70 m. De perto, a presença dele era muito mais


poderosa. Debaixo do bem cortado paletó, Anahí presumiu que havia um corpo musculoso


e perfeitamente torneado.


— Se eu contar isso para Derrick, ele vai servir a sua cabeça no café-da-manhã! — Ela


não podia imaginar alguém, mesmo os leões-de-chácara mais eficientes de Derrick, capaz de


servir a cabeça daquele homem no café. Obviamente, ele tinha a mesma opinião, pois a


encarou com um olhar de quem não estava acreditando em nada do que ela falava.


— Eu recebo as gorjetas dos fregueses, meu senhor, e isso é tudo que nos é permitido


aceitar! — Anahí  lhe deu as costas, atravessou a rua e percebeu que ele ainda a seguia. Na


outra calçada, ela virou-se novamente, com uma expressão de raiva: — Eu já conheço o seu


tipo, e você me dá nojo!


— Meu tipo? — disse Alfonso espantado, e descobria que a sua instintiva habilidade


para controlar conversas não estava funcionando com a loura irritada.


Alfonso a perseguiu porque alguma coisa nela mexera com ele. E muito. Queria pedir


desculpas por ter se comportado de maneira grosseira e arrogante na boate, ao ter se


insinuado para ela de um modo que, ele sabia, lhe provocara repulsa.


No entanto, o ataque dela estava passando dos limites, e a paciência de Alfonso não


costumava durar tanto.


Meu tipo? — repetiu ele, no tom de voz que já obrigara muitos dos seus


poderosos rivais nas discussões de negócios a tremerem assustados nas bases. Com ela,


porém, o efeito era nulo.


— Sim, o seu tipo! — Surpreendentemente, Anahí notava que estava gostando de


toda aquela explosão de raiva. O choque inicial em vê-lo, o medo de que ele a seguira por


um propósito havia passado. Vulgar, convencido, arrogante e boçal o cara bem poderia ser,


mas ela, sabia-se lá como, estava certa de que ele não a arrastaria para alguma ruela escura


a fim de ali satisfazer os seus desejos sórdidos.


Anahí sentiu-se absolutamente livre para esbravejar com toda força contra ele, e


isso lhe fazia muito bem. Não gritava assim havia muito tempo, e foram vários os


momentos em que deveria ter agido assim. Em vez de apenas aceitar o que ocorria na sua


vida pessoal, em vez de se submeter aos piores abusos emocionais de Rodrigo King, ela


deveria ter liberado a raiva reprimida e toda a desgraça com uns bons berros. A pessoa


errada, mas a atitude certa.


— Cheios de dinheiro, mas tristes. Fracassados na vida, que se excitam ao olhar


menininhas bonitas. Pode ter certeza, eu conheço o seu tipo. Vocês só querem uma fantasia


para levar aos seus lares infelizes, habitados pelas suas mulheres e filhos mais infelizes


ainda!


— O quê? — Alfonso não estava devidamente preparado para um duelo verbal com alguém que possuía uma língua que mais parecia um chicote de tão ferina. Ela o encarava


furiosa. De cada milímetro do seu rosto fascinante brotava desdém. Ele começou a rir, a


gargalhar, uma reação genuína. Mais indignada, a mulher retomou o caminho.


— Você não vai pegar o metrô a esta hora para casa, vai? — perguntou ele.


— Saia daqui, seu pervertido.


Ele a ultrapassou e obstruiu o caminho dela. A mulher tentou desviar por um lado e


pelo outro, e percebeu que Anahí não pretendia lhe dar passagem.


— Você está no meu caminho, se você não sair da frente neste instante eu vou gritar


tão alto que todos os policiais num raio de 15 km vão correr para cá!


— Esta é mais uma ameaça na linha vou-chamar-o-meu-Derrick?


— Saia do meu caminho. — Anahí notou que mal podia respirar com aquele


homem, de rosto bem desenhado e expressão forte, parado diante dela.


— Eu não aprecio muito ser chamado de pervertido.


— Eu pareço estar me importando com o que você aprecia ou deixa de apreciar? —


Ela contudo sentia-se desconcertada e com remorso por tê-lo insultado daquele modo.


— Então você classifica todo homem que aparece no seu local de trabalho como um


pervertido?


— Eu quero ir para casa. Já é tarde, e não há nenhum motivo para eu perder o meu


tempo com essa conversa. Agora, com licença.


— Por que você não pega um táxi para casa?


— Isso não é da sua conta. Se eu tivesse condições de andar de táxi para cima e para


baixo, eu estaria trabalhando numa casa noturna?


— Nós não estamos falando de para cima e para baixo, mas do centro de Londres, de


madrugada. O metrô não é o lugar mais seguro do mundo para se freqüentar a esta hora. —


Pelo menos era o que ele imaginava, já que raramente pegava metrô. Tinha um motorista e


quando não queria os serviços de George ele mesmo dirigia.


— E você é um especialista em metrô, não é mesmo? — retrucou Anahí, como se


tivesse lido os pensamentos dele. — Qual foi a última vez que você usou o metrô? —


desafiou ela. Alfonso  concluiu que era melhor se recompor, desistir e deixar a mulher em


paz.


— Pois eu estava exatamente indo para o metrô quando fui chamado de pervertido.


— Ele não controlava as palavras que saíam da sua boca. Aquilo começava a perder o


sentido.


— Você está mentindo.


— Quer dizer que agora eu sou um pervertido mentiroso?


Alfonso o observou por mais alguns segundos e com um movimento rápido o driblou,


retomando o trajeto para o metrô, cuja entrada já tinha as luzes apagadas.


Alfonso foi atrás.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): feio

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

  Capitulo 5 Mas que diabos ele estava fazendo?, perguntou a si mesmo. O que importava se uma garçonete de boate ficara com uma impressão errada dele? Por que ligar tanto se ela mexia demais com ele? No alto dos seus 34 anos já deveria saber se mostrar superior a esse tipo de coisa. — Bem, adeus. — disse Anahí assim que entr ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • nathmomsenx Postado em 11/08/2013 - 07:35:22

    Amo essa web! <3

  • jucirbd Postado em 07/01/2011 - 15:31:16

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..acabo msm? BUABUABUA...aushuash
    mto linda

  • jucirbd Postado em 07/01/2011 - 15:13:03

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..acabo msm? BUABUABUA...aushuash
    mto linda

  • jucirbd Postado em 07/01/2011 - 15:12:52

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..acabo msm? BUABUABUA...aushuash
    mto linda

  • LuanaFernandes Postado em 04/01/2011 - 13:13:26

    posta + + +

  • LuanaFernandes Postado em 03/01/2011 - 18:25:28

    postaaaaaa +

  • unposed Postado em 03/01/2011 - 17:58:41

    Nossa, quando ela descobrir a verdade vai ficar muito brava!!

    Posta ++++++++++++++++++++++++++++

  • LuanaFernandes Postado em 01/01/2011 - 23:11:31

    postaaaaaaa *-*

  • carine Postado em 01/01/2011 - 14:46:41

    posta mais!

  • carine Postado em 01/01/2011 - 14:46:41

    posta mais!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais