Fanfic: Acordo Nupcial aya finalizada

Era Merri Tanner, uma vizinha. Aliviada, any conversou por um ou dois minutos até que Merri a convidou para um churrasco informal.

Uma ocasião social para se interpor entre ela e poncho era tudo que ela precisava.

— Claro, parece boa idéia. — Desligou e olhou para a terra em frente à janela. Tão forte, tão duradoura e capaz de causar tanta dor ao coração humano.

Por mais tentador que fosse pedir a alguém para levar a mensagem do churrasco a poncho, sabia que seria covardia. E seu respeito próprio já estava bastante abalado após o telefo­nema de Derrick. Então, pôs o telefone na cadeira e foi falar com o marido.

Quando a culpa ameaçou minar sua segurança, ela a afu­gentou realimentando a raiva que sentiu de poncho pela ame­aça cruel que fizera a ela. Não estava disposta a dar-lhe a chance de usar sua vontade indomável para massacrá-la.

Any  o encontrou falando com um empregado. Ele inter­rompeu a conversa ao vê-la.

— O que foi? — Não havia traço de raiva em sua voz. Nem de qualquer emoção.

— Merri nos convidou para um churrasco. Por volta das sete. — Dobrou o braço. — Disse que nós vamos.

— Tudo bem. — Ele acariciou seu rosto com a mão, e a delicadeza do toque foi tão inesperada que any ficou sem ação. — Deve ter sido um longo telefonema, pois sua pele está vermelha.

Ela se afastou pensando se ele conseguia ler a culpa em seus olhos, pois ela fizera algo de que não se orgulhava. Mas nem isso era desculpa para as coisas que poncho havia dito, e ela não pretendia fingir.

— Pare de fingir, poncho. Você tem mais ternura por seu extrato bancário do que por mim.

Algo mudou na expressão dele, tornando-se mais impla­cável.

— Que bom, não é? Se eu não tivesse esta conta bancária, você não teria salvação. — Deu um sorriso amargo e voltou a conversar com Jim.

Any  trincou os dentes e se convenceu a se incomodar com ele. Mas falar é fácil. O fato de ele estar certo só fazia pio­rar suas dúvidas. Ela não era nenhuma caçadora de fortunas, mas precisava do que o dinheiro de poncho podia fazer. Se ele não tivesse dinheiro, jamais teria aceitado naquele trato. Mas ela aceitou. E agora tinha de pagar o preço.

Ela saiu do celeiro antes que dissesse algo indevido, e foi para casa. Resolveu fazer uma salada para o churrasco. Como cozinhar a distraía, acabou fazendo também um bolo de mármore.

Às cinco e meia, any já estava com tudo pronto. Escolhe­ra suas roupas com cuidado, pois precisava se sentir bem: uma saia de lã na altura da panturrilha e um suéter angorá branco, além de botas de couro até os joelhos.