Fanfic: Acordo Nupcial aya finalizada

— Any, meu bem, você pintou minha alma.

Se ela conseguisse ver poncho com tamanha clareza... Mas ele era em preto e branco. Opaco. Insondável.

— E agora?

— Agora trabalharemos juntos para selecionar as peças e, se em algum momento acharmos que é necessário adiar, adiaremos. Não se estresse. Este é meu trabalho.

Após a natureza positiva daquele telefonema any se sen­tiu consideravelmente mais concentrada, mais confiante. Esta sensação permaneceu com ela ao longo do dia e, quando se sentou à mesa do jantar com Alfonso, estava determinada a hastear a bandeira branca. Não podiam continuar daquele jeito, afinal, havia muita coisa em jogo. Quando estava pres­tes a quebrar o silêncio, o telefone tocou.

— É menina! — gritou Derrick. — E cheia de saúde ape­sar de nascer três semanas antes. Nem está precisando ficar na incubadora. Essa criança estava determinada a nascer!

— Parabéns. — Ela teria de ser muito insensível para ser capaz de conter o sorriso que se fez em seus lábios. — Ela já tem nome?

— Maite está pensando.

— E você?

Alguns segundos de silêncio.

— Você vem nos visitar? Maite iria gostar.

Any fez uma pausa e então prosseguiu. Poncho  podia achar o que quisesse, pois ela sabia o que sentia no coração.

— Claro, amanhã eu vou. — Seria uma viagem exaustiva de ida e volta, mas podia aproveitar o tempo para clarear os pensamentos.

— Estarei esperando.

Perturbada pelo tom da última frase, any desligou e colo­cou o telefone ao lado do prato.

— Maite deu à luz. Uma menina saudável.

— Eu levo você de avião. Será mais rápido.

Ela olhou deliberadamente para as ervilhas no prato.

— Você não precisa ir.

— Nós partiremos por volta das sete.

— Tudo bem. — Ela mastigou a comida com o pensamen­to voltado para uma só direção, sabendo muito bem porque ele a acompanharia. Poncho não confiava nela, nem mesmo na mais inocente das situações.

Na manhã do dia seguinte eles estavam em um táxi rumo ao hospital.

— Você está passando tempo demais longe da fazenda. — E a fazenda era a coisa mais importante da vida de Alfonso Dumont.