Fanfic: Acordo Nupcial aya finalizada

— Amor é coisa de tolos.

Estas foram as últimas palavras. Seus corpos entraram em conexão na forma de um desejo impronunciado. Any  estava se deixando levar pelas coisas que poncho fazia com ela, mas no meio do prazer, sentiu algo diferente.

Ele jamais a ferira na cama, mas naquela noite havia um cuidado, uma ternura doída em seu toque, e aquilo era algo novo. Ele passou horas se concentrando em cada centímetro de sua pele, não a deixando apressá-lo, por mais que ela ten­tasse. No final, any se rendeu àquela estranha ternura e as­sim deu mais um passo sem retorno rumo ao desconhecido.

***

Após a beleza assombrosa do amor que fizeram naquela noite, any esperou que acontecesse alguma mudança em seu relacionamento, quem sabe uma honestidade maior surgis­se daquela intimidade. Mas apesar de any estar pronta para isso, as horas viraram dias e poncho parecia se afastar mais e mais dela.

Era verdade bem que ela estava ocupada preparando a mostra e ele tinha de cuidar da reconstrução dos estábulos, mas apesar de tudo, eles pareciam se conectar menos ao pas­sar dos dias.

Esse fato talvez não a alarmasse se ela não tivesse co­meçado a reparar que poncho se negava a conversar sobre o bebê. Primeiro, ele estava ocupado demais para acompanhá-la ao médico para o check-up. E ela não se importou muito, até porque ele dificilmente seria o tipo de homem que fazia questão de acompanhar o passo a passo da gravidez.

Mas poncho parecia distante sempre que ela tocava no as­sunto, e jamais tomava a iniciativa de perguntar nada. Por um lado, ela achava que isso era pura imaginação, que a gravidez estava alterando seus hormônios. Por outro, tinha certeza que algo estava errado. Mas tentar tocar no assunto com poncho era impossível.

Dias se passaram e ela não voltou a falar no assunto. As coisas estava correndo relativamente bem entre eles e any não queria criar problema, menos ainda por causa de impres­sões duvidosas. E a coisa podia ter continuado assim por me­ses se ela não tivesse atendido um telefone comercial certa noite.

— Fazenda Angel. — Ela bebericou seu café, a cabeça voltada para a mostra que seria inaugurada dali a uma se­mana.

— any, é você? — Era uma voz de mulher, ligeiramen­te rouca e achando graça. — Está bancando a secretária de poncho agora?

De repente o café ficou amargo em sua boca.

— Oi, claudia. Em que posso ajudá-la?

— Preciso falar com poncho. — Fez uma pausa. — Bem, claro que você sabe, com aquela data se aproximando.

Any  segurou o fone com força.

— Obrigada por lembrar.