Fanfic: Acordo Nupcial aya finalizada

— Não podia deixar de ligar, não é? Quer dizer, pouca gente sabe da verdade. Suponho que você saiba, não é?

Any  sabia perfeitamente bem que a outra estava sendo de­sagradável de propósito, mas mesmo assim ficou magoada. O fato era que claudia só podia fazer isso por culpa de poncho.

Ele decidira mantê-la à parte de tudo que realmente impor­tava. Ele voltou naquele momento.

— Espere, claudia. Poncho  está aqui. — Passou o fone a ele, pegou seu café e saiu. Desta vez ela ignorou a perigosa tenta­ção de ficar escutando e foi se sentar nos degraus do quintal. As estrelas brilhavam muito no céu, mas ela mal reparou. Era difícil enxergar beleza em meio à dor de mágoa e revolta.

Ela não se mexeu nem mesmo ao ouvir os passos dele poucos minutos mais tarde. Ele se sentou atrás dela, envol­vendo seu corpo com as pernas e emanando o calor de seu peito em suas costas.

— O que foi que claudia lhe disse?

Sem se surpreender com a pergunta, any pôs o café na mesa e abraçou o próprio corpo.

— Não se preocupe. Ela não me contou seus segredos. — Concentrou-se na estrela mais distante que pôde ver no horizonte, um pontinho brilhante que lhe dava esperança até nas horas mais tenebrosas.

Uma mentira cruel.

Às vezes só havia trevas.

Poncho  passou a mão no braço dela.

— claudia e...

— Não quero saber. — Ela podia passar a vida inteira sem saber de seu relacionamento com claudia. — Ela não significa nada para mim. Mas você é meu marido e eu gostaria de sa­ber o que isto significa.

— Any. — O tom foi de aviso.

— Comida, teto, sexo. — Ela enumerou os elementos com a voz serena apesar da fúria que sentia. — Os três pon­tos básicos. Ah! Espere, esqueci: um bebê. Você também me deu isso. Mas não parece querer muito esta criança.

— Vou dar tudo que a criança precisa.

— Assim como me dá tudo que preciso? Ou como dá a claudia?

— Nós já conversamos sobre isso.

— Não acho que esteja me traindo, poncho. Ao menos não fisicamente. — Afastando-se do toque dele, any se levantou e virou-se para encará-lo. — Mas qual o nome que se dá quando você confidencia a ela coisas que não me conta?

Ele respondeu com raiva na voz.

— Olha quem fala.