Fanfics Brasil - fim do cap.1 Depois daquela viagem DyC (Adaptada)

Fanfic:  Depois daquela viagem DyC (Adaptada)


Capítulo: fim do cap.1

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Agora você me pergunta:onde é que estava a
camisinha nessa historia toda?E eu respondo:não estava.Se já existia a
AIDS? Já,sim,só que era coisa de " viado ",de "grupo de risco".E, alem
do mais,segundo meu namorado,camisinha era coisa de "puta".Eu não era
"puta";logo não precisava de camisinha.
O namoro foi continuando e,
ao poucos, comecei a me senti sufocada.Já não podia mais sair com meus
amigos, não tinha tempo de estudar e cada vez que eu olhava para o lado
era briga na certa.Não lembro direito como começou, só sei que ele
passou a me bater.Um dia era tapas porque eu havia recebido cartas de um
primo; outro dia era um soco porque eu olhava para outro cara na rua; e
no final ele já estava me espancando por qualquer coisa.
Lá em casa
ninguém sabia;ao contrario, todo mundo achava ele um santo.Eu vivia
nervosa, já não dormia mais.Tentava fala com ele e termina tudo, mas ele
virava um bicho e me batia mais ainda, depois se arrependia, chorava,
pedia desculpas e prometia que aquilo nunca mais ia se repeti.Durante
alguns dias ficava tudo calmo,era difícil de acreditar que era a mesma
pessoa.Mas depois começava tudo outra vez,cada dia mais violento,
ameaçava matar meus pais e depois queria transar.
-Você nunca vai
ficar livre de mim, eu posso ir ate para cadeia, mas quando sair venho
atrás de você e te pego.Com dinheiro e influencia, ninguém fica preso
nesse país por muito tempo mesmo.


Eu não sabia mais o que fazer morria de medo de
contar para alguém, achava que as pessoas não iriam acreditar em mim,que
meu pai podia ficar bravo...sei lá.Eu so queria
desaparecer,sumir,morrer.
Ate que um dia,depois de um ano de
namoro,minha vó pegou ele me batendo.Foi horrível, um escândalo.Ele
começou a berrar e ameaçar todo muno ate que minha mãe chamou o
porteiro, que subiu e o colocou para fora.
Ninguém acreditou no que
tinha acontecido.Poucas horas antes, minha avó tinha dito que ele era um
rapaz muito bonzinho e educado.Ninguém sabia ao certo o que fazer.Meu
pai estava viajando, ligamos então para meu tio, que também não
estava.Acabou vindo minha tia.
A tia Ciça é dessas pessoas que chegam
e já vão tomando as rédeas da situação.Acalmou todo mundo e ligou para
casa dos pais dele.Para a nossa surpresa, disseram que aquilo era
supernomal, que eles já estavam acostumados com aquele tipo de ataque,
ele ate vivia quebrando a casa inteira.Disseram que ele já tinha chagedo
La, ameaçado-os com uma faca, mas que já havia tomao injeção de
calmante e estava tudo sob controle.Meia hora depois, ele liga pra minha
casa e diz as maiores barbaridades.Conclusão:minha família mão havia
tomado providencias nenhuma e ele ainda estava solto por aí.
Era o
mês de março de 1988 e minhas aulas começariam dentro de dois dias.Meu
tio já havia chegado e achou melhor nos tira da cidade por algum
tempo.Levou-nos,então,para um hotel-fazenda, onde ficamos uma
semana.Enquanto isso, aqui em São Paulo, ele procurou um advogado. E
descobrimos então que a policia não poderia ajuda muito.


Depois de uma semana, voltamos para casa;afinal,
eu precisava ir para a escola, o que não foi nada fácil.Meus amigos
faziam perguntas, onde é que eu havia estado? O que havia acontecido?Eu
não sabia como responder, morreria de vergonha daquilo tudo e nunca
contava a verdade.Ate hoje essa historia me incomoda.Gostaria de nunca
ter escrito isso , gostaria de nunca ter passado por isso.Foi uma fase
muito ruim da minha vida, que eu preferia que não estivesse existido.é
muito doloroso lembra , mas doloroso ainda é saber que eu não fui a
única, que isso acontece com milhares de mulheres todos os dias.E depois
de tudo ainda temos que ouvi: "Acho que você era meio masoquista", ou
"Você bem que gostava,né?"
Durante muito tempo fiquei quieta, achava qu eu merecia,que a culpa era minha.Mas hoje não, e tenho vontade de sair gritando:
-Nós
não gostamos disso.Nós não gostamos de apanhar, não gostamos de ser
violentadas e também não gostamos desses comentários infelizes!
E se
você não for sensível o suficiente para entender por que neste caso ou
em tantos outros as pessoas optam pelo silencio, por favor, para de ler
isto.


Ele continuou me perseguindo por mais ou menos um
ano.Eram cartas e telefones cheios de ameaças.Houve um tempo que eu nem
podia mais ouvir o som do telefone,não saia nunca de casa sozinha e
fiquei sabendo,mais tarde, que meu pai tina ate colocado um cara para
vigiar a porta da escola.Descobrimos também que ele usava drogfas, e com
isso surgiu a questão da AIDS.Será?Fazia sentido, um mês antes,ao se
cantidatar a um emprego na policia, ele havia sido reprovado depois de
fazer ujm exame de sangue.Mas aquilo já era muito para a minha cabeça, e
eu nem havia falado para os meus pais que tinha transado com ele.Além
do mais, a AIDS naquela época era muito rara em um mulheres.



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Autor(a): Luana

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Apesar de tudo, eu estava "livre" outra vez.E naquele ano de 1988 foi um dos melhores da minha vida, talvez porque fosse o ultimo ano da escola, talvez porque fosse o ultimo ano sem o fantasma da AIDS.Mas, com certeza, porque mais do que nunca eu estava perto dos meus amigos e aquilo me trazia uma felicidade enorme.Hoje passo horas me lembrando de tudo.Da gente sen ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • luanauckermann Postado em 03/06/2012 - 23:05:14

    Gente .. se tinha alguém que lia a web desculpa não ter acabado ela por aqui ''/ Bom mais quem quiser lê-la por completo é só procurar a comunidade no orkut :D

  • mconde Postado em 01/03/2011 - 00:24:38

    aaaaaaaaah! você tem que continuar postando, é mara sua web *-*

  • janaynazika Postado em 28/12/2010 - 23:08:30

    A história é baseada no livro? Pow, eu já li o livro e gostei bastante! =D
    Posta mais.


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