Fanfics Brasil - De volta ao passado The Way I Loved You

Fanfic: The Way I Loved You


Capítulo: De volta ao passado

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E se um dia, de repente você voltasse ao passado. Não a um, dois ou três anos, mas há 745 anos. Onde reis e rainhas comandavam suas populosas terras. Onde as lindas princesas esbanjavam vestidos incríveis, e bravos cavalheiros lutavam ardentemente em grandes guerras. Annelise está prestes a descobrir tudo isso.


Agora mais do que nunca eu me sinto perdida, sem ter para onde corre ou fugir. Estou pela primeira vez encurralada. Não tem para onde ir. Eu tento gritar, mas não tenho forças. Tento corre, mas minhas pernas já não me obedecem. Eu queria poder chorar, como eu sempre fazia diante de um problema, mas agora as lágrimas cessaram, e no lugar delas uma dor insuportável tomou conta da minha alma.



Defying Gravity - Glee Cast
Faithfully - Glee Cast
Listen - Beyonce
Please Remember - Leann Rimes
Lifehouse - You and Me



O coração é ingênuo, mas mais ingênuo é quem tenta machucá-lo.


Meu primeiro amor, você é cada fôlego que eu tomo você é cada passo que eu faço.


 


 



Annelise Durand Roussel


 


O sol brilhava, os pássaros cantavam. Um ótimo dia para uma palestra no parque. Bem, não tão ótimo quando essa palestra é sua. Estava atrasada cinco minutos e ainda faltavam duas quadras para eu correr, se é que dar para correr com um salto de dez centímetros.
Assim que cheguei avistei uma senhora baixinha e gorducha. Estava vestida com um terninho preto e seus cabelos meio grisalhos estavam prestos em um firme coque no alto da cabeça.
- Senhora Kenns!_ Disse correndo em sua direção. - Desculpe o atraso, o taxi que eu havia chamado não veio então tive que vir a pé.
- Lamento Annelise,_ Ela deu um sorriso bondoso. - você estava demorando e tivemos que chamar Tasha para substituí-la. Afinal vocês estudam juntas não é mesmo?
Entenda assim. Eu e Tasha Manson estudamos história juntas, ela vivia tentando ser melhor do que eu de todas as maneiras conhecidas e desconhecidas pelo homem.
- Tudo bem senhora Kenns,_ Suspirei derrotada. - Fica pra próxima então.
- Conserteza querida._ Ela deu mais um sorriso e se retirou. Desviei meu olhar para o palco e avistei aquela ruiva falsa falando ao microfone. Seus cabelos eram muito frisados e compridos, mais uma de suas fracassadas tentativas de ser melhor que eu. Nós éramos muito diferentes, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Ela era alta e tinha um corpo bem definido que fazia questão de esbanjar, eu não era extremamente baixa e magra, mas tinha que olhar para cima para falar algo com ela. Seus olhos eram azuis e os meus? Castanhos. Ela acreditava em lógica eu no amor. Bem, acho que deu para perceber.
Não queria ficar ali vendo aquela vaca no meu lugar. Fui até o ponto de taxi e me sentei na beirada da calça já tirando os sapatos. Odeio, odeio, ODEIO salto alto!
Fiquei ali olhando para as pessoas que passavam. Do outro lado da rua uma mulher de mais ou menos da minha idade uns vinte e um anos corria apressadamente. Algo nela me intrigou e continuei a observá-la. Ela então parou e se virou para mim. Um frio percorreu minha espinha me fazendo estremecer. Pelas suas roupas ela parecia ser uma cigana, devia estar provavelmente fugindo de alguém. Então um sorriso se formou em seus lábios e ela colocou mechas negras de seu cabelo encaracolado para trás. A cigana olhou para os dois lados como se constatasse que não havia ninguém então ela novamente começou a correr mais de sua mão algo caiu, uma coisa prateada e pequena.
- EI MOÇA!_ Gritei correndo para atravessar a rua descalça. Muitos motoristas buzinaram e me xingaram de alguns nomes feios. Quando cheguei do outro lado me abaixei e peguei a "coisa" que caíra. Assim que o trouxe para perto percebi logo o que era. Um relógio de bolso, daqueles antigos. - MOÇA VOCÊ ESQUECEU..._ Mas quando eu olhei para rua não havia ninguém. Provavelmente deve ter entrado em alguma loja ou virado uma esquina. Coloquei o relógio na bolsinha que eu carregava.
Novamente atravessei a rua, só que desta vez com mais cuidado. Antes de eu chegar a outra calçada um menino de aproximadamente doze anos pegou minha sandália e saiu correndo.
- MOLEQUE VOLTA AQUI COM ISSO!_ Comecei a correr atrás dele. - POR FAVOR, ME CUSTARAM 550 DOLÀRES!_ Parei já não agüentando mais, apoiei as mãos no joelho arfando. - Por... Favorzinho? _ Mas quando olhei novamente o garoto já estava longe.
- ÓTIMO!_ Gritei levantando os braços. - ERA SÓ O QUE FALTAVA UM DELIQUENTE VIR E ROUBAR O SAPATO QUE CUSTOU TODO MEU SALÀRIO!
Uma senhora passando ao meu lado arregalou os olhos assustada e se afastou um pouco. Agora que eu havia percebido o papel de louca que estava fazendo, corei violentamente abaixando a cabeça e voltando pro ponto de taxi.
Eu não conseguiria ir embora a pé, até chegar ao meu apartamento que devo acrescentar que é seis quadras daqui, meu pé já teria sido mutilado. Mas, também que motorista pararia para uma garota que estava completamente descabelada, suando, e descalça? Nenhum com a sanidade perfeita.
Comecei a andar devagar e olhando onde estava pisando até avistar uma sapataria. Suspirei aliviada e entrei logo indo em direção a uns chinelos. Eu tinha somente nove dólores, o que se comprar com nove dólores? Foi então que eu vi a certeza que meu dia estava sendo uma merda, na minha frente estava nada menos e nada mais um chinelo rosa pink de bolinhas amarelas custando nada mais e nada menos que nove dólores.
Paguei minha crucificação e sai da loja.
- Pelo menos não pode ficar pior._ Logo depois me arrependi amargamente de ter dito isso. Um taxi passou numa enorme poça d`água bem na minha frente me fazendo ficar totalmente molhada. - Eu_ Cuspi a água que havia entrado na minha boca. - vou me matar!


 



- Lar doce lar! _ Disse ao chegar à frente de um prédio de tijolos vermelhos que estava velho e pichado. Abri e entrei. Após fechar a porta e me virar para ir para meu apartamento que ficava no segundo andar me deparei com um gato preto me olhando atentamente com aqueles olhos amarelos feios e esbugalhados. - Sai,_ Dei um leve empurrão no monstro com o pé e ele chiou. - sai, sai gatinho!_ Ele chiou mais alto e mostrou os dentes.
- Quem está incomodando o Sr. Odenion?_ Uma mulher com a cara ossuda apareceu no fim do corredor vindo correndo em direção ao gato pegando-o no colo. - Essa menina malvada estava te maltratado é bebê?_ Ela se virou e foi andando para seu apartamento sem dizer nada.
- Cara de cavalo!_ Mostrei a língua e ela entrou no batendo a porta com força.
Subi as escadas de dois em dois degraus até chegar ao meu andar. Fui correndo em direção ao meu apartamento e entrei o mais rápido possível. - Salva finalmente.
Joguei minha bolsa em um canto qualquer e corri para o banheiro tirando a roupa e entrando no chuveiro.
- Que coisa maravilhosa._ Disse ao sentir a água ir em contado a minha pele.
Eu poderia ter ficado ali o dia inteiro, mas eram dez horas da noite e eu tinha que ir cedo para a casa de meus pais.
Coloquei uma calça de moletom velha e um blusão. Pelo o que disseram no jornal a temperatura iria cair muito de madrugada.
Fui até minha cama e me deitei de baixo das cobertas. Toda vez que eu mexia a cama fazia um tremendo barulho. Mas, eu estava acostumada, era fechar os olhos e... Uma música começou a tocar alto no apartamento ao lado e um cachorro começou a latir. Sabendo que não conseguiria dormir me levantei a procura do interruptor, mas acabei tropeçando em algo, olhei para o chão e com a ajuda da luz que vinha da janela avistei minha bolsa e logo me lembrei do relógio.
Abaixei-me e tirei o relógio de dentro da bolsa, fui até minha cama e me sentei e novamente ela rangeu. Comecei a olhar o relógio mais atentamente, o virei e vi que atrás dele havia escrito as seguintes iniciais: "A. D. R.". E logo abaixo vinha escrito: "Vous êtes tous l`air que je respire, mon premier amour pour toujours."
- Que diabos isso significa?_ Sussurrei intrigada. Levantei-me novamente e peguei meu notebook que estava na mesa perto da porta. Um presente do meu pai para o começo da faculdade. Pesquisei a frase no Google e adivinha? Nada.
Então um milagre aconteceu. A música parou.
Guardei o notebook e deitei dormindo instantaneamente.


Na manhã seguinte acordei e me arrumei para ir para a casa de meus pais, levando o relógio comigo, aquela frase me intrigava, queria descobrir o que significava talvez meu pai possa me ajudar, afinal aquilo parecia ser francês e meu pai era francês, falava fluentemente ao contrario de mim que não sabia nada.
-É aqui senhorita?_ O motorista disse me despertando do transe.
Olhei pelo o vidro do caso e suspirei. Era uma casinha amarela bem simples. Meus pais eram pobres, mas as pessoas mais felizes que eu conhecia.
- É sim, muito obrigada._ Entreguei o dinheiro ao homem e sai do carro correndo até a porta. Toquei a campanhinha e nada. Toquei mais cinco vezes seguidas então ouvi uma voz rouca de homem lá de dentro:
- Estou indo! Calma!_ Então a porta se abriu mostrando um homem claramente acima do peso vestindo uma camiseta engraçada. Seus cabelos eram castanhos, mas salpicados de fios brancos.
- Papai!_ Pulei e o abracei forte.
- Anne querida!_ Ele me soltou e começou a me examinar. - Como você mudou dês da ultima vez que te vi. Parece até maior.
- Há! Muito engraçado._ Ele se virou me dando passagem, assim que entrei em casa senti a costumeira sensação de lar, tirei meu casaco bege e coloquei-o no cabide.
- Annelise querida é você?_ Uma voz feminina disse da cozinha. Corri até lá e avistei minha mãe, uma mulher de quarenta anos em boa forma, ela tem cabelo platinado e comprido. Ela se virou pra mim e tirando seu típico avental florido e correu para me abraçar.
- Como eu estava com saudades Anne!_ Ela me soltou expondo os olhos castanhos marejados. - Você está linda meu anjo!
- Igualzinha ao pai!_ Meu pai apareceu na cozinha dando leves tapas na grande barriga e estufando o peito.
- O que você quis dizer batendo nesse barrigão?_ Arqueei as sombras celhas e ele fez cara de inocente. - Em falar nisso mamãe! Onde foi parar a dieta controladora do papai?
- Como se médicos pudessem controlar esse homem._ Ela riu indo em direção a ele que tentava furtar uma batata frita escondido, mas foi pego no flagra e mamãe deu um tapa em sua mão. - Nada de fritura para você!
- Mas você não disse que não dar para me controlar!
- Eu disse que médicos não podem controlá-lo,_ Ela foi até o armário pegando talheres - eu posso.
- Isso não é justo!_ Ele fez cara de indignado e voltou para a sala onde devia estar assistindo beisebol, ele sempre vê nos domingos.
- Precisa de ajuda mamãe?_ Perguntei.
- Não querida! Pode ir ficar com seu pai, chamo os dois daqui a pouco.
- Tudo bem então. _ Dando meia volta fui para a sala onde como eu havia previsto meu pai assistia beisebol. Coloquei a mão no bolso da calça sentindo o relógio, peguei-o e fui em direção ao meu pai.
- Papai, pode traduzir para mim?_ Me sentei ao seu lado entregando o relógio a ele que o examinou. - Acho que está em francês.
- Sim, sim está._ Ele sorriu para mim me entregando o relógio. - Significa "Você é todo o ar que respiro, para sempre meu primeiro amor".
Senti um vazio no estomago. Aquela frase me era conhecida, não sei de onde nem porque, mas eu já ouvira antes.
- Papai._ Disse quando uma coisa me veio na cabeça. - você se arrepende de ter largado a faculdade, para se casar com mamãe?_ Ele me encarou.
- Sua mãe estava grávida querida, eu não podia abandoná-la.
- Eu sei!_ Coloquei uma mecha do meu cabelo castanho para trás da orelha. - Mas é que você podia ter continuado não podia?
- Meu anjo, eu não trocaria a vida que eu tenho hoje ao lado de vocês por nada neste mundo. Lembre-se ok?_ Ele me deu um beijo na testa.
- Venham almoçar!_ mamãe gritou.
- Se nós demorarmos ela irá pirar, então vamos lá.



- Cuide-se querida!_ Minha mãe gritou da varanda enquanto eu entrava em mais um taxi.
Acenei para ela e disse ao motorista aonde ir. Depois de uns 20 minutos estava novamente no prédio de tijolos. Paguei o homem e subi para meu apartamento correndo.
Depois de tomar banho e dar uma ajeitada no apartamento fui me deitar.
"Você é todo o ar que respiro, para sempre meu primeiro amor". Essa frase ecoava em minha mente a cada minuto


 


 



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Autor(a): luizamori

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