Fanfic: Espelhos da Alma
Never Gonna be Alone - Nickelback
- Mãe eu já falei que eu carrego pra você, me dá isso aqui!_ Disse tomando uma das sacolas de supermercado lotadas que minha mãe carregava.
- Querida está pesada! Tem certeza que quer levar mais essa?_ Minha mãe me fitou com seus olhos castanhos avermelhados que eu tanto amava em quanto atravessávamos a ponte deserta. Cada uma com seis sacolas agora.
- É claro que tenho Charlotte!_ Só a chamava pelo nome quando estava irritada ou brava.
Enquanto atravessávamos algo extremamente estranho aconteceu. Vultos pretos de todos os lados começaram a contornar a ponte. Eu parei na hora observando o que acontecia, mas parece que eu era a única que estava vendo aquilo.
- Está tudo bem Rachel?_ Minha mãe me perguntou preocupa.
- Não mãe, não está nada bem._ Continuei a olhar os vultos. Eu reconhecia aquilo._ Mãe corre!_ Falei baixo.
- Por favor, vamos._ Puxei-a pelo braço e comecei a correr e ela somente me seguiu. Continuei a olhar os vultos. Comensais. Mais não poderia ser nada disso é real e mesmo que fosse Voldermort já morreu. Agora eu não via mais nenhum vulto. Parei e continuei a observar tudo e estava normal, devia ser coisa da minha imaginação.
- Pode me explicar o que aconteceu aqui Rachel? _Minha mãe tinha uma expressão assustada más, ao mesmo tempo nervosa. Eu estava prestes a responder quando ouve um tremor, eu e minha mãe seguramos nas bordas. Olhei para os lados, más, não havia ninguém nas ruas. Quando a ponte se partiu. Nós caímos dentro do rio, Minha mãe segurou minha mão assim que tocamos a água deixando as compras caírem primeiro. A água estava extremamente gélida. Não conseguia respirar direito, foi quando avistei um tronco. Rapidamente me agarrei a ele e minha mãe seguiu meu exemplo. Quando olhei novamente para ponte que não estava longe vi uma mulher. Seus cabelos eram extremamente negros e encaracolados, estava vestindo uma roupa engraçada e preta.
Quando eu olhei para sua mão eu vi a coisa que eu desejara toda minha vida. Uma varinha. Ela apontou para minha mãe e gritou:
- Avada Kedrava._ Então um forte jato de luz verde atingiu minha mãe no peito. Ela estava agora com os olhos arregalados e escorregando. Com meu reflexo a segurei assim que ela se soltou.
Olhei novamente para ponte que agora estava vazia. Tentei ver alguma maneira de chegar à margem, então localizei um homem, um senhor para dizer a verdade. Com uma pouco de voz que me restava eu gritei:
- Socorro! Senhor aqui!_ O homem se virou para gente e com uma cara de espanto pegou o celular e discou para alguém. Por favor, que seja pro corpo de bombeiros.
Dez minutos depois viaturas e ambulâncias chegaram. Jogaram uma bóia para mim, enquanto uma mão segurava minha mãe à outra agora estava na bóia. Logo chegamos à margem. Pessoas me separaram de minha mãe enquanto eu gritava desesperadamente. Levaram-na para dentro da ambulância e tentaram reanimá-la, más eu sabia que era impossível. Ela havia partido.
Contei para os policiais a historia, retirando a pare que aquela mulher matou minha mãe com uma maldição imperdoável, sabia que não acreditariam em mim mesmo. Eu não chorei. Por algum motivo as lágrimas ficaram entaladas em minha garganta e eu só conseguia sentir uma dor terrível no peito.
Depois de uns minutos um dos bombeiros apareceu do meu lado. Sua expressão era de tristeza e a olheira demonstrava que ele não dormia há horas.
- Senhorita? _ Ele perguntou.
- Klaus. Rachel Klaus._ Eu me surpreendi como minha voz parecia normal.
- Então._ Ele parecia buscar um jeito de me dizer aquilo._ Lamento informar que sua mãe morreu. Não sabemos a causa, más talvez o choque tenha dado uma parada cardíaca, más não sabemos dizer.
Ele se virou e saiu. Agora a dor era mais aguda, machucava mais. Depois de um tempo ele me levaram para casa. Eu não informei que eu, minha mãe e minha irmã mais nova moravam sozinhas, pois meu pai havia morrido há anos.
Assim que abri a porta uma garotinha com os cabelos extremamente loiros veio correndo em minha direção. Eu somente a peguei e a abracei imaginando como contaria tudo para ela.
- Rachel cadê a mamãe? Ela não veio com você?_ Seus olhinhos castanhos brilhavam. Ela tinha os olhos dela. Meu coração apertou de novo. Ela só tinha sete anos como eu contaria para ela que a mãe morreu? Que agora estávamos sozinhas?
- Meu bebê, eu tenho que te contar uma coisa. Eu quero que você seja forte ok?_ Ela só afirmou e no lugar de um grande sorriso estava uma expressão de preocupação. Eu odiava ter que fazer isso. Ter que mandá-la amadurecer antes da hora. -Então, aconteceu uma coisa muito triste hoje com a mamãe..._ Eu não conseguia continua, o caroço em minha garganta me impedia de falar.
- O que aconteceu com mamãe Rachel?_ Fiquei observando seus traços, ela era tão lindinha. Éramos exatamente diferentes. Ela tinha os cabelos loiros e olhos castanhos eu já tinha cabelos castanhos e olhos azuis.
- Meu amor, a mamãe foi embora._ Fiquei um tempo esperando a sua reação, ela parecia formular o que eu disse.
- Ela morreu Rachel? Foi isso?_Uma lágrima desceu por sua bochecha rosada.
- Foi meu anjo. Foi isso._ Agora lagrimas já desciam de meus olhos. Eu tinha acabado de me tocar no que havia acontecido de verdade. Minha mãe não estaria aqui. Nunca mais. Eu não teria ninguém para acariciar minha cabeça e dizer que ia ficar tudo bem. Eu não teria mais seus olhos me olhando como se eu fosse uma jóia rara. Eu nunca mais a veria.
Lana me abraçou forte e eu retribui.Então ela me olhou nos olhos, enxugou as lágrimas, colocou uma expressão séria no rosto e falou:
- Maninha, como a gente vai ficar?_ Essa pergunta me pegou de surpresa. Não tínhamos família nem parente, e eu não queria que fossemos para um orfanato ou para um casal qualquer, e nem que fossemos separadas.
- Eu não sei. Mais vou dar um jeito._ Fomos para nosso quarto e ficamos deitadas juntas. Esperei ela adormecer e fui até minha estante. Num canto havia uma pilha com sete livros. Coleção Harry Potter, eu estava no ultimo. Outra vez. Peguei- o e me sentei na cama para poder ler, Passei o dedo levemente sobre a capa e abri.
Fiquei lendo durante um tempo. Depois decidi dormir, dei um beijo na testa de Lana e me deitei.
Acordei com um estrondo. Pulei da cama e fui até a janela. Estava lá uma mulher com os cabelos negros, corpo escultural. A mulher da ponte. Ela estava acompanhada de dois homens grandalhões. Ela falava algo com eles, mais eu só ouvia partes como: "Pegue ela." "Não a deixe escapar desta vez seus incompetentes." Um calafrio percorreu por minha espinha. Fui até Lana e abaixei para poder falar com ela.
- Lana acorde tem alguém aqui._ Ela abriu um de seus olhos._ Vá para de baixo da cama e não saia de lá até eu mandar._ Ela não perguntou, somente me obedeceu e foi. Fui até a porta e a tranquei. Fui correndo até a cama, más antes que eu chegasse lá à porta foi aberta e os três entraram, para que não vissem Lana parei e me virei para eles.
- Vejamos quem está aqui. A grande salvadora. - Disse a morena com deboche._ Pensei que fosse mais alta._ Está bem eu era baixinha, más não era precisava zoar.
- Sua mãe não lhe ensinou a bater na porta não querida?_Ela simplesmente ignorou meu comentário._ O que querem aqui?_ Tentei manter a voz firme, sem grandes sucessos.
- Queremos você.
- Mas porque eu? Sou somente uma trouxa!_ Então existem gente que corre atrás de trouxas insignificantes à toa? Só por diversão?
- Ah, então você não sabe da profecia?_ Perguntou um dos homens. Provavelmente um jegue da vida.
- Cale-se Dimitre!_ A mulher virou a cabeça para ele e lhe lançou um olhar mortal.
- Me perdoe Mileide._ Ele somente abaixou a cabeça. Aquele cara não é homem não? Com medo de uma mulherzinha de quinta!
Ela virou- se e caminhou até mim. Quando chegou perto eu pude ver que seus olhos eram exatamente como seus cabelos, negros, cheio de maldade e dor. Com a ponta dos dedos finos tocou minha bochecha quente. O seu toque me fez estremecer, sua mão era incrivelmente gélida.
- Vou brincar um pouquinho com você bonequinha._ Ela deu a volta em mim e pegou uma mecha de meus cabelos castanhos._ Cabelos lindos._ Então ela estava novamente na minha frente. Segurou meu rosto com força, "delicada"._ Olhos azuis, muito bonitos.
- Realmente._ Respondi._ Más não são seus._ Pretendia irritá-la ao máximo! Se eu morrese? Pelo menos morreria infernizando ela.
Então ela me soltou e puxou alguma coisa da manga. Uma varinha. Muito bonita, deveria ter mais ou menos 31 cm, era marrom escuro e tinha leves desenhos contornando ela toda. Apontou para meu peito. Senti minhas pernas bambearem e o suor frio começar a descer.
- Crucio._ Então eu senti uma dor terrível._ Vamos ver quem é a melhor agora querida._ Me lembrem de uma coisa quando eu for enfrentar vilões malvados? Nunca, nunca mesmo, devo irritá-los. A dor era simplesmente insuportável, não conseguia pensar, soltando um grito de dor eu cai no chão. Segundos depois a dor cessou mais meu corpo parecia ter sido colocado no espremedor de batata, eu simplesmente não conseguia mexer um músculo. Olhei para seu rosto que continha um sorriso vitorioso. Más, não iria ser tão fácil quanto ela imaginava.
- Você é realmente muito educada._ Respondi num fio de voz._ Entra na minha casa e ainda me tortura. Para que? Por diversão?
- Cale sua boca, trouxa imunda._ Disse com o rosto totalmente vermelho de raiva._ Quando eu digo totalmente, quero dizer totalmente mesmo. A mulher parecia mais um pimentão!
- A boca é minha, falo o que bem entendo vadia!_ Epa! Acho que a estressei de mais. Ela olhou para mim seu rosto mais vermelho do que antes e grunhiu. É minha gente, a mulher grunhiu.
- Crucio._ Disse novamente. E a dor começou de novo, eu queria gritar para que alguém me matasse más nem para isso eu tinha força. Então outro estrondo aconteceu. Dois homens entraram no quarto. Um deles era muito alto, seus cabelos eram cor de fogo, espera eu conheço esses cabelos ruivo, o outro era ligeiramente mais baixo, quer dizer, bem mais baixo que o ruivo, seus cabelos eram mega atrapalhados, usava óculo redondos, e o que mais chamava atenção nele era uma cicatriz em forma de raio na testa, ah não, também conheço essa cicatriz.
- Dois! Que sorte, o menino que sobreviveu e a escolhida. _Ela estava de costas para mim. Os homens grandalhões agora estavam indo segurar o tio ruivo e o tio da cicatriz, más, a morena levantou uma das mãos, no mesmo instante eles pararam. Os homens que acabaram de chegar estavam com a varinha em punho. Só me pergunto porque eles não atacaram logo. Quando a mulher viu que o ruivo iria atacar ela logo lanço um feitiço no homem que fez sua varinha voar e ele cair desmaiado. Onde a varinha voou? Sim, para o meu lado. Agora os dois morenos duelavam enquanto Dimitre e o grandalhão somente assistiam a luta. Estiquei o braço com a pouca força que tinha e segurei a varia na minha mão tremula. Respirei fundo e disse com firmeza:
- Estupefaça! _ Uma luz vermelha saiu da varinha e ricocheteou na mulher que voou para a parede. Eu não queria ver o que aconteceria depois. Somente virei a cabeça para de baixo da cama e vi Lana com os olhos vermelhos cheios de medo e terror. Dei um sorriso de que ficaria tudo bem e ela acalmou um pouco. Depois disso? Só escuridão.
Autor(a): luizamori
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