Fanfic: *Um amor para recomeçar* (VONDY) --> TERMINADA <--

Bem vinda gabialves28

Desculpem o sumiço amores, vou postar agora!!!

Como previra antes, a noite não estava sendo nada tranqüila para Christopher... pensar em todos os acontecimentos havia se tornado algo inevitável e perturbador nos últimos dias. Não sabia se conseguiria disfarçar o seu incômodo quanto aos comentários animados de sua mãe sobre o casamento... sim, sentia-se incomodado, e não era como antes agora era como se aquilo chegasse a irritá-lo, como se ele não quisesse mais casar! Céus mas por quê? O que estaria acontecendo com ele? Sensações que nunca havia sentido antes, medo do casamento... alguma coisa errada estava acontecendo... ele mesmo convencera Mai de que o casamento seria uma boa escolha e agora pediria à ela para desistir? Então estava realmente pensando em desistir do casamento... as coisas estavam se complicando mesmo, pensou. De repente se viu imaginando como seria a vida ao lado de Mai, tinha certeza absoluta que nunca teriam nada mais do que amizade e isso o intrigava mais ainda... por mais que respeitasse a amiga ele era homem e teria que satisfazer as suas necessidades, teria coragem de traí-la? Sempre fora contra esse tipo de coisa, principalmente em casamentos, mas e no caso deles? Mai também sentiria falta de uma companhia, será que ela conseguiria? Ainda mais que teriam um filho juntos... devia ter pensado nisso antes.... definitivamente essa noite iria demorar para terminar, pensou – levantou-se e resolveu sair um pouco para respirar...

Desceu as escadas e dirigiu-se até a cozinha, espantou-se ao ver uma pequena luz que vinha da copa e se aproximou... sorriu ao ver as mechas de cabelo ruivo que caiam sobre a parte de um ombro que se sobressaltava de trás da porta da geladeira que estava aberta...

- assaltando a geladeira hein! – falou ao mesmo tempo em que acendia a luz da cozinha o que fez ela se assustar...

- você quer me matar de susto é? (irritada) – ajoelhou-se ao chão e começou a juntar o que havia deixado cair...

- hei desculpa – preocupado – deixa eu te ajudar... – e ajoelhou-se de frente à ela...

- não preciso de ajuda... – ela ainda não tinha olhado diretamente pra ele...

- deixa de ser teimosa, cuidado com isso... – tirando das mãos dela uma compota de vidro que havia se quebrado e eles se encaram...

Christopher sentiu-se novamente com aquele leve formigamento pelo corpo que já estava se habituando a sentir quando estava perto dela... aquela alegria misturada à tensão combinando-se com os batimentos acelerados... era uma sensação boa, conclui – pressionou mais sua mão sobre a dela que tocava o chão e acompanhou o olhar dela que seguiu das mãos deles até encontrar o seu – era como se pudesse mergulhar no brilho daqueles olhos e ler tudo o que se passava na mente dela – sorriu levemente e sentiu um calor percorrer-lhe todo corpo quando ela correspondeu com outro sorriso... e foram levantando lentamente...

- acho que tá meio bagunçado aqui... – ele falou timidamente

- tudo bem, a Nice limpa depois  - afastando-se

- hei, você não precisa sair só porque eu cheguei, se você quiser eu... (interrompido)

- eu não vou sair, vou pegar os copos! – já com dois copos de vidro em mãos – servido?

- claro! – sorriu enquanto ela colocava uma garrafa de leite em cima do balcão e despejava o seu conteúdo nos copos...

- então você sempre faz isso? – ela foi para o outro lado do balcão e sentou-se em um banco enquanto ele permaneceu de pé, estavam de frente um pro outro.. – isso o que?

- assaltar a geladeira... – ela sorriu em meio a um gole de seu leite

- nem sempre... bom é que ultimamente não tenho conseguido dormir direito – já não sorria mais

- entendo – falou pensativo, o mesmo também acontecia com ele, na certa não seria pelos mesmos motivos, ela deveria estar acostumada com a sua casa em São Francisco e talvez estivesse estranhando um pouco a nova cidade, pensou – você acorda cedo né? – perguntou descontraído ao perceber que ela estava meio desconfortável...

- é... costume! – tentava ao máximo disfarçar seu nervosismo e pelo visto estava conseguindo – você também acorda cedo!

- é... tô criando esse hábito – meio sem jeito e sem entender o porque tinha dito isso – sabe, a gente não se falou direito desde ontem – ela enrijeceu – e eu queria te pedir desculpas... – relutante

- você já pediu ontem...

- eu sei, mas você poderia ter pensado que eu tinha dito da boca pra fora, então quero você saiba que é de verdade mesmo...

- tudo bem, não foi nada – sorriu tristemente e ele suspirou... como não foi nada? é claro que tinha sido alguma coisa... lembrou-se de tudo o que aconteceu... céus eles quase se beijaram, isso seria normal se ele não fosse o noivo da sua irmã, pensou...

- a Mai me viu hoje de manhã na varanda quando eu tava olhando pra você... – Dulce sobressaltou-se

- o que? – assustada

- foi ela comentou comigo hoje mais cedo – ele parecia tranqüilo – eu também não vi ela na hora...

- e o que ela disse? – agora já não escondia mais o nervosismo, a tranqüilidade com que ele lhe falava a deixava mais tensa ainda, então não fora nada de importante pra ele enquanto ela estava que nem uma boba se desesperando por nada...

- nada de demais... ela só comentou, e sugeriu que eu te acompanhasse – percebeu que ela ficara do mesmo jeito que ele quando Mai lhe dissera que o tinha visto... será que ela pensava o mesmo que ele... de repente sentiu-se invadido por uma onda de alegria... estaria ela sentindo também as mesmas sensações estranhas que ele? Aquele sentimento diferente de tudo o que ele já havia sentido antes... talvez eles tivessem o mesmo motivo para estarem aquela hora da noite na cozinha – ela acha que eu estou fora forma! – sorriso

- você não está fora de forma! – arrependendo-se imediatamente do que tinha dito...

Ele olhou para si mesmo e só então reparou que estava sem camisa... mas pelo visto ela já havia reparado primeiro... olhou para ela que parecia totalmente desconcertada, estava usando uma camisola de seda branca com renda no decote, desviou o olhar dessa área para não constrange-la e fitou o seu rosto novamente... como ela estava sentada não poderia ver mais que isso, mas tinha certeza que ainda poderia ver, sabia que a camisola era bem curta, notou quando chegou mas não se atentou muito a isso – ela fechou o hobby também de seda branca rapidamente e amarrou-o com um laço forte, o que fez ele despertar de seus pensamentos...

- acho que já está na hora... – se levantando e ele só então pode reparar nas belas pernas...

- deixa que eu te ajudo a guardar essas coisas! – pegando o que ela havia deixado em cima do balcão

Ela caminhou até a pia jogou as louças rapidamente e virou-se, mas não pode mais se mexer porque ele estava parado bem a sua frente bloqueando a sua saída...

- Christopher, me deixa... (interrompida) – estava entre ele e a pia

- Dulce a gente precisa... – aproximando-se do rosto dela

- não... – a voz dela saiu como um sussurro suplicante...

- eu sinto que há uma coisa estranha entre a gente, e eu sei que você também sente – ele sussurrava também...

- eu sei, mas não podemos...

- então você confessa? – estavam ofegantes – confessa que sente alguma coisa?

- eu não sei...

- acho que a gente precisa descobrir – Dulce lembrou-se do conselho que seu pai lhe dera...

- Christopher não... – fechou os olhos lentamente ao sentir os lábios dele tocando seu rosto, têmpora, bochecha, testa e quando ele ia descendo para a sua boca ela despertou... – para com isso, por favor – segurando um dos braços dele que estava apoiado na pia...

- eu só queria que você soubesse – tirou uma de suas mãos que tocava o rosto dela e deu um passo atrás...

- agora eu já sei... – se retirando

- não Dulce espera! – segurando levemente o braço dela – amanhã de manhã... deixa eu acompanhar você?

- acho que não é uma boa idéia... – ele soltou o braço dela lentamente

- por favor... eu vou me comportar, eu prometo – já tinha se recuperado da agitação que a proximidade com ela lhe causara...

- eu acordo às sete da manhã! – dando de ombros como quem diz “eu me rendo” o que fez ele sorrir

- eu acordo às seis – em tom desafiador

“eu duvido” – tudo bem, então te encontro no jardim – já havia se recuperado também, mas ainda estava nervosa como sempre ficava quando estava perto dele...

- combinado! – tentava olhar nos olhos dela, mas ela evitava o seu olhar...

- boa noite! – retirando-se em seguida

- boa noite... Dulce! – falou o nome dela para que nem ela e ninguém mais ouvissem a não ser ele mesmo, era como se pudesse tê-la para si mesmo que em pensamentos...