Fanfic: Alem da Vida... (...)
- Graças a Deus! Deus seja louvado! – Minha mãe dizia segurando um terço na mão e levantando as mãos para o alto.
Foi a primeira coisa que vi depois de acordar. Olhei as lágrimas que rolavam pelo rosto de minha mãe. Lágrimas de preocupação, que agora se transformavam, em alívio.
Tentei levantar mas meu corpo estava fraco demais.
- Está... tudo bem... mãe. – Eu disse. Ou ao menos tentei dizer. Minha voz saiu baixa e falhada; perguntei-me se minha mãe havia me escutado.
- Está sim querida. Tentei descansar está bem. Não se esforce pra falar.
Ela beijou minha cabeça e ficou ali do meu lado em silêncio. Minhas pálpebras pesaram, e eu cochilei por um curto período. Me acordei me sentindo bem melhor.
Fiquei no hospital por algumas horas, logo depois fui liberada. O médico dera algumas instruções para minha mãe enquanto eu não estava por perto. Fiquei irritada, - Porque ele não disse à mim? Tenho 17 anos, sei me cuidar sozinha. - Pensei.
Na saída do hospital minha mãe me encarava séria.
- Eu disse para tomar cuidado... – Ela disse olhando para frente.
- Mãe, eu não posso controlar minha pressão! E eu prometo que tomo cuidado da próxima vez.
- Que próxima vez?
- “Dããã”. O show... amanhã! – Eu disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Falando nisso, daqui a pouco eu vou garantir meu lugar na fila.
Minha mãe olhou séria pra mim, me repreendendo. Temi o significado de seu olhar.
A encarei incrédula.
- Você não sabe o que eu passei por você Milena ! – Seus olhos se enchiam de lágrimas. – Eu vim correndo pra cá o mais rápido que pude quando soube que você estava no hospital. Eu tive tanto... medo! Ver você deitada naquela cama, foi... horrível!
A raiva me dominou por um instante. Ela não podia me impedir de realizar meu sonho. Não mesmo.
- Está sendo ridícula mãe!
- Ridícula? Eu?! – Ela disse em um tom irônico. – Não sou eu quem “quase morre” por uma pessoa que nem ao menos sabe seu nome, nem ao menos sabe que você existe!
A encarei enfurecida. As lágrimas escaparam pelos cantos de meus olhos.
- Não tenho culpa se a minha irmã morreu! Eu só acharia que ao menos você deveria deixar de ser egoísta e deixar eu viver a minha vida. Sei me cuidar sozinha. – Disse praticamente aos berros.
Minha mãe me puxou pelos braços totalmente fora de si. Sua raiva se canalizou em dor. Eu sabia que havia tocado em uma ferida e me senti muito mal por isso.
Ficamos em silêncio até o apartamento alugado em que eu estava hospedada.
Minha mãe sentou no pequeno sofá da sala e colocou a cabeça entre as pernas para chorar. Me lembrou uma criança chorando. Ou pior... lembrou a mim. Eu faço exatamente isso quando estou triste.
- Mãe... Me desculpa “tá”? Eu sou uma idiota. A senhora é a melhor mãe do mundo, eu te amo.
Ela me olhou. Seus olhos sinceros me diziam que eu já estava perdoada. A abracei forte.
- Eu sinto tanta falta dela...
- Eu sei mãe... Eu também.
A dois anos, minha irmã caçula morreu vítima de atropelamento. Desde então, minha mãe me “superprotege”, temendo que aconteça algo de ruim comigo. O que, dizia ela, não suportaria.
Tentei achar um jeito de dizer a ela que não havia perigo se eu fosse. Mas ela não me ouviu.
Corri para o quarto e bati a porta furiosamente.
Deitei na cama, chorando. Pensando em um jeito de sair. Eu não podia deixar de realizar meu sonho, mas tinha medo de magoar minha mãe.
Cheguei a conclusão que o único jeito seria fugir.
Pesquisei se havia alguma janela no quarto. E havia. Mas ao menos que eu quisesse me suicidar pulando do 4º andar, aquela idéia estava descartada.
A única saída era a porta da sala. Esperei minha mãe pegar no sono, peguei minhas coisas e fugi.
Era muito tarde. Havia um ponto de ônibus próximo dali. Esperei alguns minutos, e nada. Resolvi pegar um moto-táxi.
Hesitei um pouco em “pegar um moto-táxi” aquela hora da noite com alguém desconhecido. Mas o motorista era um senhor de cabelos brancos, aparentada ter uns 50 anos, totalmente inofensivo.
No caminho, eu pensava em um milhão de coisas. Conferi mentalmente os itens indispensáveis que eu colocara em minha mochila, e felizmente não havia esquecido nada daquela vez.
Mentalizei o que eu diria para ele quando o encontrasse, “se” eu o encontrasse. Mas eu tinha muitas esperanças. Prometi a mim mesma que não iria chorar. Pois da última (e trágica) vez, eu mal conseguir ver seu rosto perfeito, pois as lágrimas embaçaram minha visão. Tentaria não parecer histérica, e faria o máximo para não tremer como “vara-bamba”. Eu queria olhar em seus olhos e lhe dizer tudo o que eu sinto do fundo de meu coração.
E foi quando tudo aconteceu. Uma luz branca veio muito forte em minha direção.
E´ tudo o que me lenbro daquele dia.
Autor(a): leninhas2
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Quando acordei. Estava deitada novamente em uma cama de um hospital. Minha mãe chorava ao meu lado, enquanto segurando o terço na mão, rezava.Dessa vez não tive dificuldades para me levantar. Eu estava muito disposta, como se nunca tivesse sofrido nenhum arranhão sequer em minha vida.Sentei na cama, mas minha mãe não mudou a r ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 22
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:20
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, posta maisssssssssssssss
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:20
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, posta maisssssssssssssss
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:19
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, posta maisssssssssssssss
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:19
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:19
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:18
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, posta maisssssssssssssss
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:18
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, posta maisssssssssssssss
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leninhas2 Postado em 03/01/2011 - 11:02:50
Se gostarem eu continuo...
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bruxinha Postado em 03/01/2011 - 10:52:53
1 leitora!
amei a sinopse!
posta mais -
bruxinha Postado em 03/01/2011 - 10:52:52
1 leitora!
amei a sinopse!
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