Fanfics Brasil - 4cap.".... Ou um Começo" Alem da Vida... (...)

Fanfic: Alem da Vida... (...)


Capítulo: 4cap.".... Ou um Começo"

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Quando acordei. Estava deitada novamente em uma cama de um hospital. Minha mãe chorava ao meu lado, enquanto segurando o terço na mão, rezava.
Dessa vez não tive dificuldades para me levantar. Eu estava muito disposta, como se nunca tivesse sofrido nenhum arranhão sequer em minha vida.
Sentei na cama, mas minha mãe não mudou a reação. Continuou rezando e chorando.
- Mãe! Tá tudo bem! – Eu disse. Mas ela pareceu não me ouvir. Fui dar-lhe um abraço e qual foi a minha surpresa quando meu braço atravessou seu corpo.
Gritei. Mas ninguém pareceu escutar.
Levantei da cama e me vi deitada nela, cheia de tubos de respiração e outros aparelhos. Não podia ser. Eu estava morta.
Cheguei mais perto “de mim”, ou melhor, do meu corpo. As lágrimas jorravam novamente dos meus olhos, com muita facilidade.
“Eu” estava muito pálida, como se não houvesse sangue correndo em mim. Olhei na máquina que registrava a freqüência cardíaca, e vi que meu coração ainda batia. Intriguei-me.
Se meu coração ainda batia, eu não estava morta.
- Estou apenas sonhando... – Eu repeti pra mim mesma. – E quando eu acordar tudo vai ser como era antes.
Deitei sobre meu “corpo”, e fechei meus olhos, esperando que eu acordasse daquele “sonho”. Passaram-se horas e o sono não vinha. 
Tive medo de levantar dali e ver que tudo aquilo era real. Mas eu não podia ficar ali para sempre, eu tinha que fazer algo. Eu só não sabia o que.
Levantei-me lentamente e vi meu corpo ainda deitado, pálido, sem vida.
Minha mãe não chorava mais, mas seus olhos escondiam uma dor terrível. Eu sabia como era, ela disse que não suportaria isso outra vez. Tudo que eu mais queria naquele momento era abraçar-lhe e dizer que está tudo bem.
De repente, me veio um desejo repentino de ir para casa.
Eu sabia que não ajudaria em nada, mas era o lugar em que eu me sentia mais segura no mundo. Fechei os olhos, e quando eu os abri, eu estava em casa.
Fiquei muito assustada no início. Mas as poucos fui me acalmando. Como era bom estar em casa. Embora houvessem passado apenas dois dias, parecia ser uma eternidade pra mim.
Tudo estava muito silencioso. Perguntei-me onde meu pai estaria.
Fui até o quarto de meus pais e o vi, ajoelhado em frente a uma foto de Jesus, rezando.
Meus olhos se encheram de lágrimas novamente.
Meu pai nunca foi de rezar, nem de ir a igreja. Ele se diz cristão, mas só ia em missas de preceito quando minha mãe o carregava obrigado. Suas palavras abriram uma ferida muito grande em meu coração.
“Querido Jesus, eu não sei rezar, me perdoe. Eu peço perdão também por te procurar apenas para pedir um favor, mas esse é muito importante. Por favor. Minha filha está sobrevivendo por aparelhos, eu não quero que ela morra senhor, não mesmo...”
Ele chorou. Meus joelhos ficaram bambos e eu caí, aos prantos.
- Eu te amo pai... – Eu disse em voz baixa.
Eu e meu pai nunca nos relacionamos muito bem. Como ele trabalhava o dia todo, eu só o via de noite, mas logo íamos dormir. Ele sempre se esforçava tanto para garantir uma boa vida a mim e a minha mãe, mas ele não vivia sua própria vida.
Mesmo não nos falando muito, eu sabia que ele me amava, e eu o amava também. Mas nunca fui capaz de dizer isso a ele. E agora era tarde demais. Mesmo se eu gritasse a plenos pulmões ele não me ouviria.
Esse era meu problema; eu sempre tive muita dificuldade de olhar nos olhos de alguém e dizer que a amava. Talvez fosse por isso que isso me doía tanto.
Corri para o quintal de casa, aonde havia um balanço antigo de pneu que meu pai construíra para mim quando eu tinha 5 anos. Eu sempre ia ali para pensar; pode parecer louco, mas balançar me fazia pensar melhor.
Tentei sentar no balanço, mas caí no chão. Eu havia esquecido que era um espírito.
- Que ótimo! – Eu pensei, sarcasticamente.
Sentei-me colocando a cabeça entre as pernas. Tentei organizar minhas idéias. Tentei achar um propósito naquilo tudo. Devia haver um propósito. Ou ao menos eu esperava que houvesse.
Pensei nele. Pensei na chance que eu perdi de conhecê-lo. Minhas lágrimas que haviam secado a alguns segundos, novamente começavam a cair.
Me concentrei nele. Eu prometera a mim mesma que não morreria antes de dizer a ele o que eu sinto. E agora estava tudo perdido.
- Se ao menos eu pudesse estar com ele agora... – Fechei os olhos e desejei com toda força do meu coração.


Continua...



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Autor(a): leninhas2

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Comentários do Capítulo:

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  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:20

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, posta maisssssssssssssss

  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:20

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  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:19

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  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:19

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  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:19

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  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:18

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  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 11:13:18

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  • leninhas2 Postado em 03/01/2011 - 11:02:50

    Se gostarem eu continuo...

  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 10:52:53

    1 leitora!

    amei a sinopse!


    posta mais

  • bruxinha Postado em 03/01/2011 - 10:52:52

    1 leitora!

    amei a sinopse!


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