Fanfic: A Dama De Luxo ♥ AyA ♥

 Desliguei, me arrumei e fui para a sala. Escutei vozes e caminhei até a sala de jantar onde estava sentado Roberto e Priscila.

-Bom dia – disse ele – Dormiu bem?
-Sim!
-Sente-se e coma.

Não pensei duas vezes e sentei. Estava morrendo de fome e a mesa estava cheia de coisas deliciosas que definitivamente me tiraria do regime.

-Estava falando para a Mariana que ela irá hoje com a esposa do Henrique para o shopping.
-E eu?
-Você – sorriu ele – Irá a casa dos Herrera.
-O que irei fazer lá?
-Simples. Quero que ganhe a confiança do Alfonso. Percebi ontem que a sua beleza e carisma o encantou.
-O que quer dele? –perguntei curiosa – Melhor...O que quer da família dele pagando duas mulheres para fingir ter uma família ?
-VANESSA –gritou brava Priscila.
-Desculpa se foi insolente a minha pergunta, mas preciso saber no que eu estou trabalhando.
-Percebo que a sua curiosidade é grande, mas contarei para você. Henrique sempre foi um homem rico desde de criança e éramos amigos. Ele nunca coloca fé em mim nos negócios sempre achando o superior em tudo e em todos. Viajei para Inglaterra para aperfeiçoar ano passado na área de administração e com a intenção que ele me chamasse para ser sócio dele na empresa – ele se levantou – Quando voltei ele arrumou umas desculpas, dizendo desculpas superfulas que não chegam ao caso e tive a idéia de falar para ele que no tempo que passei na Inglaterra havia me casado. Ele nunca acreditou! – riu – Mas ao ver vocês duas ontem na festa, a forma que ele me tratou já foi outra. Eu quero que ele confie em mim mais e mais.
-Mas confiança é algo que não podemos dá para você. – disse
-Claro que pode. Não é a toa que falam que vocês são as melhores.
-E você quer o que de nós?
-Conquistando a amizade da esposa dele e fazendo o filho dele se APAIXONAR pela minha filha.

NÃO GOSTEI!

-Eu irei fazer a Gabriela ser a minha melhor amiga. Descobrirei segredos íntimos dela para ajudar você – a Priscila começou a rir – Claro que se pagar muito bem.
-Dinheiro não é problema.
-Então é só fazer ele se apaixonar por mim? – perguntei.
-Não, meu bem! – disse ele com as mãos no meu queixo. – Quero que descubra algum podre dele para o pai dele se decepcionar. Drogas, vícios, TUDO.
-Eu faço ele se apaixonar por mim. – sorrir – Descubro tudo e como você vai fazer para dizer o nosso sumisso depois?
-Falarei depois que ele assinar passando parte da empresa para o meu nome. Falarei que brigamos, separamos e que vocês viajaram.
-E se descobrirei? – perguntei
-Ninguém irá descobrir! Agora terminem de tomar café que o motorista levará vocês para o encontro da família Herrera.

Nós tomamos café e depois o motorista que era um senhor que usava um terno branco. Parece com o senhor que trabalha com Douglas o Mal alguma coisa da Usurpadora. É, eu assisto novelas mexicanas. Aliás, curto aqueles dramas e aquelas cenas de tão mal feitas se tornam boas.

-Bom dia! – falei para a moça que trabalha na mansão Herrera
-Bom dia!
-O Poncho está? - falei sorridente.
-Está lá em cima. Sente que vou avisar.
-Posso subir – sorri – quero fazer uma surpresa.
-Acho que não vai ter problema. Pode subir!

Subi as escadas arrumando meu cabelo e arrumando a minha blusa para acentuar o decote que mostrava os traços dos meus seios. Ao chegar no corredor escutei vozes dele e de outro garoto.

 -Cara eu não sei o que era aquilo.
-Agora eu quero conhecer ela. – falou o homem que estava com ele.
-Eu vou apresentar ela... – bati na porta o interrompendo.

Ele me olhou com um ar de assustado e para disfarçar deu aquele sorriso que eu derreti por dentro.

-Vanessa – disse ele se aproximando.
-Oi! Eu falei com a moça lá de baixo e ela disse que podia subir. Espero não ter feito mal.
-Não, no fez. Entra aqui – eu caminhei até ele e o amigo dele me olhava.

O amigo dele era alto com os cabelos loiros, com ombros largos, pele clara...um cara do tipo que a Dulce gosta. AH MEU DEUS fui morrer!

QUE BUNDA É ESSA.

Não sei explicar o que é isso. Parece que tinha duas almofadas daquelas bem fofa na bunda dele de grande que é. Aja talco que mamãe passou nessa bundinha. Eu definitivamente AMEI a bunda dele!

VOLTANDO...Eu olhei para os dois que me fitavam sem falar uma palavra. Juro que me senti nua eles me olhando.

-Algum problema na minha roupa? Eu estou com um alface nos dentes?

Os dois olharam para mim rindo.

-Você está linda! – falou Poncho.
-Que honra escutar um elogio logo cedo – Vai ser mole conquistar ele. – Não vai me apresentar o senhor bunda grande?

Estou me controlando para não rir com os olhos arregalados e a cor vermelha que se tornou o rosto dele. Realmente isso não foi nada delicado da minha parte.

-Desculpa – falei rindo – Mas é que sinceridade é meu forte e não pude deixar de notar.
-Percebo que a filha do Roberto é um tanto direta. – falou o menino.
-Eu? Imagina! Sou um poço de timidez e foi impulso falar do modo que falei. Vanessa – estendi a mão.
-Christopher.

 -E aí Vanessa vai fazer o que hoje? – perguntou o Poncho entrando entre eu e o Christopher.
-Bom...contando que a única pessoa que conheço na cidade são os dois, sua mãe pediu para eu vir passar o dia com você. Espero que não tenha problema!
-Não há – disse ele
-O que acha de irmos para piscina? – perguntou o Christ

Piscina não dá e bem que eu queria no calor que está fazendo. Minha peruca não permite.

-Não posso tomar sol – falei.
-Também com essa pele branquinha – falou o Poncho – Que tal jogarmos vídeo game?
-É coisa de menino, vídeo game – falou Christopher dando um tapa na cabeça de Poncho. Delicado, ele! Bruto igual a Dulce.
-Tem de corrida – falei me sentado na cama surpreendendo os dois -Adoro corrida de carro.
-Você gosta? – perguntou Poncho surpreso.
-Parece que temos mais coisas em comum que você imagina.

Jogamos vídeo game e eu sempre perdia. Até que os dois ficaram jogando e eu fiquei só a olhar. O que será que a Maite e a Dulce estão fazendo nessa manhã de sábado? Devem está na praia, tomando açaí, ficando com alguns gatos.

-Vanessa, você está com fome? – perguntou o Poncho
-Um pouco.
-Maria já está preparando a mesa para almoçarmos.
-Fala sobre você, Vanessa. Além de vídeo game o que você gosta mais?
-Fresno, adoro parques de diversão, muitas coisas. Mais e vocês?
-Eu adoro muita coisa. – disse Christ balançando a cabeça
-Disse tudo ele – falei rindo – Namorada você tem Christ? Porque o Poncho só tem rolos pelo que já soube.
-Bom...andou perguntando ao meu respeito?
-Não se gabe, só sei devido as roupas de mulheres que você guarda no closet.
-Com as roupas que ele guarda dá para fazer uma bazar.
-São tantas assim? – perguntei surpresa.
-Vamos mudar o rumo da conversa.
-Só porque está ficando legal.
-E lá na Inglaterra como que era? – perguntou Poncho
-Legal, mas nada melhor do que seu país.
-Você perguntou se temos namorada e você tem?
-Namorada? – ri – Não tem namorado, sou uma garota que estou a procura do homem certo.

 -O príncipe no cavalo branco? – perguntou Christ rindo.
-Claro que sim – e sim vir numa Ferrari preta, melhor ainda. – Ou vocês não acreditam no amor? Nunca se apaixonaram.
-Sou novo demais para me apaixonar – falou Christ.
-Novo? Qual é sua idade criança?
-20 anos.
-E depois diz que é novo. E você, Poncho...Nunca se apaixonou?
-Ando procurando a garota certa.
-Hummm...e encontrou?
-Ainda não.- disse ele me olhando.

Olhar pra aqueles olhos é a mesma coisa de algo me hipnotizar e ficar boba ao mesmo tempo.

-O almoço está na mesa. – disse Maria aparecendo na porta do quarto, atrapalhando aquele momento.

Almoçamos animados até que o telefone do Poncho tocou e ele ficou lá um tempão. Deve ser namorada ou algo do tipo.

-Você faz faculdade? – perguntou Christ
-Não! Eu vou começar um projeto de viajar e conhecer as cidades.
-Nos fins de semana?
-Não, nos dias de semana.
-E essas viagens é para quê?
-Ajudar o povo sofrido do Nordeste – espero que essa Desculpa cole.
-Nobre da sua parte.
-Temos que ajudar o próximo.
-Raro uma garota da sua idade pensar assim. A maioria das meninas que eu e o Poncho anda são todas superfulas, secas, adoraram dinheiro e não querem nada com a vida.
-E você? Faz faculdade de administração?
-Não, eu faço Direito.
-Vocação ou coisas de família?
-Um pouco dos dois.
-Seu pai faz direito?
-Não, minha mãe! Meu pai é médico.
-Que massa!
-E sua mãe?
-Minha mãe ela lá na Inglaterra me ajudava nos trabalhos comunitários, mas agora que veio para o Brasil, vai cuidar da casa do meu pai.
-Para ser sincero eu não acreditava quando o seu pai falava que tinha casado.
-Parece que não é só você. Todos aqui não acreditavam e parecem que ontem se surpreenderam.

 -Eu deveria ter vindo para ver a cara que o tio Henrique fez ao conhecer vocês.
-Surpreso – sorriu – Mas não há motivos para duvidar do meu pai.
-Sim, mas porque não vieram para cá quando sua mãe casou?
-Estava terminando os meus estudos na Inglaterra e minha mãe não queria me deixar sozinha apesar do amor que sentia pelo meu pai. Você precisava ver quando eles se conheceram. Amor a primeira vista. Eu no começo fui do contra mas depois fui a favor.
-E seu pai verdadeiro?
-Morreu antes de eu nascer.
-Lamento.
-Já esqueci! – falei triste. – Parece que ele não vai mais sair do telefone? – falei olhando para Poncho.
-Deve está falando com uma das amigas dele
-Amigas? – sorri rindo – Sei. Homens como ele não tem amigas.
-Homens como ele?
-Nem como você. Atraentes que adoram mulher.
-E a coisa melhor na vida?
-Talvez.
-Finalmente – entrou Poncho na sala – Temos algo para fazer.
-O quê? – perguntou Christ
-Vamos para o Laça Burguer, a galera está toda lá. Eu aproveito e apresento a galera para você, Vanessa.
-Hum, legal!

Vou conhecer as meninas com quem ele sai. Preciso ver quem estou competindo.

Chegamos na lanchonete e lá parecia o encontro marcado dos jovens de Natal. Tinha pessoas de todos os estilos, dos Emos as Patricinhas. Tinha várias ciganas na porta e o Christopher que tinha me dado o braço me guiando no meio daquelas pessoas. Ao chegarmos numa mesa onde havia 3 meninas e 1 homem paramos. Uma menina loira se jogou nos braços de Poncho e o beijou.

-Hoje isso aqui está lotado – falou Christ – Deixa eu apresentar. Vanessa esse é Alex e essas são Anna, Sara e Luana.
-Oi – falei
-Oi – os três falaram.
-Vanessa você quer algo? – perguntou Poncho
-Eu vou com você escolher.
-Então vamos.
-Cuidado para não se perder – falou o Christ.
-Com esse homem grande ninguém faz nada comigo – falei rindo para Christ

Senti que a Anna, a menina que beijou ele não gostou muito do que disse. Ai que pena!
Hahahahahahahaha

-Batatinhas? Hamburguer? – perguntou ele
-O que você sugere? – perguntei olhando o cardápio com ele.
-Fritas com um Filé com bacon.
-Se eu ficar gorda eu não vou perdoar você.
-Gorda? – sorriu ele – Impossível! Você está em forma...
-De barril, só se for.
-Aquela lá é uma de suas vitimas?
-A Anna?
-Sim.

 -Ficamos quando dá vontade.
-Acredito que ela gosta de você.
-Pena, pois não a amo.
-É feio usar as pessoas quando não gostamos – reeprendi ele. – Com amor não se brinca.
-Você já se apaixonou para saber?
-Já e sei que não é algo bom.
-Você não acha o amor bom?
-Não, ele é algo que machuca.
-O amor é lindo – disse ele tocando na minha face.
-Até que alguém me prove o contrario, não é as rosas que as pessoas falam.
-Senhor aqui seu pedido – falou o moço.
-Meu deus – falei surpresa – Pra quem são essa batata grande?
-Christopher, ele ama.
-Já sei para onde vai o excesso de gordura dele.
-Você gostou mesmo do Christ?
-Ele é legal – olhei para o Poncho que me olhava com um ar como se quisesse algo a mais com o Christ- Como amigo – conclui.
Senti um alivio quando falei aquilo e fomos para a mesa.Está ali com aquelas pessoas me fazia lembrar quando eu estava ainda no colégio e saia no final da aula andando com as minhas amigas até a minha casa. Isso faz muita falta! Eu e a Maite dando tchau para as pessoas na rua. É, eu pago muitos micos.

-Você tem namorado, Vanessa? – perguntou Anna pendurada no pescoço de Poncho.
-Não. – falei dando um mordida no hambúrguer. Já era o regime!

Meu celular começou a tocar e eu vi a letra M e já sabia quem era.

-Volto logo. – levantei e atendi – Flor tas onde?
-Frigideira almoçando com a Dulce. – disse a Maite
-Essa hora?
-Sim, estávamos na praia.
-Imaginei – falei triste.
-Tas fazendo o quê?
-Adivinha
-Ai lesa, não fala assim.
-Eu estou trabalhando.
-Liguei para falar que amanhã eu e a Dulce vamos pegar você no aeroporto.
-Oba! Eu estou precisando de colo.
-Trabalho tão cansativo assim?
-Bom, estou segurando vela no momento.
-Sério? Tem gato nessa cidade, não?
-Até que tem. Deixa eu desligar e voltar a patente. Eu amo você e a Dulce! Avisa a mamãe que amanhã eu chego.
-A Dulce está falando que falou com sua mãe hoje.
-Ótimo, menos uma preocupação.

Desliguei, mas não queria voltar para a mesa. Eu tinha que pensar em um plano de conquistar o Poncho. Fiquei olhando as ciganas em busca de alguma idéia, até que senti uma mão sobre o meu ombro.
-Vanessa
-Oi – me virei e vi Poncho me olhando
-Você demorou e eu pensei que algo tivesse acontecido.
-Fiquei vendo aqui as pessoas.
-Nós já estamos indo, eu te deixo em casa.
-Tudo bem!

Passamos o caminho que deixamos Anna e Christ escutado Fresno. Ficamos cantando e rindo nas vezes que cantava errado e ele sempre me corrigia.

-Odeio quando me corrigem.
-Ah, Vanessa! Você canta as partes erradas.
-Eu gosto da música, mas não sou obrigada a cantar ela certa. – falei brava
-Você vai fazer o quê amanhã?
-Vou viajar.
-Não sei, estou pensando ai. Mas para algum interior, eu acredito.
-Trabalhos comunitários. Gostei!
-Interessante.
-Vanessa você não parece que conhece a cidade ou estou enganado.
-Pra falar a verdade, não.
-Então próxima semana iremos a praia.
-É, pode ser.
-Pronto, chegamos – disse ele parando na frente do prédio do Roberto – Adorei conhecer você.
-Eu também – disse olhando nos olhos. Senti medo de não ver mais aqueles olhos cor de mel, mas sabia que havia riscos. Dei um beijo longo na sua bochecha e sai do carro.