Fanfic: A Dama De Luxo ♥ AyA ♥

Eu me despedi e sai. Ao subir não encontrei nem Roberto e nem Priscila e achei ótimo. Fui no "meu" quarto e encontrei duas caixas. Abri a primeira e vi que tinha um celular, um V3 pink. Abri o cartão e tinha uma carteira de identidade com a foto que eu tinha tirado de Vanessa lá na casa de Gorete, cartões de crédito, tudo com o nome de Vanessa. O cartão foi o que confirmou tudo que pensava.

Para você cumprir seu trabalho sem erros. Aqui em Natal você é Vanessa e espero que consiga tudo que estou querendo. Roberto.

AGORA NÃO TERIA MAIS VOLTA! Nunca tinha feito um trabalho que até identidade falsa, documentos falsos eu tinha. Aquele era um jogo que não poderia errar para acabar logo de vez.

Já passavam das 10 horas quando Poncho estacionou o carro na frente do meu prédio. Desci toda sorridente com o vestido preto lindo feito pela minha avó.

-Você está linda - abrindo a porta do carro para eu entrar.
-A altura do meu acompanhante.

Entrei o carro e ia colocar em prática as 8 listas que você faz para conquistar um garoto.

1.Sorria. Não aquele sorriso escandaloso e nem falso. Aquele sorriso tímido.
2.O olhar fixo, mas com certo ar de ingenuidade.
3.Cheiro, um bom perfume sempre faz você ser notada por todos.
4.Uma boa conversa mostrando sempre quem você é ( Nesse caso, eu estou fingindo que sou a Vanessa)
5.Não se mostre muito interessada, pois pode assustar o homem. Afinal, eles não gostam de mulheres fáceis demais.
6.Elegância e classe. Homens sempre se atraem por uma mulher que sabe se portar bem.
7. Se tem pernas e seios bonitos saiba utilizadas ao seu favor, mas sem ser vulgar.
8.Não mostre seus problemas logo de cara. Homens não gostam de mulheres problemáticas.

Chegamos na festa que era na praia.A lua deixava o ambiente mais bonito que com fogueiras e lâmpadas iluminava o local mais ainda. Pessoas dançavam ao som de Djs e percebi que aquele vestido era formal demais para uma festa na praia.

-Acho que errei no traje.
-Não importa, você está linda.

Tirei os sapatos e fomos para areia e Poncho me apresentou para uma dúzia de pessoas. As mulheres me olhavam dos pés a cabeça. Umas eu reconhecia que era da praia de logo cedo que estava com o Christopher.

-Anny que bom que você veio - falou Christopher me puxando
-Oi - falei tentando me larga
-Vem que quero te mostrar umas coisas

E foi assim que me afastei de Poncho o deixando com uma expressão que me deu dó. Tentei me afastar de Christopher, mas ele estava insaciável me apresentando para as mulheres que eu sabia que eram prostitutas de luxo.

Quando consegui finalmente me afastar de Christopher não encontrava Poncho em lugar algum. Ele só podia está ficando com uma menina. O que poderia fazer? Aquilo já estava ridículo! Eu tinha que fazer ele se apaixonar por mim. Mas como? Sentei na areia e fiquei olhando a lua.

Olhei pro lado e vi casais se beijando. A lua estava convidativa para os apaixonados, mas não para uma pessoa como eu. Já fui uma pessoa sonhadora querendo encontrar um amor de verdade, mas um menino levou consigo toda a esperança de um amor perfeito. É quando quebramos a cara que percebemos o quanto fomos tolas. Por isso não quero me apaixonar. Deixa o amor para os tolos e eu, o que eu quero no momento é terminar logo esse trabalho e ganhar a minha grana e tirar minhas merecidas férias.

 -Uma bebida pelos seus pensamentos?

Não pude negar o sorriso que surgiu nos meus lábios ao vê-lo sentado ao meu lado com uma garrafa de Vodka.

-Poncho
-Quer um pouco?
-Não! Não sou muito boa com bebidas, posso molhar minha roupa e a sua.
-Não aconteceria de novo - disse ele passando as mãos pelo o meu corpo e me puxando para mais perto dele.
-Como tem certeza disso?
-Não sei - ele olhou pros meus olhos e ficou sério.
-Que foi? Ficou tenso derrepente.
-Você...é linda!

E foi ai que aconteceu. Ele me beijou. Uma hora estava hipnotizada olhando ele e na outra ele me puxa e me beija. Amo beijo roubado, mas aquele definitivamente foi o melhor. Ele passou a mão pela minha cintura e ficamos nos beijando por muito tempo. Aquilo foi tão louco que mal trocamos uma palavra, só ficamos nos beijando percebendo que havia passado o tempo quando o sol começou aparecer no horizonte. Eu me separei do beijo para pegar um pouco de fôlego e ele se levantou me levantando em seguida.

Ele colocou a mão na minha cintura e me levou até o carro, abrindo a porta pra mim e entrei. Só depois que ele entrou que percebi que aquele silencio estava constrangedor.

-Que vergonha - cobri com as mãos o rosto

Ele olhou pra mim e riu, aproximou de mim e me beijou novamente. Os lábios dele eram doces como mel. Contornei os lábios dele com a mão, vendo cada traço e ele foi todo fofo comigo. Eu jurava que ele era do cara de passar a mão em tudo na mulher, mas ele não tirou a mão da minha cintura.

-Acho melhor levar você pra casa, pois seu pai deve está preocupado.
-É.

Ao chegarmos na frente do prédio, ele abriu a porta do quarto e ficamos nos beijando até o sol ficar forte e ele partir. Aquele beijo definitivamente era diferente dos caras que tinha trabalhado e ele tinha uma PEGADA. JESUS, me abana!

 Ao subir encontrei Roberto na porta me olhando sorrindo.

-Muito bem! Vejo que o conquistou
-E você acha que perco tempo em serviço.
-Espero que tenha gostado do celular.
-Gostei.
-Vá descansar que mais tarde conversamos.

Entrei no quarto e só deu tempo de tirar a peruca, trancar a porta e dormir. Acordei com as batidas na porta da Priscila. Não será possível que poderia dormir. Quando olhei para o relógio já passavam das 2 da tarde,mas o sono era tanto que dormiria o resto do dia. Só que não estava ali a passeio e isso que me fez levantar e me arrumar.

-Oi
-Por acaso você está aqui para dormir? - falou ela irônica
-Por favor me esqueça! - estava exausta e ainda tinha que escutar baboseira. - Cadê o Roberto?
-Foi na casa do Henrique. Reunião de ultima hora.
-Ótimo, vou comer algo. Estou faminta.

Estava indo até a cozinha quando escutei algo que fiquei chocada.

-Chegou umas flores pra você. Já conquistou o filho do Henrique?
-E você acha que durmo em serviço.

Fui até a sala e lá estavam as rosas mais lindas. Tinha um cartão enorme e quando abri percebi a letra inclinada de Poncho

Hoje foi maravilhoso!
Eu espero que tenha sido pra você também.
Me liga.
Poncho

-Por acaso você leu? - perguntei para Priscila que me olhava.
-Claro. O que houve? Dormiu com ele?
-Não sou como você.
-Você é pior.
-Fale o que quiser. Se arrume, vamos na casa dos Herrera.
-Como? - arregalou os olhos ela
-Isso que você escutou. Vamos terminar logo esse trabalho.
-Mas Anahí...Você tem que fazer charme e esperar que ele venha atrás de você.
-Não sei se isso funciona.
-Pelo amor de deus, você nunca se apaixonou.

Eu não pude me controlar e comecei a rir. Nunca havia me apaixonado e não ia começar me apaixonando pelo Poncho.

-Você que diz que não posso me apaixonar pelos clientes.
-Não estou falando disso. Estou perguntando se nunca se apaixonou?
-Que pergunta. - Não conseguia responder ela e por um momento queria que a Priscila se afastasse de mim e parasse de me perguntar essas coisas.

Comi e fiquei em casa assistindo televisão como uma pessoa normal. A pergunta é: Eu sou normal? Acho que não. Guardei o cartão de Poncho no bolso da minha blusa e hora em hora ficava olhando. Claro que havia amado o beijo e mais ainda está ao lado dele. Realmente Poncho era um homem de facetas que despertava a minha curiosidade. Afinal, qual homem manda flores para uma menina que ficou? Tem uns que nem ligam, quanto mais mandar um buquê de rosas vermelhas lindas.

Minha cabeça está parecendo que vai explodir com tantas perguntas. Peguei o celular e liguei para Maite. Precisava escutar alguma voz amiga.

-Alô
-Oi Anny. Tudo bom? E aí, conta como está o trabalho?

O engraçado é que no começo que comecei a trabalhar com a Gorete, a Maite foi meia contra e não se acostumava com os finais semanas que ela não passava comigo. Agora ela trata o trabalho como se estivesse numa colônia de férias me divertindo. Definitivamente, eu não tenho amigas normais.

-Estou levando e você?
-To bem. Você vai voltar quando?
-Quero voltar amanhã.
-Quer dizer que o Domingo você vai passar com agente? - perguntou ela afobada.
-Um milagre divino. Torce para o Roberto me liberar.
-Ele vai liberar sim. Eu e a Dulce hoje vamos para uma boate massa.
-Cuidado com essas boates.
-Vou tomar cuidado sim. E o gato que você tem que conquistar?
-E quem disse que ele era gato? - Gato é pouco. Aquilo é um Deus grego.
-Digamos que a Dulce arrumou uma foto dele e trouxe para eu ver.
-Se a mãe da Dulce descobrir ela a mata.
-Mas você não vai contar.
-Não, mas Mai...quanto menos você souber menos você se envolve em meus trabalhos.
-Relaxa, Anny! Eu sei me cuidar.
-Eu me preocupo com você.
-Eu também. E eu estou na minha casa e você está ai correndo perigo.
-Não vamos exagerar.

-Eu fui na sua casa hoje e sua mãe estava falando que queria que você largasse essa vida.
-Deixa eu colocar o dinheiro na conta dela que ela esquece essa idéia.
-Anny nem tudo é dinheiro.
-Dinheiro pode proporcionar tudo que eu quero, Mai.
-Só que não compra a sua felicidade.
-Eu já disse Mai que vou abandonar até conseguir pagar a ultima parcela do apartamento da minha mãe. Depois largo e fico só na loja da minha mãe.
-Espero mesmo!
-Você vai ver. Mai tenho que desligar.

Odiava ficar discutindo com a Mai sobre meu emprego. Eu sabia que iria largar. Não sabia quando, mas esperava que esse trabalho fosse o ultimo. Definitivamente conversa com a Mai tinha me deixando mais confusa. Fui até a varanda e vi uma pessoa que me fez esquecer todos os problemas.

Entro ou não entro. Porque você não me liga Vanessa? Será que beijo tão mal assim? Own mulher difícil, own situação complicada. O que está acontecendo comigo? Sabe de uma coisa, vou embora.

Me virei e fui em direção ao meu carro e ao entrar escutei a voz dela.

-Poncho.

Ela estava linda com um short e uma blusa branca com detalhes rosa. Ela olhou pra mim e abriu aquele sorriso lindo. Eu não resisti e sai do carro e logo a beijei. Senti que tinha pego ela de surpresa mas logo ela passou enlaçando o meu pescoço. Nós encostamos no carro e ficamos no carro nos beijando na frente do prédio. Só separamos quando escutamos torcidos forçados.

-Não querendo atrapalhar o casal, mas não faz bem para a minha filhar ficar se beijando na frente do prédio. - disse o Roberto com um sorriso. Parece que o fato de me ver com a Anny o deixou feliz. Conquistei o sogrão. AI MEU DEUS, O QUE ESTOU FALANDO.
-Oi Roberto!
-Pai. - disse ela se afastando de mim. NÃO GOSTEI DISSO.
-Poncho você não quer entrar?
-Roberto eu posso roubar a sua filhar por um momento. Prometo que trago ela rápido.
-Se ela quiser.
-Assim? - falou ela apontando para as roupas que vestia.
-Não importa, você está linda. Vamos comer uma pizza.
-Assim eu não resisto. Pai posso mesmo?
-Não demore.

Entramos no carro e ela não parava de olhar pra mim. Sentia que ela analisava cada expressão que eu fazia e essa situação me deixava pertubado.

-Você não me ligou.
-É que eu fiquei com vergonha.
-Vergonha de quê, Linda?
-Não sei explicar - sorriu timidamente.
-Eu não paro de pensar em você desde de ontem. - será que ela ia responder que também?
-Serio? Foi tudo tão derrepente que chega a assustar.
-É verdade!

Parei numa pizzaria que eu adorava vir com meus amigos. Lá era um lugar aconchegante e tinha uma área com a luz baixa que sentávamos em almofadas que eu amava. Levei ela para lá que olhava para mim sorrindo. A música que tocava deixava o clima mais...nem acredito que estou falando isso...ROMANTICO.

-Você faz isso com todas?
-Não entendi! - falei.
-Manda flores para as meninas depois de ficar e depois levam elas para comer pizza. - Aquelas palavras tinham sido indelicadas da parte dela.
-Não - falei bravo e acho que ela percebeu que logo em seguida...
-Desculpa, não queria ser grossa.
-Mas foi.