Fanfic: Onde Está Meu Príncipe?
Meu nome é Rebeca Justino, tenho 16 anos. Hoje é meu primeiro dia de aula no colégio Education`s Future na cidade de São Paulo. Estou vindo do interior onde morava com meus pais na cidade de Lindóia, sou filha única, meu pai chama Oswaldo Justino e é empresário, dono de um famoso clube aquático na cidade. Nunca nos demos muito bem, pois desde pequena ele foi muito ausente e quando estava por perto trabalhava como um louco em casa com os assuntos das suas empresas e no telefone quase o tempo todo falando com seus subordinados, quando me dava atenção era porque eu tinha aprontado alguma coisa que minha empregada e nem minha mãe tinham pulso firme para resolver e ele como sempre não podia perder a chance de brigar comigo e se achar o solucionador de problemas, é um homem muito autoritário e conservador, acostumado a falar e não ouvir, um mandão, acho que eu aprontava muito porque gostava de chamar a atenção dele mesmo que isso causasse uma bela desarmonia em casa, mas pelo menos nessas horas eu tinha a atenção deles. Já minha mãe Celine Justino é uma socialite que só quer saber de viajar e gastar dinheiro, viciada em compras desnecessárias e luxo, beirando os 40 anos já fez 3 cirurgias plásticas e a sua maior preocupação é com a sua beleza, status e juventude, vive de cremes caríssimos por todo o corpo e técnicas estranhas que eu não entendo, parece doida e eu acho engraçado, seu closet é repleto de roupas extravagantes e jóias caras que meu pai compra de presente, passa meses em Paris onde também escreve para uma famosa revista de moda e artigos de luxo, nas semanas que ela está em casa nos damos bem, mas o perfil dela é muito diferente do meu, não dou tanto valor para coisas supérfulas e materiais, sempre tive tudo o que eu queria e também o que eu nem precisava ter.
Cresci e fui criada por Lelé, Lenir Gavarro, uma senhora simples e de confiança da família que hoje tem quase 70 anos, mora em nossa casa a pelo menos uns 20 anos, já estou sentindo muita falta dela, pois desde o começo deste ano não a vejo porque estou morando com minha tia a pedido de meu pai, Sophy Justino irmã dele, conservadora e autoritária como tal, mas no fundo é um amor de pessoa e uma manteiga derretida, é solteira, respeita muito o meu espaço e de Paula, isso é muito bom porque assim temos uma ótima relação. Voltando a falar de Lelé, foi ela quem me ensinou todos os valores que levo dentro de mim onde quer que eu vá, me ensinou também que o amor é o sentimento mais intenso e bonito que alguém pode ter dentro de si e em meio aos contos de fadas e outras histórias que Lelé me contava antes de dormir e nas tardes em dias de semana na infância, fui criando dentro de mim o sonho de encontrar o meu príncipe encantado. Como isso aconteceria? Fui alfabetizada e educada por professores particulares que visitavam minha casa pela manhã, não sei porque, talvez fosse exagero de meu pai tudo isso, me privou de frequentar a escola como as outras crianças normais faziam, meu circulo social eram meus primos e primas que tinham em média a mesma idade que eu, Julio - o meu primo mais bonito e sua irmã gêmea Helena - não me dou muito bem com ela porque é uma patricinha rebelde, Caio, meu primo mais engraçado e cheio de amigos, eles todos moram em São Paulo e estudarei na mesma escola que eles, e Paula, que é minha prima e melhor amiga, em alguns finais de semana meus primos de São Paulo visitavam minha casa e íamos todos juntos ao clube onde também fazíamos alguns outros amigos e brincávamos.
Paula veio também para São Paulo morar com tia Sophy, vamos estudar na mesma sala, finalmente saberemos como é estar com pessoas diferentes, minha prima foi educada da mesma forma que eu, professores particulares em casa, seu pai Otávio é empresário e sócio do meu pai, irmão dele, sua mãe é uma mulher normal e dona de casa, nós duas nos damos muito bem com tia Laura, também sentimos muita saudade dela. Paula é bem levada, adora aprontar, mas tem um coração enorme, desde pequena não suporta Helena, nossa prima patricinha e rebelde que infelizmente estudará em nossa sala, é repetente. A decisão de nos mandar estudar em São Paulo foi de nossos pais, estudaremos em um dos melhores e maiores colégios da grande cidade frequentado pela classe A, eles notaram as nossas necessidades de expandir os nossos relacionamentos sociais e pensar no nosso futuro, agora estamos entrando no ensino médio e já passou da hora de conhecermos novas pessoas e também de descobrir novos mundos.
O apartamento grande, moderno e bem descontraído de tia Sophy, hospeda muito bem eu e a Paula, decidimos juntas dividir o mesmo quarto, assim poderemos conversar até altas horas sem ninguém para nos atrapalhar, Caio também mora com a gente, é adotado, tem o seu próprio quarto, é muito divertido morar na casa dele, sinto que Paula tem uma quedinha por Caio, mas ela não assume de jeito nenhum, ele não é tão bonito como nosso outro primo Julio que é um ano mais velho que nós e tem a idade do Caio, mas o que importa são as outras qualidades dele e não só a beleza.
Primeiro dia de aula, em casa Caio bate na porta do quarto das meninas:
- Meninas vamos, já estamos atrazados!
- Calma Caio, só falta a gente secar nossos cabelos!
- Minha mãe tá esperando a gente lá no carro, vai logo aí, ela já interfonou aqui duas vezes pedindo pra gente descer logo.
- Prontinho! Abrimos a porta.
- Eaí Caio? Como estamos? - Disse a Paula.
- Hahahahaha! Estão lindas, mas aonde vocês acham que vão com essas roupas? É festa Junina? Nós estamos em Fevereiro ainda, perto do carnaval. - Acho que minha mãe não falou que vocês vão ter de usar uniforme da escola como todos meros e mortais estudantes, não é?
- Aí Caio engraçadinho, a gente não sabia disso, nós não temos o uniforme.
- Claro que vocês tem, minha mãe encomendou.
- Crianças! Estão prontas!? - Gritou tia Sophy abrindo a porta de entrada do apartamento.
- Mãe, onde você colocou os uniformes das meninas? - Perguntou Caio.
- Tá numa sacola verde dentro do guarda-roupa, pega pra elas filho!
...
No carro de tia Sophy
- Eaí crianças? Gostaram do almoço?
Eu pensei comigo mesma, tia Sophy não cozinha muito bem, me lembrei do almoço, aquele arroz papa, com muitas verduras e legumes, eca! Que saudade da deliciosa comida da Lelé, mas era perdoável, a empregada da tia Sophy tá de licença maternidade, acho que ela vai cozinhar muito bem quando ela voltar, assim espero (ri comigo mesma) e Paula olhou pra minha cara e já sabia como sempre o que eu estava pensando, ela concordava.
- Mãe, eu e as meninas não somos mais crianças, somos adolescentes! - disse Caio.
- Tá bom meus aborrecentes! - disse tia Sophy rindo.
- Tava ótima a comida tia! - disse a Paula olhando pra mim com uma cara de insatisfação.
- É tava ótima a comida tia! - eu disse morrendo de vontade de rir.
- Mãe acho melhor a gente não falar do almoço de hoje não, amanhã eu quero batata frita e bife, nada de verduras! ok? - Disse o Caio engraçadinho dando risada.
- Tá bom filho, mas a comida da mamãe é ótima né?
- Ôô se é! - ele riu.
- Meninas, mudando de assunto, Helena estará na mesma sala que vocês, ela repitiu de ano e o Julio está na sala do Caio.
- Aí tia, não gosto muito da Helena, ela sempre se acha superior aos outros, espero não ter problemas com ela na escola. - Comentou Paula.
- Todos nós sabemos como a Helena é, tudo tem que ser do jeito dela, tudo o que ela quer fazer é uma ordem. - Aff! - disse o Caio.
- Tia, não se preocupa que nós todos vamos nos dar bem. - eu disse pensando positivamente, mas sabia que era impossível.
- Helena é difícil, sempre foi diferente de todos vocês, sempre quis mandar nas brincadeiras, sempre arrumando briga com um e com outro, mas é uma longa fase que vai passar, ela vai ter que aprender uma hora, vocês vão ter paciência com ela? - perguntou tia Sophy.
- Difícil... - Falamos nós três juntos com uma voz de desânimo.
- Ainda bem que Julio vai estar na escola também, adoro ele, sempre brincou comigo e com a Paula de todas as brincadeiras que queríamos, até de casinha. - Falei e dei risada.
Caio fez uma cara como se escondesse de nós alguma coisa que sabia e já estávamos em frente a escola. Eu e Paula ainda dentro do carro ficamos deslumbradas com o tamanho e com a fachada da escola e ficamos a admirando pela janela por alguns segundos.
- Bom crianças aqui está o dinheiro para vocês comprarem lanches se sentirem fome, às 5 pego vocês aqui neste mesmo lugar. Ok? - disse tia Sophy entregando o dinheiro para o Caio que estava no banco da frente do carro.
- Boa aula meus amores! Qualquer coisa vocês me ligam. Ok?
- Obrigado tia! - dei um beijo no rosto dela e desci do carro e Paula fez a mesma coisa.
- Obrigado tia!
- Tchau mãe. - Disse o Caio dando um beijo na sua mãe.
- Tchau meu amorzinho, cuida bem das meninas, viu?
- Pode deixar!
No corredor da escola Caio leva eu e Paula até a nossa sala de número 402.
- Bom meninas, é aqui!
- Só pegar um lugar bom, de preferência no fundão porque dá pra conversar mais e é mais fácil pra colar nas provas. - disse o Caio dando risada.
- Hahaha Ah Caio, obrigado pela sua ajuda, mas você já pode ir pra sua sala! - disse eu dando risada da Paula que não parava de olhar pra ele. Eu entrei primeiro na sala.
- Tchau Caio!
- Tchau Rebeca!
- Tchau Paula!
- Tchau Caio, obrigadinha! - disse a Paula dando um beijo no rosto dele e ela também entrou na sala. Ela não viu, mas o Caio saiu caminhando pelo corredor todo feliz de ter ganhado um beijinho no rosto da Paula.
Eu e Paula entrando na sala, procurando uma cadeira perto uma da outra, avistamos Helena em pé conversando com as suas amigas, que nos olharam todas com uma carinha de despreso. Helena veio até a gente.
- Priminhas, vocês por aqui!? Que surpresa agradável!... - disse ela com um olhar de falsidade que nós já conhecíamos. Deu um beijinho de longe no nosso rosto, como as pessoas insuportáveis fazem. Eu e Paula ficamos quietas.
- Com licença meninas, vou me juntar novamente as minhas amigas, sejam bem-vindas! no intervalo a gente se fala.
- Disponha! - disse a Paula com uma cara de brava encarando a Helena.
- Tchau Helena - eu disse e ela nem me respondeu e virou as costas.
O professor de Ed. Física entrou na sala de aula e pediu que todos nós sentássemos, Paula e eu logo encontramos um bom lugar um pouco distante de onde Helena e sua trupe santavam, na terceira fileira da esquerda pra direita na terceira e quarta cadeira nós sentamos, eu na frente e Paula atrás.
Autor(a): guilhermebarbosa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 20
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camillegoulartwn Postado em 17/01/2011 - 15:20:00
Poosta maiis
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guilhermebarbosa Postado em 17/01/2011 - 15:04:46
o primeiro capítulo já está disponível querida
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:39
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:39
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:39
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:39
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:38
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:38
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:38
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lasnovelas Postado em 17/01/2011 - 14:11:37
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