Fanfics Brasil - Doce Inimigo *AyA (Terminada)

Fanfic: Doce Inimigo *AyA (Terminada)


Capítulo: 10? Capítulo

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Ele não fazia segredo de sua predileção por cabelos longos, e Annie tinha deixado o seu crescer até a cintura, nos meses antes daquelas férias de verão. Ela ainda trocou as calças, que eram suas favoritas, por alguns vestidos de verão estampados e delicadas sandálias, tudo na esperança de chamar atenção de Alfonso. Mas tudo o que ela conseguiu atrair foi Gerry Broome, e Alfonso tinha vindo em seu resgate a tempo. Gerry não pode fugir rápido o suficiente, e Alfonso sempre pensou que era essa a razão de sua campanha para conquistar seu coração. Mas não era nada disso.


- Guarde seus esquemas para um menino da sua idade, pequena, ele advertiu-a venenosamente depois de um sermão que ainda corava suas bochechas três anos mais tarde. - Eu quero mais que cabelos longos e olhos inocentes quando tomo um mulher em meus braços. A única coisa que você desperta em mim é o mau humor. Eu não quero você, Annie.


As palavras ecoaram em sua mente durante dias, mesmo após ter voltado para casa e ser surpreendida pela doença prolongada de seu pai e a tristeza de sua mãe. Ela cortou o cabelo, em seguida, e mesmo quando ele cresceu de novo, ela o manteve bem preso em um coque. Não o tinha soltado nem mesmo para Philip, que amava também cabelo comprido, mas não foi persuasivo suficiente.


Com um suspiro, ela sentou-se numa pedra grande na beira do rio, arrastando os dedos dos pés descalços na água fria, os cabelos escondendo o rosto ao reviver as memórias.


- Bronzeando-se, sereia? uma voz zombeteira perguntou bem atrás dela.


Ela rodopiou com um suspiro, afastando-se da correnteza para enfrentar Alfonso. Ele estava apoiado descuidadamente contra o tronco da árvore, uma bota empoeirada encostada em uma raiz robusta, os braços cruzados sobre o joelho, apenas olhando para ela. Seu garanhão mordiscava as folhas de um carvalho proximo.


- Você se move como o vento... ela acusou ofegante, afastando o cabelo do seu rosto.


- Um velho truque de caçador. Sua mente estava um pouco longe, disse ele suavemente, os olhos esquadrinhando seu rosto emoldurado pelos ondulados cabelos pretos.


- Eu acho que estava. Ela virou-se, automaticamente trançando seus cabelos para que pudesse prendê-los para cima.


- Deixe-o! disse ele, em um tom como uma chicotada.


Ela se espantou com as mãos contra a nuca. - É que... me atrapalha, disse ela firmemente.


- Nós dois sabemos que não é por isso.


- Você se alegra pensando que você é a causa disso, disse ela com calma calculada, tirando do bolso alguns grampos. - Não tenho mais dezessete anos, Alfonso. Não sou mais vulnerável.


Ele estava atrás dela antes que ela percebesse e arrogantemente arrancou os grampos da sua mão. Ele puxou-a pelos cotovelos e segurou-a nas pontas dos pés na fresca água corrente. Seus olhos verdes estreitaram-se, escureceram, enquanto ele olhava para o rosto assustado. Não era o familiar Alfonso, os olhos zombeteiros que fitavam os dela. Ele era um estranho, sisudo, sombrio, estudando-a com uma intensidade que ondulava ao longo de seus nervos.


- O que você quis dizer com isso, Annie? ele perguntou rudemente. - Ou você acha que eu tinha esquecido o que aconteceu? Ela desviou o rosto e tentou não sentir a excitação nos seus dedos como aço estavam causando.


- Foi há muito tempo, disse ela tão calma quanto podia com seu coração batendo descontroladamente.


- E você está crescida agora, não é? Ele puxou-a contra o seu corpo alto e magro. - Quanto você cresceu, garota? ele sussurrou, e ela sentiu sua respiração quente em seu rosto. Ela puxou furiosamente contra seu inflexível agarre, lutando com toda sua força.


- Solte-me! ela explodiu, os cabelos soltos voando enquanto ela tentava se livrar das suas mãos.


- Irlandesa, ele zombou baixinho, segurando-a com facilidade, apesar de seus esforços para resistir a ele. - Tão rebelde quanto um irlandês. Calma, pequena tigresa, não vou te forçar a nada.


Ela se acalmou, mas mais por causa de sua própria fadiga do que pelas palavras reconfortantes. - Sua besta, ela murmurou, olhando para ele com olhos como de um gato zangado.


Suas mãos deslizaram dos braços para a garganta dela, segurando seu jovem e ruborizado rosto perto do seu, e toda expressão parecia sumir do seu próprio rosto, deixando os olhos apertados e escuros olhando profundamente nos dela. - Há fogo em você, disse ele gentilmente. - Chamas suaves, Irlandesa, que poderiam queimar um homem vivo. Philip alguma vez viu esse seu temperamento incandescente? A intensidade de seu olhar a confundia e chocava.


- Ele não sabia que eu tinha um temperamento assim, ela disse vacilante. Seus olhos se estreitaram, temperamento que vinha em seu socorro. - Você não sabia que eu tinha, senão parava de me provocar!


- Eu gosto quando você luta comigo, disse ele suavemente. Ela olhou a tempo de ver o brilho em seus olhos verde-folha incendiar-se com as palavras, e uma sombra de sorriso tocou-lhe a dura e escultural boca. Era um olhar que ele nunca tinha dado a ela antes, avaliando, calculando, quase sensual. Fez tremer seu coração, porque do jeito que ele disse isso convenceria até a foto de uma mulher lutar contra o esmagamento dos braços fortes de um homem, a mordacidade da sua boca...


Ela baixou os olhos para o peito dele, de repente ele soltou-a, afastando-se para acender um cigarro com os dedos longos e estáveis.


Ela esfregou os braços irritada. - Se... se quiser os registros digitados, hoje, é melhor eu voltar para a casa, disse ela, virando-se para a margem. - E, disse por cima do ombro enquanto inclinava-se para limpar os pés molhados com um lenço, - você me deve uma caixa de grampos.


Ela sentiu seus olhos percorrendo-a enquanto calçava suas botas.


- Deixe-o solto, Irlandesa, disse cuidadosamente, sem desviar seus olhos dela enquanto ela levantava e desatava as rédeas de Melody. - Eu não vou fazer mais nenhum comentário sobre ele, mas deixe-o solto.


Ela ficou boquiaberta, perplexa com a raiva em sua voz profunda, raiva que era mais para si do que para ela. Com um dar de ombros, ela montou e partiu sem olhar para trás.


Ele levantou-se e ficou olhando-a até que estivesse fora de vista, seus olhos apertados contra o sol, o rosto pensativo e solene.



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Autor(a): Bela

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  Emma tinha colocado apenas dois lugares na mesa de jantar, observando o olhar perplexo de Annie com um sorriso. - Alfonso tem um encontro, explicou ela, deixando Annie para colocar os talheres enquanto ela ia para a cozinha para buscar o jantar. A dor atravessou seu corpo esguio como um tiro, e ela se perguntava o porque. Por tudo o que seu orgulho tinha foi esmaga ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 100



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  • thataty Postado em 28/02/2011 - 15:33:54

    Nossa parabéns a web tava optima....

  • thataty Postado em 28/02/2011 - 15:33:53

    Nossa parabéns a web tava optima....

  • feio Postado em 28/02/2011 - 12:46:54

    ate qeu fim esse dois esta juntos e apaixonados

  • feio Postado em 28/02/2011 - 11:47:58

    meu deus
    cara vc e estranho

  • thataty Postado em 28/02/2011 - 11:47:21

    Ele confessou...
    Quero mais.......

  • thataty Postado em 28/02/2011 - 11:47:20

    Ele confessou...
    Quero mais.......

  • feio Postado em 27/02/2011 - 21:14:59

    que cara burro , eu nao sei se faria o mesmo que ele
    ainda mais se eu amasse a garota
    bj

  • thataty Postado em 27/02/2011 - 19:45:16

    Adorooo, mais

  • thataty Postado em 27/02/2011 - 19:45:15

    Adorooo, mais

  • thataty Postado em 27/02/2011 - 19:29:10

    Só mais um hoje por favor


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