Fanfic: Doce Inimigo *AyA (Terminada)
As vozes iam e vinham de novo, ora monótona, ora discutindo. Uma voz feminina participava, articulada, macia. Era como uma sinfonia de sons estranhos, misturado com o barulho de objetos metálicos, o frescor de toalhas, a sensação de água quente e mãos frias. E aquela voz...
- Não desista agora, ele ordenava, e ela sentia os dedos fortes segurando os dela. - Você consegue se você tentar. Aguenta firme! Ela respirava breve e bruscamente e doía terrivelmente. Ela fez uma careta com o esforço. - Ah, isso... dói! ela gemeu.
- Eu sei. Oh, meu Deus, eu sei. Mas continue tentando, Annie. Vai ficar melhor. Eu prometo.
Assim, ela continuou tentando, desvanecendo-se dentro e fora da vida, até os sons tornarem-se familiares, até que um dia ela abriu os olhos e viu os lençóis brancos que cheirava a medicamentos e viu a luz solar filtrada pelas persianas em sua cama.
Piscando, os lábios rachados, ela olhou para um rosto pálido e abatido, com olhos verde-esmeralda e cabelos negros desgrenhados.
Ela franziu a testa, entorpecida de analgésicos e sono. - Hospital? ela conseguiu fraca.
Alfonso deu um suspiro profundo, pesado. - Hospital, ele concordou. - Ainda dói?
Ela engoliu. - Poderia... água?
Ele se levantou da cadeira e derramou água e gelo em um copo de uma jarra de plástico que estava ao lado da cama. Sentou-se na borda da cama, para levantar sua cabeça para que ela pudesse sorver a água gelada.
- Oh, isso é tão bom, ela quase chorou, - tão bom!
- Sua garganta parece ter serragem, eu imagino.
- Parece... areia do deserto..., ela corrigiu, estremecendo quando ele colocou a de volta no travesseiro. - Eu... tenho algo quebrado?
- Algumas costelas, disse ele.
O tom em sua voz a incomodou. - O que mais?
Ele passou a mão pelos cabelos densos e escuros. - Você teve um acidente infernal, Annie, disse ele calmamente.
- Alfonso, o que mais? gritou ela.
- Sua coluna, querida, disse ele gentilmente.
Com um sentimento de horror ela tentou mover as pernas... e não podia. - Oh, meu Deus... ela sussurrou.
- Não entre em pânico, Alfonso advertiu, afastando o cabelo úmido de suas teporas. - Não entre em pânico. Não está quebrada, apenas machucada. Seu médico diz que você estará andando novamente em algumas semanas.
Os olhos dela se arregalaram, procurando-o desesperadamente. - Você não... mentiria para mim?
Seus dedos roçaram o rosto suavemente. - Eu nunca mentiria para você. Não vai ser fácil, mas você vai andar. Tudo bem?
Ela relaxou. - Tudo bem. Como eles... encontraram você?, perguntou ela.
Uma sombra de sorriso tocou-lhe a boca cinzelada. - A carta de Masterson, em sua bolsa.Tinha seu nome e o endereço da fazenda nela, lembra?
Ela concordou, brincando com o lençol. - Eu estava... pensando sobre o cruzeiro, quando o carro...
- Você poderia ter me dito para onde estava indo, observou ele.
Ela corou, desviando os olhos.
Ele respirou profundamente. - Pensando bem, disse rispidamente, - por que diabos você deveria? Deus sabe que não lhe dei qualquer razão para pensar que eu me importava com você, não é mesmo, Annie?
Ela ainda não poderia lhe responder, as lembranças estavam voltando com pleno vigor agora, ferindo, machucando...!
- Não, disse ele gentilmente. - Annie, não olhe para trás. Vai precisar de toda sua força para ficar em pé novamente. Não a desperdice comigo.
Ela respirava irregularmente. - Você está certo sobre isso, ela murmurou fracamente. - Seria um desperdício.
- Estou feliz que você concorde, ele respondeu, sem nenhum traço de emoção em sua voz profunda e lenta.
Ela estudou as mãos pálidas. - Por que você veio?
- Porque Emma e Maite não descansariam enquanto eu não viesse, ele rosnou. - Por qual outro motivo?
- Bem, eu vou viver, disse ela amargamente. - E vou andar. E não preciso de nenhuma ajuda sua, então por que você não vai para casa?
- Não sem você.
Ela fitou-o, mas não havia nenhum indício de expressão em seu rosto moreno.
- No momento em que eu saísse, ele pensou, - você se entregaria a auto-piedade.
- Eu não faria isso!
Ele estendeu a mão e pegou seus frios e nervosos dedos. - Só vou te deixar no dia em que você puder andar por conta própria, disse ele. - Isso deveria servir de incentivo, feiticeira.
Autor(a): Bela
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Feiticeira. Lembrou sem querer da última vez que ele lhe chamou assim, obrigando-a, segurando-a, machucando-a, a boca firme criando sensações que caiam sobre ela como fogo. - Você está corando, Annie, ele brincou com suavidade. Ela puxou a mão e desviou os olhos dele. - Eu posso ir para casa... para o apartamento, ela vacilou. - N& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 100
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thataty Postado em 28/02/2011 - 15:33:54
Nossa parabéns a web tava optima....
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thataty Postado em 28/02/2011 - 15:33:53
Nossa parabéns a web tava optima....
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feio Postado em 28/02/2011 - 12:46:54
ate qeu fim esse dois esta juntos e apaixonados
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feio Postado em 28/02/2011 - 11:47:58
meu deus
cara vc e estranho -
thataty Postado em 28/02/2011 - 11:47:21
Ele confessou...
Quero mais....... -
thataty Postado em 28/02/2011 - 11:47:20
Ele confessou...
Quero mais....... -
feio Postado em 27/02/2011 - 21:14:59
que cara burro , eu nao sei se faria o mesmo que ele
ainda mais se eu amasse a garota
bj -
thataty Postado em 27/02/2011 - 19:45:16
Adorooo, mais
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thataty Postado em 27/02/2011 - 19:45:15
Adorooo, mais
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thataty Postado em 27/02/2011 - 19:29:10
Só mais um hoje por favor