Fanfic: Fanfic sem Título

A festa prosseguiu-se, mas a paciência de Dulce ainda estava intacta.

- E então, Dul. Ansiosa para conhecer o famoso e fabuloso
Christopher Uckermann? – perguntou Giovanna sorrindo. Dulce suspirou, ajeitando
os cachos vermelho fogo sobre os ombros nu.

- Não sei ainda. Só saberei o que sinto quando o ver. –
respondeu Dulce, um pouco seca. Giovanna fechou a cara, enquanto voltava a
mirar a festa de longe. Fernanda suspirou.

- Nem sabia que ela tinha sentimentos. – sussurrou Giovanna à
Fernanda, que não sorriu, mas assentiu à ela.

Dulce fitava a pista livre onde a maioria dos convidados
estavam. Olhou no relógio de parede de prata e diamantes que seus pais ganhara
de um velho príncipe Egípcio à dez anos atrás, o ponteiro cercado por
brilhantes que se enxergava de longe apontava para onze e quarenta. Suspirou
pesado, e levantou uma sobrancelha quando viu uma figura um tanto...
inacreditável. Respirou fundo e quando soltou o ar, parecia que ia explodir.

- O quê. Ele. Faz. Aqui? – sibilou entre dentes. Aquele não
era o garoto irritante e sem um pingo de atenção que derrubou propositalmente
suco em sua roupa cara e linda naquela tarde?

Giovanna e Fernanda olharam-na, e quando viram aonde Dulce
soltava fumaça pelas narinas, a direção era mais perigosa e inacreditável do
que pensavam que poderia ser.

- Aquele não é o mesmo cara que derrubou suco na sua roupa
hoje, Dul? – perguntou Fernanda vidrada na figura masculina e linda que vira.

- E que te chamou de mimada
escrota ? – Dulce e Fernanda olharam para Giovanna, e Dulce a fuzilou com o
olhar em chamas.

- Sim. Infelizmente é ele mesmo. – respondeu Dulce.

- Mas, o que será que ele quer aqui? Ele ganhou convite? Veio
com alguém que tem convite? – Fernanda perguntava sem parar, Dulce já estava
incrivelmente irritada e confusa.

- Já chega, Fuzz! – disse em voz alta à ela. Fernanda ficou
quieta. – Não sei o que ele quer aqui e o que ele pensa que faz aqui, mas não
vou perder a chance de fazer ele pagar pelo suco na minha blusa, por comentar
dos meus seios de forma tão idiota e por ter me chamado de escrota. – disse entre
dentes. Dulce bateu a mão na mesa atrás de si e das meninas e caminhou
fatalmente até o louro de terno preto e gravata azul claro. O louro parecia um
tanto perdido ao meio de tanta gente e sem importância alguma para ele, Dulce
chegou atrás de si. – Belo terno. Mas eu nunca imaginaria que alguém como você
usaria algum dia um terno de grife Ellus! ­– soltou o veneno puro esbojando um
sorriso fatal. O louro olhou para trás, e sem muita surpresa, revirou os olhos.

- Saviñón! - Dulce por um momento sentiu-se surpresa. Como ele
sabia que ela era uma Saviñón? Bom, a metade grande da escola sabia, mas ele
fazia parte desta parte?

- Meu sobre-nome! E você..? – perguntou olhando-o de cima à
baixo. Christopher usava um modelo de sapato masculino preto da Givenchy, e
para sua surpresa, ele ficará perfeitamente lindo e sexy.

- A modesta parte, melhor não dizer quem sou realmente. –
respondeu ele sem ser grosso, mas sim homem suficiente para fazê-la tremer-se
toda com a voz e o olhar.

- “A modesta parte” é melhor você me explicar detalhadamente
como veio parar na minha festa! –
ordenou entre dentes. O louro sorriu safado, mas da forma que Dulce sempre
amou. Levantou uma sobrancelha perfeita. – Comece!

- Bom... eu sou um convidado especial! – respondeu tranqüilo,
enquanto pegava uma taça de champanhe do garçom que servia. Dulce sorriu
irônica.

- Você? Um convidado? Especial ainda? Rá. – riu debochada. –
Fale sério, você é um penetra. Mas um ótimo penetra, como conseguiu passar pela
segurança intacto? – perguntou ainda sorrindo debochada.

- Bom. Já lhe expliquei como vim parar na sua festa. Ou quer
detalhes da minha arrumação, banho, escolha de roupas e tudo mais? – perguntou irônico.
Dulce sorriu, muito cínica e venenosa.

- Não, estes detalhes não necessito saber. Mas então, quem é
você? – perguntou firme, sem tirar os olhos de Christopher.

- Não preciso lhe dizer isso. Você não exigiu isto com a explicação,
certo?!

- Mas exijo agora!

- Que se dane. Não lhe devo mais explicações, senhorita Birra!
– Dulce revirou os olhos, e sentiu o sangue ferver, junto com o coração
acelerado. Que motivo lhe levara a ficar assim?

- Bom, que se dane você. Quero explicações agora, ou estará
fora da minha festa! – disse em tom alto e claro. Alguns convidados olharam-nos
por uma fração de segundos, e depois deram ombros.

- Pensei que a festa fosse de seus pais! – rebateu ele
sarcástico. Dulce rosnou baixo, mas furiosa.

- Quer saber, pouco me importa quem você é, saia já da minha
casa e jamais volte. Seu penetra grosso! – cuspiu as palavras à ele.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Eleanor autoritária.
Dulce o “louro” nem piscarão, Dulce virou-se, séria.

- Nada! – respondeu Dulce. Eleanor suspirou cansativa, foi até
Dulce e segurou-a nem tão leve pelo braço.

- Dulce. Respeite os convidados, principalmente ele, o filho
da Alexandra! Isso são modos, querida? – Dulce grunhiu baixinho.

- Talvez se soltar meu braço, mamãe. – disse sarcástica e rude.
– Bom. O que havia dito antes? – perguntou à ela.

- Oh, querida. Enfim conheceu meu bebê! – disse bem “alegrinha”
Alexandra Von Uckermann. Dulce engoliu seco.

- Bebê? – quase gaguejou em pura confusão. Alexandra
gargalhou.

- Claro, querida. O meu Christopher. Este atrás de você! –
Dulce naquele momento faltou ter um derrame, ataque cardíaco, qualquer destas
tragédias por dentro. Seus lindos olhos arregalaram-se, mas ela impediu tamanha
surpresa e choque naquele momento.

- Oh. Sim, sim. O conheci, e quer saber, o adorei! – disse sorrindo.
Por mais que no fundo, estivesse tão chocada que nem conseguisse raciocinar
direito. Alexandra soltou um gritinho de emoção e felicidade, e foi abraçar o
filho. Dulce os mirou, droga, como não soube antes que aquele era Christopher
Von Uckermann? Também, ele quase não se parece bem com a mãe, então dificultara
para saber.

- Oh, vocês dois são tão certos um para o outro! Me sinto como
uma cúpida da alta sociedade! – disse rindo. Christopher ruborizou-se, e Dulce
sorriu. Então grosso e sem atenção alguma era tímido com assuntos assim?

Christopher viu Dulce sorrir, e imediatamente pigarreou.

- Mãe. Me solte, está me deixando sem ar grudado em meu
pescoço! – reclamou ele. Dulce no fundo sabia que ele só disse aquilo porque
percebeu que ela o olhava e sorria, e que ela sabia que ele ficará
envergonhado, então tinha a desculpa certa para dizer sobre ter ficado um
pimentão.

- Desculpe, bebê. – desculpou-se Alexandra.

- Será que pode também não me chamar assim em público? É o
jantar de Eleanor, mãe. – Christopher disse sério. Alexandra assentiu, sem
graça. Pegou mais uma taça de champanhe e bebeu um gole.

- Venha comigo, Eleanor, querida. Tenho que lhe mostrar ao
vivo e à cores as peças de novos brilhantes que vieram da Rússia! – disse ela
pegando no braço de Eleanor.

Dulce esperou que elas saíssem e começou a bater palmas à
Christopher.

- Porque está batendo palma, Saviñón? – perguntou ele sem
humor.

- Dulce! – corrigiu-o.

- Saviñón! – insistiu ele.

- Como quiser, Chris! – Dulce sorriu e piscou para
Christopher. – Nunca pensei que poderia esconder de alguém como eu que você é o
famoso herdeiro das empresas Uckermann’s Story. – comentou fingindo estar surpreendida.

- Não preciso do teatro, marionete. – rebateu Christopher.

- E quem disse que é um teatro? É um show, e você é meu
palhaço com cordinhas pelas costas! – disse usando sua melhor maneira de ser impossível
de se abalar.

- Hum! – exclamou ele fingindo sono. Dulce sorriu.

- Foi até bom te conhecer, Christopher. Agora vou com minhas
amigas. – disse ela virando-se.

- Sério? Nem sabia que agora demônios têm discípulos. – disse
ele fatal e provocativo.

- Bom, agora você sabe! Ao contrário de você, não é, anjinhho
com face de bebê da Dona. Ale Uckermann?! – rebateu provocantiva e venenosa
demais. Ouviu Christopher grunhir, sorriu satisfeita, enfim conseguira uma
pequena parte do começo do inferno que o faria ter. – Oportunidades é o que não
faltará! Prepare-se, Uckermann. Nunca uma Saviñón cai e fica!

Enquanto Dulce desfilava com suas belíssimas curvas pelo
salão, de longe, Christopher a observava com calma e descrição. Ela estava
linda e muito, muito sexy, mas era fatalmente perigosa e manipuladora, seria
difícil partir seu coração de alguma forma.

É como a letra de uma tal música diz: “I`m only gonna break break your,
break break your heart.”

“Se você se apaixonar por mim

Eu só vou te destruir

Eu te disse desde o início.”

E então amores, gostando da Web? A Dulce realmente é bem cínica, mas sabe, eu cansei de ver a Dulce rebelde e totalmente tímida, chega de Dulce/Roberta, vamos abrir caminho para a Dulce cínica, vingativa, sedutora, fatal, popular e perigosa. Porque a vida e as Web`s não se definem de personagens passados, por mais que seja bom relembrar.

Aviso geral apenas, nenhuma crítica flw! ;*