Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Mia POV

Estava no escritório do jornal do
meu pai em Guadalajara. Diego tinha vindo buscar alguém a pedido do meu pai.
Resolvi vir também, pois tinha a idéia de pedir o telefone do Miguel para sua
mãe; Alma, funcionária do meu pai. Porém o destino sorriu para mim e as coisas
saíram melhores do que eu pensei. Quando menos esperava, Miguel apareceu no
estacionamento com o seu irmão, entrando em seguida no escritório.
Ele cumprimentou a sua mãe e não olhou em nossa direção.

Fiquei congelada como estava,
somente observando as suas atitudes.

Sua frieza e seu tratamento
conosco, eram motivados por sermos quem éramos.

E quem EU era?

Meu nome é Mia Colucci. Sou filha
de uma família feliz.

Sempre tive tudo que queria ou o
que uma garota precisa.

Morávamos na Cidade do México,
desde que eu me lembro.

Meu pai se chama Franco Colucci, é
presidente e dono de 80% das ações de um grupo que publica os três maiores
jornais dos estados de Monterrey, Cidade do México e Guadalajara.

Franco tinha uma vida muito
agitada na Cidade do México e estava cansando da cidade grande, então, quando
eu completei doze anos nos mudamos para Guadalajara. Era um lugar pacato
em relação à Cidade do México.

Não conhecíamos ninguém na
cidade, portanto estávamos recomeçando.

Não foi difícil fazer
amizade, além de não termos problemas em fazer amigos, as pessoas foram
bem receptivas, logo conseguimos nos enturmar.

Meu primeiro amigo em Guadalajara
foi o Geovanni. Ele, além de filho de um acionista da empresa, tinha muitas
aulas comigo. Isso nos aproximou, conseqüentemente viramos amigos.

Meu pai já era influente na
cidade, pois tinha anos que era dono do jornal de maior circulação, sendo
conhecido por empresários e políticos da região.

Minha mãe não mora com a gente,
ela separou-se do meu pai assim que eu nasci. Ela não tinha dezenove anos
quando isso aconteceu, e olha que eu era a terceira filha!

Somos quatro filhos: Victória (
Vick), Diego, eu e Lupita. Aqui está por ordem de idade, Vick é a mais velha e Lupita
a mais nova.

Vick é meio desligada de tudo que
acontece á sua volta. Lupita é muito manhosa, às vezes ciumenta e é muito
apegada ao meu pai.

Todos aqui em casa, menos Lupita, têm
olhos dourados, da cor dos olhos do papai. Lupita tem cabelos pretos e olhos
castanhos escuros.

Diego além de meu irmão,
sempre foi amigo. Desde pequenos fazemos tudo juntos. 

Ele tem um dom nato,
com sete anos tocava violão como ninguém. Então quando
eu completei seis ele pediu que meu pai comprasse mais um violão e me
ensinou a tocar, o que me despertou a paixão pela música.

Em seguida, comecei a ter
aulas na escola de música e em casa só aperfeiçoávamos.

Quando completei doze anos sabia
tocar guitarra, baixo, teclado e também cantava.

Naquela época, resolvi chamar
nosso novo amigo Geovanni para tocar conosco. Empolgado, ele entrou na aula de
bateria e arranhávamos no quarto que Diego pediu para o meu pai reformar: um
pequeno estúdio. Éramos quatro na pequena banda; eu tocava teclado, meu irmão
tocava violão, Lupita cantava e meu amigo Geovanni era o baterista.

A música fez e faz parte da minha
vida.

Eu era completa e feliz.
Tinha tudo que uma pessoa queria e precisava para ser completa: Família,
amigos, saúde, dinheiro...

Até conhecer esse garoto que com
suas atitudes de rejeição quer mostrar que ter tudo isso somente o afasta de
mim, ou, me afasta das pessoas.

Após ter nos cumprimentado
forçado por sua mãe, Miguel deixou o escritório com cara de poucos amigos e
saiu rápido pelo estacionamento, rumo ao carro da Alma.

Eu até que podia deixá-lo de
lado, pois estava sendo uma infantil insistente. Mas eu não queria que ele
ficasse com uma imagem irreal do que eu sou.

Desde meu aniversário que não nos
falamos mais... Desde aquele mal entendido... Eu não queria que as coisas
fossem assim, ou seja, não queria que quando nos encontrássemos por um acaso em
algum lugar ele virasse o rosto e fingisse que não me conhece ou que nunca
tivemos nada.

Lógico que eu tenho minha parcela
de culpa para ter chegado nessa situação. Mas não foi propositado. Eu não posso
simplesmente chegar às pessoas e me apresentar assim: Oi, sou Mia Colucci.
Filha do milionário Sr. Colucci. Prazer.

Rá! Não mesmo.

Primeiro quero conquistar meus
amigos para que não surjam à minha volta pessoas interesseiras. Também quero
que as pessoas me conheçam pelo que eu sou, antes de me julgar pelo que tenho,
ou pelo que visto. Principalmente pessoas como o Miguel: preconceituosas.

Mas, além disso, não posso evitar
que o Geovanni goste de mim. Ele é meu amigo. Sempre acreditou que tínhamos, ou
que teríamos alguma coisa... Esse foi o outro fato que fez com que o Miguel me
tratasse assim. Ele pensa que eu menti.

Para explicar os motivos que o
levaram a me tratar assim, explicarei tudo desde o dia em que o conheci.