Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Pelo menos Diego comeria todos os itens da mesa.

“Gosto do bolo de milho da minha mãe.” Disse nostálgico enquanto comia.

“Sente muita falta dela, né?” Queria que ele falasse um pouco do sentimento
pela mãe.

 “Na verdade, Mia, eu sinto falta da minha mãe desde que nasci.” Suspirou ao falar. “Você sabe que ela morou fora até eu completar cinco anos
né? Eu tive uma infância tendo que sobreviver com a falta dela. Ela só ia me
ver semestralmente. Acho que meus irmãos não sentiram tanta falta como eu.
Embora eu fosse criança, o reflexo dessa época transformou a minha
personalidade. Eu me tornei uma pessoa retraída.”

“Você morava com a sua avó né?” Lembrei da história que meu pai contou.

“Sim. Eu, meu pai e meus irmãos. Quando Alma estava na faculdade ela
engravidou da Roberta e dois anos depois, mesmo separada do meu pai, ela
engravidou do Santos. Depois Roberto sumiu pelo mundo, deixando a gente com
minha avó de vez. Mas aí quando eu completei dez anos minha avó se mudou para Ciudad
Victoria, então eu tive que olhar meus irmãos. Isso me deu um senso de
responsabilidade muito cedo.”

“Sua mãe tentou de novo com outra pessoa?”

“Não, minha mãe só gostou de uma pessoa na vida e não se entregou de verdade
para mais ninguém.” No seu rosto havia pesar.

Precisávamos sair, pois a manhã estava indo embora, já era oito e meia, e
nós ainda estávamos no hotel.

“Eu quero saber mais, muito mais, mas a gente podia ir... A gente tem tão
pouco tempo para fazer tanta coisa...” Disse com carinho, pegando em sua mão.

“Então vamos.” Levantou e envoltou a mão em minha cintura, saindo do
restaurante e se dirigindo ao estacionamento.

Era bom ouvi-lo falar sobre si, percebi que a sua história motiva parte de
sua personalidade.

“Miguel... Você me diria por que você não gosta do meu pai?” Aproveitei que
ele estava à vontade, abrindo a vida, e talvez fosse uma boa hora para
descobrir o motivo do ódio.

Chegamos ao carro e entramos. Ele estava bem pensativo.

“Hoje, o meu desafeto é menor.” Iniciou, passando a marcha. “Acho que eu já
amadureci um pouco, mas eu tenho dezenas de motivos para não gostar dele.” Disse fitando a estrada, parecendo não gostar de falar sobre o assunto. “Porém
existem alguns que você não pode saber.” Me olhou e percebeu que fiquei tensa.
“Tem certeza que você quer conversar sobre isso essa hora da manhã? Talvez seja
melhor deixar as coisas ruins para mais tarde.” Me deu a opção me tocando no
rosto.

“Pode ser.” Ainda que eu não quisesse, fiquei preocupada com o que poderia
vir mais tarde.

Chegamos ao campus, ele estacionou e tirou o cinto.

“Vinte minutos, Mia.” Me beijou no rosto para descer.

“Miguel, deixa eu conhecer o seu quarto?” Eu já sabia a sua resposta. Ele
nunca deixaria.

“Não pode. É proibido a entrada de mulheres.”

“Deixa! Eu queria conhecer, saber onde você fica e como é o seu quarto
aqui.” Insisti. Geralmente ele cede às minhas vontades.

“Mia, não pode... Tem segurança lá... Se te pegarem posso ser suspenso e
perder direito ao dormitório.” Ele suspirou e passou a mão no cabelo.
“Sinceramente eu não sei o que você quer fazer lá.” Disse sem certeza, não
estava decidido ainda.

“Sabe, Miguel, você podia fazer coisas erradas de vez em quando, sabia?
Talvez isso até melhorasse a sua personalidade. Você fica querendo ser muito
certinho, seguir planos à risca e está perdendo as coisas boas da vida.” Tentei
mais uma vez.

“Mia, eu já tenho feito muitas coisas erradas. Como por exemplo: passar duas
noites no quarto de um hotel com uma menor, com o agravante de estar com você
ontem à noite em completo estado de embriaguez. Só por esses dois motivos eu já
poderia responder por dois artigos, induzimento de substâncias alcoólicas a
menor e corrupção. Até provar que eu não te corrompi e que não fui eu quem te
embebedou, eu já estaria preso cinco anos. Já viu que o mais fraco não tem
vez!” Sorriu sem humor.

Pior que ele tinha razão, mesmo assim cruzei os braços e fiz carinha de
triste. Ele não iria resistir.

“Fica aqui que eu vou lá dentro buscar um boné e uma jaqueta pra você. Eu
devo estar perdendo noção de julgamento mesmo, só pode.” Saiu balançando a
cabeça.

Eu regozijei com meu poder. Era inacreditável que ele tivesse aceitado a
minha proposta!!

Ele voltou rápido com a jaqueta e o boné nas mãos. Parecia estar
preocupado. Mas até eu estava. Se acontecesse alguma coisa com ele
por minha causa eu não me perdoaria.

“Eu posso ir mesmo?” Agora eu lhe dei a opção de negar, caso quisesse.

Ele colocou o boné na minha cabeça, olhando fixo em meu rosto, tentando arrumar
meu cabelo.

“Ainda estou me perguntando como estou tendo coragem de fazer isso, mas
veste a jaqueta. Já me fez ir lá.” Respondeu com um pouquinho mais de certeza.

“Hum... Então você quer que eu vá” Pendurei os braços preguiçosamente em seu
pescoço, ajoelhada no banco “Prometo te recompensar lá.” Sorri com olhar
malicioso e dei beijinhos em seu queixo.

“Eu queria saber como você consegue fazer isso comigo. Como eu perco a
consciência quando você está perto de mim!” Pareceu mais do que um comentário e
sim uma reflexão.

“Vamos, não pense. Eu quero ir lá.” Me adiantei antes que ele desistisse.

“Tá, vou te explicar como chegar lá e você vai na frente, daqui a pouco eu
vou.”

Ele avisou que se eu fosse pega, era melhor que não fosse com ele. Ele tinha
que se precaver de alguma maneira. Concordei e ele me ensinou como chegar.
Não era difícil. Segundo corredor, terceiro quarto a direita... Não sei
por que, mas meu coração começou a bater mais forte. Talvez estivesse
preocupada com ele.

Desci e segui o trajeto que ele explicou. Caminhei de cabeça baixa e não
encontrei ninguém nos corredores. A porta do quarto estava só encostada, então,
entrei arfando pelo nervosismo.

Dei uma olhada rápida e fiquei contente em ter forçado um passo no mundo
dele. Miguel entrou logo em seguida. Quando ele fechou a porta, eu pulei em
seu colo igual criança, extasiada de alegria.

A adrenalina do proibido era sobrenatural.

“Ai, Mia, só você pra fazer isso comigo...” Suspirou aliviado e me abraçou.
Na sua voz tinha uma pontinha de stress.

“Vamos, a gente não tem muito tempo. Eu quero tirar umas fotos aqui.” Desci
do seu colo e andei eufórica pelo quarto.

“Pra quê fotos aqui?”

“Nossa, tudo você pergunta! Pra ficar de lembrança eu no seu quarto. Olha
que legal!” Entreguei a máquina e deitei na cama fazendo pose.

“Mia, você é muito engraçada.” Sorriu e tirou fotos, enquanto eu fazia
caras, bocas e gestos.

Ele só sorria.

“Pronto agora é sua vez.” Tomei a máquina e apontei o alvo para ele.

“Não, Mia, eu não tenho tanta desenvoltura como você.” Disse se escondendo.

“Pode ser natural, tipo assim: senta e olha pra mim, deita e pega um livro.
Eu quero lembranças naturais. Pode ser com essa cara aí de ‘sou um anjo’. Você
é assim mesmo.”

Sorri e comecei a tirar as fotos espontâneas, ele não queria fazer pose
mesmo. Depois de tirar muitas fotos quase do mesmo jeito, desisti.

Ele estava sentado na cama me olhando com um sorriso de canto, lindo. Não me
contive e me aproximei correspondendo ao olhar. Ele só sorria.

“Adoro quando você faz isso...” Riu malicioso, mordendo os lábios, com os
olhos fixos em minha direção, olhando por baixo dos cílios.

Me aproximei e sentei de frente em seu colo.

“O que?” O beijei na orelha, mordiscando. Ele pousou a mão em minha cintura.

“Esse jeitinho... de...” Fechou os olhos quando deitei o seu pescoço e
passei a língua atrás de sua orelha. “...Gatinha manhosa com expressão...” Respirou fundo e se arrepiou. “Vou te atacar...” Disse com a voz rouca, com a
expressão entregue.

Ele pôs uma mão em minha nuca, me olhou com os olhos derretidos e me beijou
leve, recebendo minha língua gentilmente. Sua mão apertou minhas costas, me
abraçando para si. Me abandonei nos beijos, trocando carícias e ansiando por
mais. Nem mil anos beijando sua boca iria satisfazer o meu desejo de continuar
ali. Cada dia era um novo dia, cada beijo se diferia do
anterior. Assim, nos entregamos aquele impulso do ânimo.

Minhas mãos deslizaram lentas para a barra de sua blusa, acariciando
sua cintura com os dedos, e não me contentando com seu peito coberto,
fiz menção a tirar. Ele era muito perfeito para ficar escondido dos meus
olhos e das minhas mãos.

Fui levantando lentamente e ele segurou minhas mãos, gentil, sem parar
de me beijar. “Mia... já pensou que o que você faz comigo... Eu posso fazer com
você?” Murmurou em meus lábios e soltou minhas mãos.

“Uhum...” Foi o que respondi, e voltei a deslizar minha língua em seu lábio
superior, voltando a tirar sua blusa lentamente.

Ele gemeu abafado, no instante em que eu passeava as mãos em suas costas e
apertou minha cintura, distribuindo sensações de calor e ansiedade no meu
corpo.

“Está pensando no que você fez?” Ele estava incerto das minhas atitudes,
sempre me testando, principalmente depois da noite de sexta-feira. Mesmo assim,
ele não deixou o clima esfriar.

“Tirei sua blusa.” Sussurrei desviando meus lábios para o seu pescoço,
subindo lento, mordiscando o seu queixo e descendo com a língua em linha reta
pela garganta, enquanto minhas mãos passeavam pelo abdômen. A cada segundo ele
estava mais agitado, sua respiração era dificultosa e ele me olhava com olhar
bem faminto.

Ele respirou fundo e colocou os dedos dentro da minha blusa, me testando,
passando os dedos, depois pegou na barra e subiu lentamente, até tirar por
completo.

Ele me olhou com sorriso de vingança e me beijou intensamente, em um
ritmo ansioso, fazendo sons guturais, seguindo em mim o mesmo caminho que eu
fiz nele com os lábios e com as mãos, acariciando minha barriga e abdômen. Ele
me mostrava que faria o que eu conduzisse.

Suspirávamos e arfávamos enquanto nos deixávamos ser consumidos pelo desejo.
Senti seu corpo extremamente ativo e instintivamente busquei atrito. Ele gemeu
baixinho e apertou os dedos em minha cintura, me apertando a ele,
proporcionando um atrito maior. Tudo era novo para mim. Sentia uma sensação de
desespero por ele que me deixava zonza e a cada segundo fazia eu querer mais.
Percorri seus braços, suas costas e o seu peito com a ponta dos dedos, enquanto
beijava ansiosamente seu pescoço.

“Assim não vale, eu estou sem nada...” Sussurrou em meu ouvido e direcionou
as mãos para as minhas costas, esperando a minha autorização para abrir meu
top.

Continuei beijando seu pescoço e segurei delicadamente suas mãos, dando o
sinal que ele precisava. Ele desistiu e encostou a boca no meu ombro, descendo
na clavícula, onde ele podia vagar sua boca, deitei meu pescoço para trás e lhe
dei espaço, deixando que sua boca vagasse pelo meu ombro, braços, colo.

Com os olhos nublados, forcei o seu corpo a deitar-se na cama e o mordisquei
no pescoço, seguindo lento até o queixo, depois desci a língua em
linha reta, até o abdômen. Passava a mão em seu peito, amando as formas. Ele se
contorceu, falhando a respiração. Parei a boca na barriga, sugando e
mordiscando até a lateral da cintura. Seu abdômen tremia e ele parecia estar
fora de si, prendendo gemidos com os dentes cerrados.

Ele me puxou de súbito, com a pupila dilatada e se colocou por cima de mim.

“Mia... Não se brinca assim com um homem... Eu não sou de ferro.” Sussurrou
e percorreu o mesmo caminho que tracei, de um jeito delirante, chupando e
lambendo pescoço, colo descoberto. Ofeguei, sentindo espasmos por onde sua
língua deslizava, ao mesmo tempo que sua mão pousava em concha no meu seio por
cima do top. Ele fez o que eu autorizei, e, Céus, aquilo era muito bom.

Ele desceu em linha reta ao meu queixo, oscilando como onda pelo caminho.
Ele pousou sua boca em minha barriga e mordiscou até a lateral, nunca tirando a
mão dos meus seios. Agora não era mais gentil. Ele prendia e apertava o bico
entre os dedos, gemendo no mesmo instante que lambia minha barriga.

Algo em minha barriga respondia de um jeito desconhecido por mim, fazendo
meu estômago tremer e eu não conseguir ter noção de quem eu era ou o que estava
fazendo. Lentamente ele desceu as mãos, passou os dedos pelas laterais do meu
short por vários minutos e abriu o botão. Ele deslizou a língua na parte baixa
da minha barriga e desceu o zíper, me olhando como quem suplicava para tirar.