Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...
Eu estava fora de mim, desestabilizada, e, por um momento, tive vontade de
tirar. Mas um fio de consciência voltou e antes que fosse tarde demais o forcei
pelo ombro trazendo-o de volta para os meus lábios. Ele veio descontrolado e respondeu
ao beijo de um modo desesperado, me beijando vorazmente. “Você brinca demais.” Resfolegou em minha boca e inseriu sua língua, mostrando que queria somente que
eu sugasse. Ele colocou minha perna direita em volta de sua cintura, no mesmo
instante em apertava meu quadril, forçando atrito em seu corpo excitado. Por
algum motivo eu queria que ele me apertasse mais, que se apertasse mais a mim,
que se movimentasse.
Assim ele fez.
Ele beijava minha boca, movia bem lento meu quadril, quase que
imperceptível. Mas era bom. Ele apertava meu seio e eu já não me conhecia, era
puro delírio, presa, querendo mais aperto, mais atrito, me encaixando,
buscando, ansiosa, completamente desconhecida.
Abandonado, ele me pressionava e gemia sôfrego em minha boca.
Minha respiração falhou e eu senti-me elétrica naquele campo desconhecido.
Uma sensação como o torpor da bebida latejava em minhas têmporas e me trazia
euforia. Ofeguei, recuperando a batida e respirei fundo, jogando minha cabeça
para trás.
No mesmo instante, Miguel me apertou fortemente, arfou em meus ouvidos por
alguns segundos e depois diminuiu a intensidade do abraço, inspirando e
expirando, tornando mais brando a cada segundo a chama do seu corpo.
Minutos depois, seguido de total silêncio e desconcerto, ele saiu de cima de
mim e deitou ao meu lado.
“Mia... Por que você faz isso?” Beijou ternamente o meu rosto e meu queixo.
Eu ainda estava perdida na desaceleração do meu corpo.
“O quê exatamente?” Perguntei com a voz serena.
“Por que a cada dia que passa você me atormenta mais um pouquinho... Tem um
objetivo?” Apoiou a cabeça na mão, esperando a resposta.
“Deixar você louco.” Sorri e ele fechou o botão do meu short.
“Esse você já conseguiu, mas tem outro por trás desse... Me fala...” Pediu
enquanto beijava a costas da minha mão.
“Hum... É um assunto meio estranho de se conversar... Mas se você quiser...” Olhei para ele e ele estava com interesse real. “Bom, eu adoro beijar você,
disso você já sabe, mas, além disso, eu não permito ir além por que quero que
as coisas aconteçam gradativamente, dia após dia.” Dessa vez eu quem estava
envergonhada em expor os meus pensamentos. “Se você analisar, aqui em Washington D.C. é
a quinta vez que a gente fica junto. Embora eu saiba que a gente tem uma
química muito forte, e muita gente no nosso lugar não resistiria ao nosso
terceiro que foi lá na sua casa, eu não queria que as coisas fossem muito
rápido... Não é só você quem planeja as coisas.” Olhei em seus olhos para
responder além da pergunta inicial que ele me fez. “Eu queria curtir o
crescimento do nosso relacionamento. Assim, a gente se conhece como pessoas e
conhece naturalmente o nosso corpo. Entende?”
Se não, ele não ia perguntar.
“Entendi, e gosto do modo como você pensa, só não me tente demais, pelo amor
de tudo que é sagrado!” Foi o que ele disse e me beijou no rosto. “Agora acho
que temos que sair, isso se você ainda quiser tirar alguma foto. Espere uns dez
minutos que eu vou tomar banho.”
Me deixou na cama e saiu para preparar a roupa que iria usar. Continuei
de top, deitada de lado. Ele se virou e me olhou por alguns segundos, passando,
sorridente, as mãos nos cabelos.
“Quero ver como vai ser meu dia amanhã com essa sua imagem na minha cama.” Refletiu, como se não tivesse falando comigo.
Eu sorri convencida. Valeu à pena ter ido lá. Ele com certeza irá se
lembrar de mim.
Enquanto ele tomava banho varri meus olhos pelo quarto. Era bem
organizado, limpinho, não parecia quarto de homem. Cheirava bem e não
tinha roupas jogadas. Tinha duas camas, um armário grande, e uma
mesinha. Avistei embaixo do travesseiro o meu sutiã que ele tirou de mim
no carro do Emmett.
Uma lembrancinha de mim embaixo do travesseiro... Legal!
Acho que ele gosta mais de mim do que ele sabe.
“Pronto.” Saiu do banheiro e se direcionou ao armário para passar perfume.
“Eu prefiro que você use o perfume infantil.” Disse quando vi um frasco de
perfume em sua mão.
“Mia, ontem o perfume não era bom?” Sorriu, pegou um de golfinho e passou o
perfume de criança.
“Mas esse parece mais com você. Tem cheirinho de anjinhos, talco, flores,
calma.” Ele veio me abraçar, me levantando em seu colo. Direcionei meu nariz ao
seu pescoço e cheirei. “Humm... hummm... muito boom.” Dei voltas em seu pescoço
inspirando enquanto ele ria.
“Agora vem que nós vamos tirar fotos juntos aqui no quarto.” Desci do colo
dele e posicionei a máquina na mesinha, programando para tirar de três em três
segundos.
Ele estava tímido, mas eu fiz cócegas, o beijei, subi em seu colo, sorrimos,
me abraçou, deitamos na cama, ele me beijou deitado.
“Perfeito.” Disse satisfeita, me dirigindo a máquina para cancelar a
programação.
“Já te falei que você não tem perfeição nas faculdades mentais?” Ele sorriu
e me puxou para um abraço.
“Já. Diversas vezes já me chamou de louca...” Sorri e o beijei estalado.
“O problema é que sua loucura é contagiante.” Ele estava com um humor ótimo.
“Agora, vamos completar a loucura, por que a gente ainda tem que sair daqui. Eu
vou na frente, se eu não voltar, é porque você pode sair.” Me deu o boné e a
jaqueta e se olhou no espelho para sair.
Quando ele se preparava para sair, subi no seu colo de novo e o beijei, eu
estava feliz, por vários motivos, e não queria que acabasse ainda.
Ele me encostou na parede me beijando sem cautela, e novamente começamos a
nos deliciar com aquela ocasião oportuna. Senti o ânimo crescer em
seu corpo e ele me apertava na parede, fazendo eu desejar insanamente
aquele contato. Meus dedos se perdiam em seu cabelo, e eu o beijava com
uma paixão incomparável a qualquer sentimento.
Quando já me faltava o ar, o tornei livre do meu abraço intenso.
“Pronto! Era só uma ultima lembrancinha. Agora sempre vai lembrar-se de
mim.” Sorri satisfeita.
Cheguei ao carro, ele já estava, com um brilho insondável nos
olhos. Tirei o boné e a jaqueta.
“Eu ainda quero tirar umas fotos aqui no campus.” Me preparei para descer do
carro, colocando a perna para fora.
“Pra quê você quer tantas fotos?” Pareceu reclamar.
“Porque eu quero registrar a nossa vida juntos, e não pergunta, só faz!” O
olhei sabendo que estava forçando. Mas ele foi mesmo assim.
Não havia explicação para o meu alvo fim, mas eu queria tirar muitas
fotos de nós dois juntos, de um dia em que nós estávamos despreocupados e
felizes. Sorte nossa que não havia ninguém no campus, assim ele se sentia
menos ‘paga mico’, tirando fotos na frente do prédio que estudava.
Programei a máquina de novo e coloquei em cima do banquinho para fazer
poses. Aproveitei e o enchi de beijos e carinhos, enquanto a máquina
fotografava.
“Mia, se você ainda quiser ir a um lugar, temos que ir rápido.” Miguel
avisou. “Já são mais de onze horas, não vai dar tempo.” Disse, me puxando para
o carro.
“Nossa, nós passamos mais de duas horas lá dentro?” Sorri insinuante e ele
balançou a cabeça, prendendo um sorriso. “Onde você vai me levar?” Perguntei
quando ele dava a partida.
“Onde você quiser ir.”
“Hmmm. Eu quero ir a lugares importantes para você, lugares que você goste
de ir.” Eu tinha a intenção de marcar os lugares onde ele costumava ir, pra que
ele se lembrasse de mim sempre que retornasse. Será que eu era maquiavélica?
“Então vamos tirar fotos em dois lugares importantes para mim. No jardim da
Casa Branca, que você sabe o quanto é importante pra mim, e no Parque
National Mall. É nesse parque que às vezes eu estudo. Quando estou
entediado nos fins de semana, levo uma toalha e fico lá quase o dia todo.”
Ele estacionou em frente à Casa Branca, andamos até o jardim e fizemos
várias poses. Ele me pegou em seu colo, me rodou fazendo com que meus cabelos
voassem. Brincamos, beijamos, até dançamos, assim, fizemos mais umas trinta
fotos.
No caminho para o Parque passamos em um drive-tru e compramos um lanche.
Pelo horário, não ia dar tempo de almoçar em restaurante.
Coloquei a jaqueta na grama do parque, lanchamos, depois deitamos, eu com a
cabeça em seu braço.
“Miguel, como você pretende trabalhar com política sendo tímido?”
“Mia, eu não sou retraído sempre. Quando preciso falar eu falo, sem
problemas. Inclusive no curso eu falo bastante quando preciso. A maioria dos
alunos tem problemas com apresentações em aulas e seminários. Eu já não tenho
esse problema. O meu problema é que tudo comigo tem que ser planejado, sou
detalhista e não gosto do improviso. Acho que não gostar de improviso é até um
defeito. Por isso a vida vem pregando peças em mim.”
“Você agora se referiu a mim não é? Eu sou um improviso?” Suspirei. Já era
hora de entrar em um assunto chato.
“Improviso não, mas imprevisto. Eu não planejei me sentir assim por ninguém
tão cedo. E você chegou e desestabilizou a minha base.” Pôs um fio de cabelo
atrás de minha orelha, suspirando. “Você faz isso comigo, você me faz perder o
motivo e a razão, perco o fio da meada. E... Eu fico me perguntando se isso é
bom ou ruim.” Ele respirou fundo e olhou para cima. “De qualquer maneira eu não
devo.” Deixou palavras no ar.
“Não deve...?” Eu sabia que existiam palavras ocultas.
“Não devo desistir de tentar seguir o que planejei.” Sua voz foi meio
estrangulada.
“Isso me põe fora dos seus planos...” Pensei alto, sentindo a tensão
crescente no ar.
Percebi que o seu silêncio era um consentimento, mas eu não iria deixar me
abater.
“Agora você pode me falar por que não gosta do meu pai?” Eu já estava
preparada.
“Bom, se prepara por que a história é longa... Acho que já posso confiar em
você para poder falar... Quando completei doze anos, minha mãe não tinha
com quem conversar, então, ela via em mim uma pessoa madura para minha idade e
viramos amigos. Mesmo sendo filho e mãe, ela até hoje me conta toda a vida
dela, todos os segredos.” Parou e começou a beijar minhas mãos. “Quer mesmo
ouvir? Talvez não te agrade.” Me afastou para me olhar.
Eu já estava deixando a tristeza me invadir novamente, então qualquer coisa
que ele me falasse não me magoaria.
“Pode falar, eu estou bem.” Respondi sem convicção de querer saber de
verdade.
“Ela namorava o seu pai quando tinha quinze anos, namoraram uns oito meses
sério. Só que seus avós não gostavam da minha mãe, achavam que ela só o
queria porque seu avô tinha posses. Além disso, empurravam a Marina para cima
do Franco por ela ser mais esperta, de família com nome, viajada, coisa assim.
E minha mãe era só uma simples estudante. Pelo que sei, um dia houve uma festa,
e a Marina dava em cima do Franco explicitamente e ele nunca fazia nada. Nessa
mesma festa minha mãe pegou o Franco beijando a Marina, então, em resposta, ela
bebeu e quando seu pai foi procurá-la ela beijou o Roberto. Seu pai quando viu
os dois juntos saiu da festa com sua mãe e começaram a namorar. Meses depois
seu pai quis voltar com a minha mãe, mas ela já suspeitava que estava grávida e
não o quis. Conclusão: fui gerado de uma briga dos dois. Por causa de mim,
minha mãe se obrigou a casar com o meu pai, que a fez muito infeliz.
“Mas esse não é motivo de não gostar do meu pai.” Era perceptível que a
conversa ainda não tinha terminado.
“Não é mesmo. Só que a partir de agora é uma bomba o que eu vou te falar.” Parou para ver se eu estava bem para ouvir. “A Alma viveu em função do seu pai
quase que a vida toda. Ela morava na mesma casa que eles, lembra?” Eu assenti.
“Quando ele começou a ter crise conjugal com a Marina, ele ficava com minha mãe.
Era sem cobrança, mas sempre ele a procurava. Ele só parou de procurá-la quando
virou o mega empresário.”
Fiquei pasma. Meu pai tinha um caso com Alma?!
“Até quando eles se encontraram?” Controlava a minha voz, mas estava tensa.
Agora eu começava a entendeu um pouco os motivos do Miguel.
“Acho que até um ano depois que ele se formou. Não tenho certeza.”
“E depois? Eles ainda saíram?” Estava curiosa demais. Meu pai!!
“Acho que agora não. Mas depois que ela veio trabalhar para ele, ela ainda
saiu com ele várias vezes.” Disse com expressão chateada.
“E o que você falava?” Eu sabia o que ele achava.
Prévia do próximo capítulo
“Eu?! Eu ficava revoltado! Odiava ele por isso, por ele a usar. Ele tomou anos da vida dela. O que me deixava chateado era que ela tinha sentimento por ele, e ele achava que era só sexo, sabe?” Ele estava com a expressão dura. “E quando eles pararam de sair?” A história me deixava abismada. “Eles não saia ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 942
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anita Postado em 24/01/2014 - 15:35:48
por favor so mas um ou mas por favor
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anita Postado em 22/01/2014 - 01:20:51
E essa fic e muito massa adorei ela por favor volta a posta! pfpfpfppfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf
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iza2500 Postado em 17/10/2013 - 10:47:56
essa fic é excelente, volta a postar please. posta mais! continua. quero saber o final dela. posta mais!
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:27:19
nao liga para essa menina que te copiou elas sao envejosa pois sua web é a melhor.
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:26:02
pelo que eu entendir vc nao posta mais nessa web né. entao me ajuda como é que eu faço para terminar de ler
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:24:25
eu quero terminar de ler mais eu nao to sabendo como fazer. desculpe. é qui eu acopanho a sua web desdo começo e nao to conssiguindo terminar de ler. por isso como é que faz para eu terminar de ler
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:19:05
oi eu enviei o convite para a sua comunidade e agora o que é que eu faço.
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:15:01
posta mais
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:14:39
va cai posta em outra agora é, em qual mais essa web vai continuar. pois ela é muito boa. posta mais
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cherry Postado em 17/04/2012 - 18:26:11
excluiii!!!!!!!