Fanfics Brasil - Entre o Amor e o Poder....MyM...

Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...


Capítulo: 109? Capítulo

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Semana seguinte.


 Recebi os presentes de volta pelo Fedex e os guardei. Sabia que um dia
ele aceitaria. Desci e encontrei Lupita deitada no sofá da preguiça.


 “Lupita você tem falado com Santos?”


Eu estava com um pouco de culpa por não ter ligado para o meu amigo há
meses. Pelo menos continuei depositando o dinheiro dos remédios como
prometi.


“Falei ontem, ele está doente de novo.”


“Nossa, tem o maior tempão que eu não o vejo, acho que eu vou lá amanhã, é
sábado e eu vou aproveitar para matar a saudade. Vamos?”
Sentei no sofá em sua
frente.


“E o que nós vamos falar para o meu pai?”


“Eu não vou mentir.” Foi o que eu respondi e deitei para assistir um filme
com ela.


**


“Oi, pai!” O beijei e abracei quando ele apareceu na sala, chegando do trabalho.
“Amanhã eu vou a Monterrey.”


Ele me olhou com olhar de desaprovação. De certo imaginou que Miguel estava
em casa.


“Mia, nós já conversamos sobre isso...” Me olhou sério.


“Pai, ele não está em casa, está na Universidade, milhas daqui. Eu vou ver o
Santos, ele está doente de novo.”
Informei.


Ele olhou surpreso.


“Estranho... A Alma nem me disse nada.” Refletiu


“Vai ver ela não quer mais o incomodar depois daquele último episódio na casa
dela... Talvez vocês não sejam mais tão amigos como eram antes daquilo.”
Tentei
fazer com que ele pegasse a idéia que eu lhe passava.


“Mas ela me trata normal quando a gente se encontra.” Continuou pensando.


“Lógico pai, amigos, amigos, negócios a parte. Ela na empresa é só
sua funcionária e funcionário é funcionário.”
Repeti as palavras dele
da nossa última conversa.


Meu querido pai tinha que pensar nas coisas que anda fazendo na vida, tenho
que colocá-lo para raciocinar.


“Mia vou com vocês amanhã, que horas vocês vão?”


“Umas nove saímos daqui.” Respondi desacreditada se ele ia mesmo.


Meu pai não é de faltar serviço no sábado!


“Eu vou a empresa, depois vou aproveitar e visitar uns amigos, estou
precisando relaxar.”
Explicou satisfeito.


“Isso!! Esse é o meu pai!” Voei em seu pescoço e o abracei.


**


Fomos a Moterrey no meu carro. Dirigi para o meu pai e adorei isso. Ele nos
deixou na casa da Alma e avisou que mais tarde nos buscaria após ver alguns
amigos. Estavam em casa somente Roberta e Santos, pois Alma estava trabalhando.


O garoto estava deitado no sofá com a aparência pálida.


“Oi, irmão!! Por que está deitado? Nunca vi o pimentinha quietinho assim?” O
abracei.


Me preocupei com o seu semblante, os olhos estavam estranhos e meio caídos.


“Estou cansado. Não estou na rua porque estou sentindo algumas dores.” Deitou a cabeça no meu colo.


Achei estranho, ele nunca foi de reclamar de fraqueza.


“Como estão os remédios? Está indo ao médico?” Perguntei preocupada com o
resultado dos exames que eu tinha visto há dez meses, que dizia que a doença
dele poderia virar leucemia.


“Sim, mas minha mãe disse que não estou conseguindo melhorar. Eu também
sinto isso.”
Sua expressão estava triste.


“Miguel sabe que você está assim?” Imaginei o motivo do mau humor do meu
anjinho.


“Sabe, minha mãe disse para ele semana passada.”


Minhas suspeitas foram confirmadas.


Lupita estava conosco, mas estava quieta. Acho que estava triste de ver o
implicante naquele estado.


“O que os médicos dizem?” Acariciei seu rosto.


“Ah, Mia. Os médicos daqui não sabem dizer nada, só sabem que é um problema
no sangue e não estão conseguindo resolver.”


Na sala tinha um vídeo game, e eu o chamei para jogar. Achei melhor não
continuar no assunto para não ficarmos tristes. Ele ficou super animado,
devia estar sendo difícil para ele ser hiper-ativo e não poder jogar bola e
sair. Jogamos o restante da manhã e Roberta ofereceu almoço. Ela tinha
feito macarronada. Almoçamos e assistimos um filme, esparramados no sofá.


Durante todo o tempo Lupita olhava com os olhos tristes e passava as mãos
nos cachinhos de ouro do garoto. Penso que minha irmã sente muito carinho por
ele. É ruim vê-lo no estado em que se encontra, ainda mais quando estamos
acostumados a vê-lo sempre aprontando.


O telefone tocou.


“Oi, cabeção... Tô bem, estou com duas gatas aqui me alisando... sua mulher
e Lupita... Não, ainda não chegou... Deve estar chegando, dia de sábado ela
chega mais cedo... Jogamos, assistimos, agora vamos para o quarto dormir os
três abraçadinhos... Almoçamos... Almoçaram... A Roberta fez macarronada... Eu
estou bem sim, não se preocupe... Tá... Pára de ser bicha!... Pra você também.”


“Mia, quer falar com você.” Santos me entregou o telefone.


“Oi, Miguel.” Sentei desconcertada no sofá.


“O que vocês estão fazendo aí?” Ele parecia estar surpreso.


“Nossa, Miguel! Isso são modos de começar a falar com alguém no telefone?” Brinquei. “Eu não conheço só você nessa casa. Vim visitar o meu irmão. Ele
nunca disse pra você que somos irmãos não? Eu estava com saudade dele.”
Sorri
para Santos.


“Como ele está? Como está a cara dele?” Em sua voz havia excesso de
preocupação.


Peguei o telefone e fui para a cozinha fim de falar mais a vontade.


“Hum... Acho que não tão bem. Se ele está fazendo algum tratamento, não tem
adiantado. Ele está muito pálido e sentindo dor.”
Segundos depois de ter falado
me arrependi de ter sido tão sincera.


Ele ficou um tempo calado.


“Eu me sinto mal, Mia, por não poder fazer algo. Eu não estou conseguindo
fazer nada, estou preocupado com ele.”
Disse extremamente chateado.


“Não. Você tem que se concentrar aí. Você tem que tirar notas boas se não
você perde a bolsa.”
Tentei reanimá-lo.


“As minhas notas estão boas, eu é que não estou bem. É tanta preocupação que
minha cabeça vai explodir.”


“Não se preocupe... Aqui vai dar tudo certo.” Queria acalmá-lo quando eu
mesma estava bem preocupada.


“Como não me preocupar, Mia? A minha família não tem ninguém, a minha mãe
não tem tempo. Eu estou de cabeça quente. Dá vontade de desistir de tudo e
voltar pra casa para ajudá-la.”
Sua voz estava carregada de dor.


“Não faz isso... Lembra dos seus planos, lembra de quem você vai ser. Isso
aqui vai passar, no final vai dar tudo certo.”
Eu não podia deixá-lo desistir.


Segundos se passaram.


“Mia... Obrigado por ter ido aí. Agora eu vejo que vocês não são umas
riquinhas mimadas, e... Obrigado por ter me ouvido. Você é a melhor amiga do
mundo.”
Disse com uma voz um pouco melhor.


Pelo menos consegui animá-lo um pouco. Só não entendi por que ele disse que
‘nós não somos umas riquinhas mimadas.’


“Miguel, você nem abriu o presente que eu te mandei...” Hum... Falei na hora
errada.


“Mia, não vamos falar sobre isso agora, por favor.” Ele não mudou o tom de
voz.


“Faz assim, eu já comprei, e é importante pra mim que você use, mas se você
não gostar, dê tudo para Santos. De qualquer maneira eu vou deixá-los na sua
cama.”


“Tudo bem, não quero mais brigar por isso. Você quem sabe.” Ele queria
encerrar o assunto.


“Estou com saudade...” Murmurei. Ele não respondeu. “Eu vou deitar na sua
cama, abraçar as suas roupas e mexer nas suas coisas pra matar a saudade de
você.”
Disse manhosa.


“Você não existe, Mia...” Quando ele fala isso, já é uma expressão bem
grande dos seus sentimentos. Tenho que adivinhar sempre o que ele diz por trás
das palavras. “...E eu também estou com muita saudade de você. De uma maneira
quase insuportável...”
Disse sussurrado.


Isso eu sabia que era verdade.


“Fique bem, tá? Aqui vai dar tudo certo... Depois eu vou te ligar. Um
beijo.”


“Pra você também.” A voz sua estava melhor. “Mia, manda um beijo para Lupita,
estou devendo umas pra ela. Tchau.”


Desliguei e fiquei parada com o telefone na mão por uns instantes. Pensando.
Olhei para trás e Roberta estava me olhando parecia ter algum tempo.


“Você gosta dele né, Mia.” Ela afirmou, não perguntou.


“Sim, e muito.” Respondi suspirando. “Roberta, eu posso ir ao quarto dele?”


“Lógico, Mia. Fica à vontade.” 


Dirigi-me ao quarto dele, sentei em sua cama e coloquei os presentes em
cima. Era um relógio, um óculos e um perfume. Eu sei que eu exagerei,
não precisava comprar tanta coisa. Mas é que sempre que vou comprar algo para
mim, estou com ele nos pensamentos, logo lembro algo que ele não tem, ou do que
eu não gosto nele, por isso acabei comprando.


Não foi muito caro, não tem motivo para o exagero.


O Ray-Ban comprei por que ele não tem, o relógio por que eu não gostei do
dele e o pólo...


...Ciúmes não, mas se ele pode aceitar presentes de uma colega de classe,
ele pode aceitar o meu, ou, os meus. Sorri com o pensamento.


Deitei em sua cama e abracei o seu travesseiro, me entregando a saudade.


“Oi, Mia, seu pai avisou que daqui a pouco busca
vocês aqui.”
Era a voz da Alma, que me pegou cochilando na cama do Miguel.


Fiquei sem graça, mas ela foi discreta e agiu como se eu não tivesse feito
nada. Resolvi fazer amizade com ela introduzindo um assunto que interessa a nós
duas.


“Alma, queria falar com você sobre o meu pai.” Sentei na cama e ela puxou a
cadeira para sentar em minha frente. “Sabe, meu pai é bom, ele pensa que aquilo
que ele fez foi para o meu bem.”
Tínhamos que conversar sobre esse
assunto. 


“Mas ele não deve controlar a vida dos outros como quer fazer com você.”


Esse era um bom momento para aprofundar a conversa.


“Sabe, Alma, ele é meu pai e quer me controlar por que acha que é o melhor
para mim, mas eu estou conseguindo lidar com ele, lentamente, mas estou.”
Dei
uma pausa para continuar “Mas agora eu queria falar com você sobre a história
de vocês, ele me contou que vocês se relacionaram quando jovens...”
Parei e
organizei minhas idéias. “Não tem nada a ver eu falar isso, é até egoísmo meu,
mas eu fico pensando que se meus avós não tivessem implicado com vocês e se
você não tivesse terminado com o meu pai, eu não teria Miguel hoje, e ele ia me
fazer muita falta.”
Disse torcendo que ela entendesse onde eu queria chegar.


 Não queria que a amiga do meu pai, embora estivesse tão envolvida no
assunto, ficasse com raiva dele.


 “Eu percebo que você está dividida né, Mia, entre o amor do seu pai e
o que sente pelo meu filho.”
Ela disse ternamente.




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 “Eu sei como lidar com o meu pai, com Miguel é que às vezes eu tenho dúvidas.” Murmurei triste. “Se você gosta do Miguel, tenha paciência com ele, eu sei que ele gosta de você. Ele se prende assim por minha culpa, talvez eu não tenha mostrado um retrato do amor e do relacionamento como uma coisa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 942



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  • anita Postado em 24/01/2014 - 15:35:48

    por favor so mas um ou mas por favor

  • anita Postado em 22/01/2014 - 01:20:51

    E essa fic e muito massa adorei ela por favor volta a posta! pfpfpfppfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

  • iza2500 Postado em 17/10/2013 - 10:47:56

    essa fic é excelente, volta a postar please. posta mais! continua. quero saber o final dela. posta mais!

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:27:19

    nao liga para essa menina que te copiou elas sao envejosa pois sua web é a melhor.

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:26:02

    pelo que eu entendir vc nao posta mais nessa web né. entao me ajuda como é que eu faço para terminar de ler

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:24:25

    eu quero terminar de ler mais eu nao to sabendo como fazer. desculpe. é qui eu acopanho a sua web desdo começo e nao to conssiguindo terminar de ler. por isso como é que faz para eu terminar de ler

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:19:05

    oi eu enviei o convite para a sua comunidade e agora o que é que eu faço.

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:15:01

    posta mais

  • maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:14:39

    va cai posta em outra agora é, em qual mais essa web vai continuar. pois ela é muito boa. posta mais

  • cherry Postado em 17/04/2012 - 18:26:11

    excluiii!!!!!!!


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