Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Mia POV

Sexta

Estava no quarto do Diego com Thomas, pois eles estavam projetando um som
para casa. Mais tarde deveríamos sair para comprar acessórios e
equipamentos. Faminta, desci para preparar um lanche, encontrando Alma na sala.

 “Oi, Alma! Estão indo para o hospital?” Perguntei e só depois percebi
que Santos estava com uma mochila nas costas. “O Santos vai embora??” Assustei.

“Eu vou levá-lo para o fim de semana.” Respondeu aparentemente
desconcertada.

“Por quê? Passa o fim de semana aqui você! Bom que a gente sai de novo.
Semana passada foi tão bom. Chama a Roberta e vem.” Insisti.

“Tenho umas coisas para fazer.” Alma estava realmente muito estranha.

Ah se ela queria ir, tudo bem.

“Miguel deu notícia? Queria saber quando ele vem.” Sentei em cima da mesinha
de centro. Estava pensando em quando ele chegasse, com certeza iria trazê-lo em
casa, não iria esconder mais.

“Ele chegou ontem, Mia.” Alma respondeu sem graça e eu olhei admirada para
ela.

“Por que ele não veio buscar o Santos então?” Disse para ela, mas foi um
pensamento alto.

“Não sei.” Não quis prolongar o assunto.

Minha mente vagou sem direção.

Não estava entendendo... No meu aniversário ele ligou, me deu altas
esperanças e uma semana depois chega e nem me avisa!

Além de tudo não veio buscar o irmão... Que seria uma boa estratégia para me
ver.

Rá! Com certeza ele estava bêbado aquele dia... E realmente ele nunca...
nunca... Vem... Atrás... De mim!

Um turbilhão de pensamentos invadiu a minha mente em um segundo.

Que ódio!

Respira, sem pânico.

“O médico deixou ele ir?” Perguntei sobre Santos com o tom alterado.

“Eu falei com Martin que se Santos passasse mal, ele voltaria. Com Miguel em
casa fica mais fácil de locomovê-lo.”

“Mas Santos vai ficar lá?” Estava chateada.

“Estou pensando ainda. Ele está melhor esses dias, e como está indo ao
hospital só uma vez na semana, tem como o irmão dele trazê-lo se preciso.”

“Meu pai já sabe?” Perguntei pensando que ele talvez pudesse impedir isso.

“Sim, eu já liguei para ele.”

Levantei e fiquei em frente ao meu amigo. “Santos, se cuida tá.” O abracei
carinhosamente, estava triste porque meu amigo não ia estar mais sob os nossos
cuidados.

Lupita veio se despedir dele com um abraço também.

“QUAL É, GENTE!! QUE CLIMA DE VELÓRIO É ESSE!?! EU ESTOU INDO PRA CASA!!
VOCÊS AGORA QUEREM ME APRISIONAR AQUI É?!” O atentado se divertia as nossas
custas.

Chateadas, os deixamos no portão e eles se foram.

Voltei para a sala pensativa.

“Mia, ele chegou e não te ligou!?” Perguntou minha irmãzinha indignada.

“Pois é, eu não consigo entendê-lo.” Deitei no sofá.

“Você não vai ligar pra ele né, Mia?!”

“Eu acho que não... Ainda estou pensando... Acho que isso está me cansando
demais.” Respondi desanimada.

“Amanhã é niver dele né?”

“É sim, vou mandar um telegrama.”

Subi para o meu quarto e encomendei um telegrama com a telefonista:

Feliz Aniversário. Tudo de bom.

Nada mais que isso.

Mais tarde saímos para comprar os equipamentos para a montagem do som e
almoçamos na rua. Passamos o resto da tarde envolvidos em montar o som.

“Mia, Miguel acabou de me ligar para ir a casa dele amanhã para o aniversário
dele, você vai?” Era Thomas.

Ah, vai ter comemoração e ele não me convidou!

Mais essa!

“Não.” Tentei não deixar transparecer a minha dor.

Saímos à noite para mostrar a cidade para Thomas. Ele é muito legal, se deu
muito bem com Diego. Depois fomos dançar todos de casa, inclusive Geovanni. Nos
divertimos até, mas voltamos cedo.