Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

Dia seguinte.

Embora eu estivesse p, eu queria muito ligar. Mas me convenci de evitar
fazer isso, seria uma afronta ao meu amor próprio. O correto era procurar
alguma coisa para fazer, já que o nosso hóspede tinha saído para ‘a festinha’.

“Diego, hoje o sol tá lindo, vamos sair para fazer uma trilha?” O chamei na
mesa do café da manhã.

“Eu também quero!!” Lupita disse saltitando de entusiasmo.

“Não sei... Pra onde vocês querem ir?” Perguntou desinteressado.

“Vamos para a praia da reserva??!” Disse a caçula saltitante.

“Não, lá é longe demais e não tem infra estrutura nenhuma!!” Neguei na hora,
era muita tortura pra mim.

“A gente leva as coisas, Mia!” Lupita disse e eu lancei um olhar de poucos
amigos.

“Se vamos sair, prefiro ir à praia mesmo, estou cansado e não estou a fim de
fazer trilha.” Diego disse ainda em dúvida.

“Então vou me arrumar. É praia mesmo, viu, Mia!?!” Lupita saiu regozijando.

Deitei sobre os braços na mesa. “Tudo bem.” Concordei desanimada.

“Vou levar o Geovanni.” Diego informou com mais empolgação e pegou o
telefone para ligar.

Agora era relaxar e curtir. Levamos um violão e fui tocando enquanto Lupita
cantava. Vick também foi. Interessante, Geovanni agora dividia a atenção entre
eu e Vick. Ele é uma graça. Realmente é meu amigo.

Analisei os dois e me perguntei se eles ainda estavam ficando. Estavam meio
suspeitos.

Chegamos à praia onze horas, estava cheia. Arrumamos um local para ficar e
partimos para a curtição. Fui até umas rochas com Geovanni, onde caminhávamos e
admirávamos a paisagem.

Após um tempo meu telefone tocou.

“Oi, Mia.” Era a voz do Miguel.

Meu coração cortou.

“Oi.” Falei sem entusiasmo.

“Obrigado pelo telegrama.”

“De nada.”O frio cortava meu estômago.

Um silêncio se fez.

“Está tudo bem?” Perguntou após o silêncio.

“Está, e você?” Eu queria que ele sentisse como é bom conversar com uma
pessoa monossílaba.

“Estou bem.” Respondeu sem graça.

Outra pausa de silêncio.

“Então tá, até mais.” Se despediu.

“Até.” Despedi e desliguei o telefone rapidamente, respirando fundo.

Após uns minutos consegui recuperar o bom humor e fui dar um mergulho com a
turma. 

Estava adorando a companhia do Geovanni, ele voltou a ser o mesmo menino
carinhoso comigo.

Não como antes, pois eu sentia que não havia mais interesse, hoje eu
acredito que ele me considera como sua família.

Paramos para retocar o protetor solar, e Geovanni espalhava pelo meu rosto.

“Mia! Perdida por aqui?” Era Pablo quem passava perto da gente e parou para
falar comigo.

“Oi! Esse é Geovanni.” Apontei para Geovanni e ele o cumprimentou. “Eu vim
com ele e com os meus irmãos.” Disse apontando para os outros e levantei.

Ele falou com os meus irmãos e Vick faltou ter um colapso com a imagem do indio
à frente dela. Deixei meus irmãos lá e sentei em um canto para conversar com Pablo.

“Aquele dia você sumiu, nem me despedi.” Referi ao meu último dia na praia.

“Pois é, com você e Miguel discutindo a relação, a gente tinha que vazar
mesmo!” Ele sorriu. “Tem visto ele?”

“Não. Tem uns meses que não o vejo.” Eu tinha que sair desse assunto
imediatamente.

“Estou indo para a casa dele daqui a pouco, vai ter uma reuniãozinha de
amigos lá.”

“Legal.” Tentei soar descontraída. “A minha irmã ficou interessada em você.” Apontei para
Vick. Era a melhor maneira de mudar de assunto.

“Dá o meu telefone para ela, anota aí.”

Ele me deu o telefone, se despediu da turma e foi embora.

O resto da tarde se passou lentamente. Eu estava entediada de estar ali. As
lembranças da última vez na praia pairavam em minha mente e eu me deixei abater
pela tristeza que me rodeava.

“O que foi, Mia? Você ficou pra baixo de repente!” Geovanni perguntou
colocando o braço em meu ombro.

“Eu estou bem, é impressão.”

Inventei um assunto para conversar com ele, e o tempo foi passando.

Ao fim da tarde o meu telefone tocou.

Olhei o visor e era Miguel de novo. Atender ou não atender? Eis a questão.

“Oi.” Atendi fria.

“Mia, você está na reserva?” Perguntou com a voz animada.

“Sim.” Respondi sem mudar o tom.

“Por que não veio aqui?” Senti meu estômago se contorcer de ansiedade ao
ouvir sua voz, mas eu sorri sem humor.

“Por quê? Talvez por que eu não tenha sido convidada.” Ironizei.

"Foi por isso ou por você estar com Geovanni?” Em sua voz havia
sarcasmo.

 “Talvez seja por isso também.” Queria cortar logo o assunto, estava
cansada disso.

“Mia... Eu sei que não é... Desculpe.”

“Miguel, pare de se desculpar por tudo! Você só tem dado fora!” Respirei um
pouco. Ao meu lado meus irmãos me olhavam atônitos. “Olha, esse assunto já
encheu, então esquece e tudo bem.” Concluí.

“Passa aqui...” Ele pediu e eu sentia meu peito arder.

Rá! Só faltava essa!

Respirar e pensar.

“Miguel... Por que você não me ligou quando chegou?” Perguntei pausadamente,
não contendo a indignação na voz.

Ele não respondeu.

“Por que não estava com saudade de mim, não é?” Dei uma pausa. “Por que eu
não tenho tanta importância assim para você, não é?” Soou seco e triste.

Ele não respondeu.

“Miguel, eu não vou passar aí. Estou cansada de ficar atrás de você, estou
cansada de forçar uma situação que você não quer. Sinceramente eu não consigo
te entender, então, eu.estou.desistindo.de.você.” Pausei propositalmente as
últimas frases. “Parabéns e até mais.”

Desliguei o telefone, suspirei e todos me olhavam.

Eu não estou nem aí. Não tenho nada para esconder de ninguém. É isso
mesmo que vocês ouviram, acabou! - Pensei.

“Você está bem, Mia?” Geovanni me abraçou.

“Eu vou melhorar. Obrigada, Geovanni.” O abracei de volta.

Estávamos nos organizando para ir embora, eu já tinha entrado no carro,
quando encostou ao lado do carro do Diego o carro do Thomas, com Roberta
sentada ao lado.

“Já vai, gente?” Thomas falou com Diego. “Tá cedo! Tem um pessoal vindo aqui
para fazer um luau.” Ele estava empolgado.

“Estamos cansados, acho que não vai dar.” Diego respondeu sem ânimo.

“Então não vou voltar para terminar de montar o som.” Thomas fez drama e
sorriu. “Qual é gente!! Eu não estou aqui o ano todo! Fica aí, vamos curtir a
noite!”

“Vocês querem ficar, gente?” Diego perguntou para nós.

 Eu não respondi.

 Vick e Lupita gritaram empolgadas que sim.

“Quem vem?” Diego perguntou.

“Uns colegas dela.” Disse apontando para Roberta que não tinha me visto
ainda.

“Tá, a gente vai ficar um pouco.” Diego concordou e falou baixo conosco
que estávamos dentro do carro. “Caramba! O cara mal chegou e já está desfilando
com uma ruivinha dessas!”

Belisquei Lupita e tive vontade de sorrir.

Minutos depois chegaram umas doze pessoas com um violão. Entre elas Miguel, Santos
e Pablo. Desci do carro e estiquei as esteiras novamente no chão. Perto do local
onde o pessoal sentou. Diego se animou e pegou o violão, não se importando com
a presença do Miguel. Fiquei admirada em vê-lo ali, não era bem a cara dele
estar lá.

Lupita sentou de um lado meu e Geovanni do outro. Vick deitou no colo do Geovanni.

Cantaram inicialmente músicas antigas do Michael Jackson, então Lupita
exibida se jogou.

Eu não levantei os olhos um minuto para encontrar os olhos de Miguel. Já era
tortura demais estar ali. Se meus olhos encontrassem os dele, eu não iria
resistir.

Por Hoje é so gente...to triste pois Livyan viajou e me deixou sozinha...mas amaha eu posto mais...Besos - Josyene...