Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...
“Santos, eu não vou mais insistir.”
“Ele quer falar com você, ele é doido por você, Mia.” Insistiu.
“Me bastava saber que ele gosta e me quer, mas não é isso o que acontece.
Para ele, gostar não é o mesmo que querer, e ainda que ele me queira, não é no
futuro dele. Ele é muito fissurado nesse futuro e esquece de construí-lo a
partir do presente. E se eu não me encaixo, não vou mais insistir.” Conclui
chateada.
“Você podia pelo menos ser educada. Ele não entraria aqui nunca sem a
presença ou o convite do seu pai, então você podia ir lá, já que ele quer falar
com você.” Argumentou o garoto, sério.
Onde Santos atentado arrumou esse poder de persuasão?
Pensei por uns minutos.
Eu posso conviver com ele, pensei. Eu sou uma pessoa educada e não tenho
raiva dele. Realmente é falta de educação não ir lá fora. Se eu não for, vou
estar fugindo quando eu deveria enfrentar.
“Tá, você ganhou.” Sorri e saímos abraçados.
Miguel estava na rua, encostado em
seu carro. Lupita conversava com ele, sentada no meio fio.
“Oi, Miguel.” Forcei o sorriso. Eu estou bem, se convença, Mia.
“Oi, Mia.” Disse timidamente, olhando sem jeito para mim.
“Lupita, você viu meu boné da Nike?” Perguntou Santos.
“Sim, vamos lá buscar.” Lupita levantou e puxou Santos de lá.
Ficar sozinha com ele não foi uma idéia boa. Isso não estava planejado.
Comecei a sentir uma dor cortante, que oscilava entre a boca do estômago e meu
peito. Algo dizia que eu não fiz uma boa escolha, estava ferida e minha incisão
não cicatrizara ainda. Estar tão próxima dele não era permissivo, estava
despertando um mar de sentimentos que dentro de casa pensei estar acalmado.
Abalada pela sua presença, encostei-me ao carro, com medo de cair com a
depressão que se alojara em meu peito.
Bom, já que estava no fogo, o certo era me queimar.
“Queria falar comigo?” Tentei ser educada.
“Sim...Só dar um oi e me despedir.” Sua voz foi baixa e controlada.
“Já vai embora para Washington?” Estava prolongando o assunto para não
deixar o clima tenso.
“Sim, estou com uma sensação de perda de tempo. Vou tentar fazer outro
curso.”
Bem a sua cara Miguel! Não dar valor em coisas realmente importantes.
“Ficar com sua família é perda de tempo?” O encarei para acusar.
Queria falar muito mais que aquilo, mas estava despertando uma raiva que eu
não queria sentir, porque atrás da raiva viria a decepção e atrás da decepção
viria a tristeza.
“Não!” Respondeu assustado com a minha pergunta e com o meu olhar. “Mas você
sabe que quanto mais cursos extras eu fizer, melhor para o meu currículo e mais
rápido eu termino o curso.” Se explicou.
“Ah, eu tinha esquecido que você vive no futuro.” Disse sarcasticamente.
Eu devia aproveitar o momento e falar tudo que pensava, mas a minha real
implicância não era com os projetos dele, era com a sua atitude.
“Eu não estou te entendendo, Mia.” Ele me olhou profundamente.
“Você não vive o presente, você vive no futuro. Espero que o seu futuro seja
tão bom como você planeja, espero que quando chegar lá, consiga se satisfazer
financeiramente, familiarmente e emocionalmente, porque hoje, nada disso é
satisfatório para você!” Joguei em cima dele.
“Por que você está falando isso?” Ficou de lado no carro, frente para mim,
com o olhar chateado, falando pausadamente.
“Não sei, só acho que as pessoas devem deixar o futuro acontecer.” Disse
educadamente. Na verdade não sabia nem como tinha chegado naquele assunto. Nem
eu estava entendendo o objetivo do meu argumento.
Uma pausa longa de silêncio de fez, e eu estava me perguntando o que estava
fazendo ali, já que eu não tinha assunto com ele.
Ele suspirou, pensativo, passando a mão no cabelo.
“Mia, você quer sair comigo hoje à tarde?” Perguntou com delicadeza.
Olhei para ele espantada. Ele não se deu conta da parte não dá?! Como
ele fica três semanas sem me procurar e agora aparece me chamando para sair?!?
Segurei a minha raiva e respondi calmamente.
“Não... Não posso, não quero e não devo.”
“Por quê?” Ele queria mesmo saber? Ele deve estar meio louco, só
pode!
“Não posso, porque vou ter ensaio pra tocar hoje à noite em uma festa, não
quero, porque não temos mais nada, aliás, nunca tivemos! E não devo, porque não
vou me permitir iludir novamente.” Disse certa da minha decisão, olhando
fixamente para algum ponto na minha unha do pé. Não olhei para ele, era o
melhor jeito de me proteger, não sabia até quando podia agüentar.
“Então tudo bem, Mia... Eu já vou... Vem me dar um abraço.” Sua voz soou
meio triste e ele me puxou, sem me deixar pensar, para um abraço forte.
Meu cérebro gritou: alerta, ficar assim tão próximo não é tolerável.
Não sei quanto tempo consigo suportar.
“Você vai quando?” Afastei do abraço para me proteger novamente.
“Ainda vou confirmar meu nome na internet, mas provavelmente em cinco ou
seis dias.”
“Então tá, você volta daqui a sete meses, né?” Tentei soar amigável.
“Talvez eu não volte em sete meses também... Fui indicado pelos professores
para assistência política e o pai do Thomas vai ver se me encaixa em um lugar
oportuno no Senado. Não sei quando volto.” Finalizou, puxando os lábios
em um sorriso triste. Uma dor cortou meu coração e eu percebi que não ia
agüentar. Era isso... Por isso ele não veio me ver... Em todo o tempo o que ele
queria era me dizer adeus.
“Então é isso...” Suspirei, controlando a ansiedade. “Por isso me chamou...
Hoje é a despedida de verdade.” Eu estava sofrendo em pronunciar essas
palavras. Até agora eu estava presa na mágoa e não tinha dado conta de que ele
iria, e que eu não o veria mais tão cedo. Em um ano, quando ele voltar, eu
devo estar indo para alguma universidade na Califórnia, e se dependermos do
destino, não nos veremos nunca mais. Esse realmente era o fim. O fim
dos meus sonhos, o fim dos meus desejos.
Até agora eu ainda sonhava que ele iria simplesmente me procurar, dizendo
que enfrentaria tudo para ficar comigo e que nos iríamos ficar juntos para
sempre, mas então eu descubro que é o fim, que ele em todo momento estava
anunciando o fim.
“Sim.” Foi o que ele disse e abaixou a cabeça.
Respirei fundo e tomei forças.
“Então tá, sem traumas... Me dá notícia de vez em quando.” Tentei
sorrir, querendo expulsar a dor do meu rosto.
Ele me puxou sem me dá chance de se soltar e me abraçou forte por longos
minutos. Eu não o abracei de volta. Meu coração agitava, minha garganta
cortava, e eu precisava sair dali. Aquilo estava me massacrando, cortando
a minha alma. Estar em seus braços pela última vez era matar meus sonhos
cruelmente. Eu precisava me libertar daquela escravidão.
“Deixa eu ir...” Pedi tentando me soltar e ele não soltou.
Eu não queria ser tão fraca assim, mas todo o sentimento era maior do que
eu, logo as lágrimas guardadas há dias invadiram meu rosto sem a minha
permissão. Tudo se acabou em lágrimas de uma maneira insuportável. Eu queria me
soltar, mas ele não me permitia, simplesmente apertava-me ao seu corpo. Eu
queria que ele me dissesse que eu podia esperá-lo, que um dia ele voltaria, mas
ele estava me matando e eu não conseguia me libertar dali.
Me matava saber que ele era tão pessimista e que não acreditava em nós.
“Por favor, me solta...” Respirei fundo e levantei meu rosto para olhar em
seus olhos.
Me surpreendi, pois haviam lágrimas ali. Seriam por pena de mim?
“Fique, Mia.” Ele suplicou com a voz cortante e voltou a me abraçar forte,
beijando uma vez meu cabelo.
“Miguel, pra quê nos torturar mais se no final você acaba dizendo adeus
sempre?” Forcei seu corpo para frente, mas ele não me soltou do abraço.
“Por favor...” Ele pediu. “...Fica aqui comigo.” Sua voz era baixa e de uma
tristeza tamanha.
O que eu mais queria era ficar ali... Sempre. Eu queria tanto saber o
que se passava dentro dele, o que o fazia chorar.
“Eu não estou pronto pra dizer adeus...” Ele disse e começou a beijar a
minha testa e os meus olhos.
“Então pára de me dizer adeus!!” Alterei o tom.
“Como, Mia?” Me abraçou forte de novo.
Ele não muda, ele inspira o pessimismo e a falta de fé. Ele ficou uns
minutos inalando profundo e me afastou para falar comigo.
“Mia, por favor, esquece tudo... Me desculpe... Me desculpe por sempre dá
fora, por ser um inseguro, por não ter consistência, por ter um sentimento
ineficaz... Porque eu sei que o que eu preciso é ficar com você. Eu preciso de
você mais do que tudo.” Ele suplicou pausadamente.
Eu fiquei surpresa com a sinceridade que vi em seus olhos. Eu o sentia
desencoberto, livre, enquanto falava.
Abrandava o meu coração.
“Até quando você precisa de mim... Só hoje?” Perguntei triste, eu só queria
ter esperança...
“Mia... Me dá um tempo... Deixa eu organizar a minha vida... Eu quero você
pra sempre... Mas eu não posso te dar nada agora... Nada mudou.” Ele disse
desacreditado.
“Eu não estou te pedindo nada, eu não estou pedindo pra você casar comigo,
eu só quero convicção...” Murmurei vencida, mas em seguida tive uma
idéia. “Está na hora do Santos comer, você quer almoçar aqui?” Se ele
cedesse era um bom sinal, o orgulho estaria sendo dissipado.
Ele me afastou, aparentemente assustado com a minha mudança repentina de
atitude.
“Hoje não, Mia, seu pai não está em casa. Eu queria ir, mas sinceramente eu me
sentiria um delinqüente fazendo isso... Me entenda.” Eu sabia que ele não
iria, mas fiquei surpresa com o fato dele dizer que queria ir.
Seria alguma mudança?
Dessa vez ele tinha razão, talvez fosse uma situação humilhante comer na
casa de alguém onde você não é aceito.
“Saia comigo mais tarde.” Ele propôs novamente.
“Por quê? Sinceramente eu não vejo o porquê... Não devemos alimentar mais
essa ferida...” Disse pausadamente, com a intenção de não prolongar a nossa
dor.
“Eu sei que você não vai entender, mas eu queria ficar mais tempo perto de
você. Saia como minha amiga, como alguém próximo... Eu preciso de você.” Sua
voz era carinhosa e suplicante.
Eu queria jogar novamente na cara dele que ele não veio me ver quando
chegou, que ele não me procurou, mas minha resistência se esvaía, minha solidez
já não existia e tudo que eu queria era estar ali, apertada em seus braços, sem
forças e sem vontade de me soltar, presa a ele, e não só pelos seus braços, mas
minha alma estava presa a ele com prazer.
Prévia do próximo capítulo
Eu não teria vida e alegria de viver se não fosse naqueles braços, e era exatamente isso que doía. “Eu não posso, Miguel.” Neguei com a voz sussurrada. Ele segurou meu rosto com as mãos. “Mia, por favor, mente que ainda me quer, finja que ainda sou tudo pra você e que ainda acredita em nós...&rdqu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 942
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anita Postado em 24/01/2014 - 15:35:48
por favor so mas um ou mas por favor
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anita Postado em 22/01/2014 - 01:20:51
E essa fic e muito massa adorei ela por favor volta a posta! pfpfpfppfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf
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iza2500 Postado em 17/10/2013 - 10:47:56
essa fic é excelente, volta a postar please. posta mais! continua. quero saber o final dela. posta mais!
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:27:19
nao liga para essa menina que te copiou elas sao envejosa pois sua web é a melhor.
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:26:02
pelo que eu entendir vc nao posta mais nessa web né. entao me ajuda como é que eu faço para terminar de ler
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:24:25
eu quero terminar de ler mais eu nao to sabendo como fazer. desculpe. é qui eu acopanho a sua web desdo começo e nao to conssiguindo terminar de ler. por isso como é que faz para eu terminar de ler
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:19:05
oi eu enviei o convite para a sua comunidade e agora o que é que eu faço.
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:15:01
posta mais
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maria_cecilia Postado em 21/04/2012 - 15:14:39
va cai posta em outra agora é, em qual mais essa web vai continuar. pois ela é muito boa. posta mais
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cherry Postado em 17/04/2012 - 18:26:11
excluiii!!!!!!!