Fanfic: Entre o Amor e o Poder....MyM...

“O Diego! Ele que me ensinou a dirigir e aproveitou para ensinar a fazer
Drifting, conhecido popularmente como cavalinho de pau. Não é legal!?!” Ela
estava eufórica, imaginando que estava me convencendo.

 “Vou fazer mais uma vez... Presta atenção...”

 Segurei-me ao banco e ela acelerou rápido, mais forte, fazendo o pneu
do carro cantar, então, girou o volante todo e puxou o freio de mão. Dessa vez
ela não virou o volante de volta, e se não fosse o cinto de segurança, eu teria
sido jogado do carro quando ela rodou 360º. Fiquei admirado pela sua
performance. Será que alguém naquela família é normal? Pensei. É a companhia
deles que tem deixado meu irmão tão louco assim!Como alguém pode ter ensinado
isso a uma mulher?!!Ela encostou o carro e seu rosto era puro êxtase, parecia
uma criança fazendo travessura, rindo muito alto.

“VAMOS MIGUEL!! SÓ UMA VEZ!! VOCÊ VAI GOSTAR!! ... Prometo te
recompensar...” Sorriu maliciosa e veio ajoelhada para o meu banco beijar
minha orelha novamente. Perdi a capacidade de raciocinar, não resisto ao seu
querer, não consigo dizer não, ela manda e desmanda em mim com essa confiança
que ela tem e que invade a minha razão.

 “Ok, Mia.” Passei para o banco do motorista, não acreditando que
estava fazendo aquilo.Como eu podia deixar ela me dominar assim?

 “Tá... Você acelera muito, depois vira o volante todo e puxa o
freio de mão, quando começar a rodar, você vira o volante de volta, assim
o carro não capota.” Explicou lentamente.Meu sangue pulsava nas veias de uma
maneira a me fazer tremer. Não era o medo do ato em si, mas das
responsabilidades que me rodeiam. Senti o nervosismo e adrenalina presente.

“NÃO PENSA! Vamos! Todo homem sabe fazer isso, vamos!” Ela falava disparada
e eufórica. Mia é o anjo mau que assola minha consciência.Acelerei o carro sem
sair do lugar, só testando a potência. Ela me olhava ansiosa.Deixei o carro
sair, acelerei forte, rodei o volante todo, puxei o freio de mão e o carro
rodou, no mesmo segundo voltei o volante e nossos corpos balançaram de um lado
para o outro.

 “IUP!! DEMAIS!! Perfeito!! Vamos de novo!?!” Ela gritava e
ofegava, parecia criança em um parque de diversões.A sensação foi extasiante.Eu
já imaginava como fazia, mas nunca tive coragem de experimentar.

 “VAMOS!! DE NOVO! DE NOVO!!” Ela gritava e me sacudia.Suspirei
e fiz a manobra novamente. Ela gritou pelo êxito. Ela adora fazer isso comigo:
corromper os meus bons costumes.Eu sorri com ela.Ouvimos um som de uma sirene.

 “Rápido! Vem para o banco do passageiro, sem perguntas!” Ela pulou por
cima de mim e eu me afastei para sentar no banco do passageiro sem entender o
motivo dela ter me mandado para lá. Além disso, estava e chateado por ter que
passar por isso.O policial aproximou-se do carro.

“Carteira e documentos do carro, senhorita.” Ele nos olhou observando o carro
e esperou que Mia tirasse os documentos da bolsa.

 “Algum problema seu policial?” Mia perguntou educadamente.

 “Uma denúncia. Você é a dona do carro? É Mia Colucci?” Perguntou e
olhou em minha direção duramente.Eu estava furioso comigo mesmo. Estava me
transformando em um inconseqüente e ainda deixo que uma menor tome as
responsabilidades pelas ações! Mas ela não me deu chance nem de pensar.

 “Sim, meu nome está no documento.”

 Ele olhou para ela alguns minutos.

 “Você é filha do Franco?” Ele sorriu.

 “Sim. O Sr. o conhece?” Perguntou aliviando a tensão.

 “Estudamos juntos no colegial. Era você quem estava brincando com o
carro?” Perguntou e olhou em minha direção. Não pareceu acreditar que uma
mulher seria capaz de fazer manobras bruscas com um carro. Nem eu
acreditaria! Mas do que ela não é capaz?

 “Era. O senhor quer ver?” Ela era inocente por demais, perguntar isso
para um policial!

 “Não precisa. Vá para casa e dê lembranças do Júlio ao Franco. Até
mais.” Entregou os documentos dela e saiu.Eu fiquei quieto, pensativo. Como eu
consegui chegar a essa situação?

 “Vamos de novo!?” Me deu um sorriso cínico, com real intenção no rosto
traquino.

 Revirei os olhos e respondi: “Vamos para casa, Mia!”

 “Miguel, relaxa!! Pare de ser tenso! Fui eu quem comecei, eu tinha que
assumir as responsabilidades.”

Chegamos em casa e cumprimentamos a Roberta com um beijo no rosto.

 “Pensei que ia morar lá igual o Santos! Estou vendo que só eu quem não
vou mudar para lá.” Roberta brincou.

“Bem que eu queria aprisioná-lo lá, mas ele é teimoso em fugir de mim.” Mia
me envolveu com um abraço.

 “O almoço está pronto, é lasanha, podem almoçar.” Roberta informou.
“Eu estou saindo. Divirtam-se!”

 Saiu.

 Almoçamos e deitamos no sofá, Mia na minha frente, deitada no meu
braço.

“Miguel, posso tomar banho aqui? Estou com a roupa que estava no hospital,
queria trocar.”

 “Pode. Você tem toalha na bolsa, né?”

 “Sim, pega lá as coisas que eu te espero no banheiro.”

 Abri sua bolsa, peguei a toalha e um nécessaire. Bati na porta para
entregá-las.

 “Entra.”

 Entrei e coloquei os itens em cima da pia.

 “Quer vir?” Perguntou de dentro do box.

 “Lógico que não né, Mia.” Lógico que quero. Ow, não quero. Balancei a
cabeça e expurguei os pensamentos sem me dar chance de levantar o rosto para
fitá-la.

 “Pode olhar para mim, eu estou vestida. Fica aqui.” Ela gosta disso,
só pode.

 Levantei os olhos e ela estava molhada, de conjunto de algodão,
passando o sabonete pelo corpo... Pior, no meu banheiro.Essa imagem iria me
torturar pelos dias que se seguiriam. Meu corpo despertou com a paisagem a
minha frente. Minha mente vagou, imaginando-a comigo de várias formas.
Balancei a cabeça e libertei-me da visão. Frustrado, saí para pegar uma cadeira
e sentar-me à porta do banheiro.

 “Mia, você percebe o que você faz? Você está consciente?” Perguntei
olhando para as minhas mãos.

 “Fala claramente, Miguel, aprende a conversar comigo.”

Quando ela fala assim, a primeira reação que tenho é a vontade de
retroceder, mas não posso me acovardar assim, então, tomei firmeza de
animo e tentei exteriorizar o que tenho dificuldade em falar.

 “Mia, eu não sou tão forte como você imagina que eu seja, esses dias
então, eu não estou em condições favoráveis para presenciar suas tiranias. Está
demais para mim.” Fiquei de cabeça baixa enquanto falava e torci que ela tenha
entendido, para não ter que falar de um modo mais claro que esse.

“Tudo bem, mas você vai ter que ficar aqui comigo.”

 Ou ela não entendeu nada, ou ela entendeu tudo e gosta de me
massacrar.Ela terminou o banho e pediu a toalha.Entreguei e direcionei-me à
sala a fim de esperá-la vestir-se.

Por hoje só minhas amores... besos e ate la proxima.